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Com pouco mais de 45% de comparecimento às urnas — foram 1.499 votantes em um universo de 3.314 possíveis —, as eleições para a diretoria que vai comandar a AdUFRJ no biênio 2023-2025 consagraram, mais uma vez, o movimento que conquistou o sindicato em 2015, e que, desde então, vem defendendo e praticando um novo tipo de sindicalismo. Acreditamos que o movimento docente não deve incluir apenas os “iniciados”, mas também os professores “comuns”, que estão nas salas de aula e nos laboratórios, em seu dia a dia de ensino, pesquisa e extensão, e que podem participar do sindicato por meio de novas formas de mobilização — que não só as infindáveis assembleias presenciais.
E foi essa a visão que prevaleceu entre o eleitorado. Computados os votos da segunda eleição virtual (a primeira foi em 2021) para a direção da entidade — um pleito que transcorreu sem problemas e com rápida apuração —, os docentes sindicalizados da UFRJ elegeram a chapa 1, de situação, encabeçada pelas professoras Mayra Goulart (IFCS) e Nedir do Espirito Santo (IM), com 61,7% dos votos válidos. A chapa 2, de oposição, que tinha à frente a professora Aline Caldeira (ESS) e o professor Caio Martins (FACC), ficou com 38,3% dos votos.WhatsApp Image 2023 09 15 at 20.23.38 1Marta Castilho e Felipe Rosa, da Comissão Eleitoral, na apuração dos votos - Foto: Fernando Souza
Foram duas visões antagônicas de movimento sindical, claras e consolidadas nos programas das chapas e nos debates — intensos e cordiais — entre as chapas na Praia Vermelha e no Centro de Tecnologia. E os docentes fizeram a sua escolha. Confira a cobertura completa da apuração, o mapa dos votos por unidade e um quadro comparativo com eleições passadas nas páginas 3, 4 e 5.
Alguns temas abordados nos debates da campanha eleitoral serão grandes desafios para a diretoria eleita. Um deles é urgente: a recomposição do orçamento da UFRJ. Alvejado de morte pelo desgoverno Bolsonaro, esse orçamento chegou a R$ 320,9 milhões no PLOA 2023. Na proposta encaminhada ao Congresso pelo governo Lula, a UFRJ terá R$ 388,3 milhões para custeio em 2024 — verbas ainda insuficientes para cobrir as despesas da maior universidade pública do país. Nossa matéria da página 7 entra em detalhes na proposta de PLOA 2024 e dá bem a dimensão do tamanho desse desafio.
Mas mesmo com recursos escassos, a UFRJ segue dando mostras de sua pujança. Uma delas está em nossa matéria da página 8. Graças ao empenho de professores, alunos e técnicos e após um longo período de recuperação e catalogação de peças, acaba de ser reaberto ao público o Museu D. João VI, que herdou parte do acervo da Academia Imperial de Belas Artes e da Escola Nacional de Belas Artes. O espaço, que estava interditado desde 2016 em consequência de um incêndio no antigo prédio da reitoria na Ilha do Fundão, está mais vivo do que nunca, aberto também a atividades de ensino, pesquisa e extensão da EBA. Sem dúvida, uma ótima notícia.

Boa leitura!

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