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savings 2789112 640A UFRJ ainda vai enfrentar problemas orçamentários graves neste ano e em 2024. Em plenária realizada no dia 15, o reitor Roberto Medronho informou aos decanos e diretores que a maior federal do país deve encerrar o exercício com um déficit estimado de R$ 110 milhões. O cálculo já considera o reforço de caixa de R$ 64 milhões no primeiro semestre do governo Lula. “Nós teremos muitas dificuldades de funcionamento, a partir de meados de setembro, caso não haja uma suplementação para as verbas de custeio”, observou o dirigente.
À reportagem, o pró-reitor de Finanças, professor Helios Malabranche, contou sobre os esforços da instituição para conseguir chegar ao fim do ano. “Estamos transferindo para 2024 tudo que é possível, como algumas reformas ou serviços de manutenção”, disse. “Estamos aprovando apenas as despesas que são absolutamente necessárias ao funcionamento da universidade”.
Para 2024, o cenário não é muito melhor. A informação que a administração superior recebeu do MEC é que não haverá ampliação do orçamento. E que as verbas de investimento só serão distribuídas via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado na semana passada. A UFRJ ainda não sabe quanto terá.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
Ainda durante a plenária de decanos e diretores, a reitoria apresentou uma proposta para revisão dos critérios do chamado orçamento participativo — receitas que Centros e Unidades recebem ao longo do ano para despesas do cotidiano. A matriz atual, aplicada desde 2007 e com mudanças pontuais desde então, não acompanhou o crescimento da UFRJ. A discussão ficou restrita a parâmetros, sem mostrar as diferenças entre o que se recebe hoje e como poderá ficar.
Duas alterações importantes são a inclusão das ações de extensão no cálculo (o que não ocorre na matriz atual) e a substituição da residência médica — como o MEC adota em sua distribuição de recursos para as universidades — pelos atendimentos hospitalares, na partilha de recursos para as unidades de saúde. Outro tópico — que rendeu bastante polêmica na reunião — é a possível concessão de um bônus para as unidades que oferecem disciplinas para alunos de outros cursos. O documento com as propostas pode ser conferido na página da pró-reitoria de Finanças, com o nome “Nova matriz - orçamento participativo”.
A reitoria decidiu montar uma comissão com representantes de todas as decanias, PR-3, Caxias e Complexo de Formação de Professores para refinar a proposta. O grupo terá um prazo máximo de 60 dias para apresentar os resultados, que deverão ser discutidos nos centros e unidades. A ideia é votar a nova matriz no Conselho Universitário até dezembro.
(Kelvin Melo)

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