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WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.16.45 1Foto: Divulgação/AndesO fórum Renova Andes, principal coletivo de oposição à atual diretoria do sindicato nacional dos docentes, divulgou uma carta no início dos trabalhos do 66º Conad em que denuncia “um processo eleitoral marcado pelo casuísmo e pela falta de democracia que compromete gravemente a legitimidade da nova direção” da entidade. Além da carta, o coletivo tomou a iniciativa de não participar da posse da nova diretoria — a cerimônia ocorreu na plenária de abertura do encontro. A nova diretoria é encabeçada pelo professor Gustavo Seferian (UFMG), como presidente, e pelas professoras Francieli Rebelatto (UNILA) e Jennifer Webb (UFPA), respectivamente secretária-geral e 1ª tesoureira. Na carta, o Renova Andes pondera que as chapas concorrentes ao sindicato no último pleito foram anunciadas em fevereiro e homologadas no início de março, “mas apenas depois disso a Comissão Eleitoral Central (CEC) arbitrou quem compunha o eleitorado”. A carta reforça outra irregularidade: a inclusão de professores de instituições onde não há seções do Andes, como UFRN, UFG e UFBA, e seções que se encontram inadimplentes, como a UFPE, em contraponto à exclusão de UFMG e UFSCAR, nas quais as diretorias das associações docentes iniciaram processo de refiliação ao sindicato nacional. “O resultado esdrúxulo desse arranjo antidemocrático é o candidato a presidente pela chapa 1, docente da UFMG, não ter direito a voto, nem ter sido votado por seus colegas de universidade, pois a CEC considerou que o sindicato não existe na UFMG, sem explicar por que ele existiria na UFRN, UFG, UFBA!”, relata a carta, distribuída em plenário. Diz ainda o documento: “Isto foi possível porque o Andes-SN deve ser o único sindicato em que a fixação do universo de eleitores ocorre depois do processo se iniciar, com as chapas já em campanha e ao sabor dos interesses das correntes que detêm a maioria da Comissão Eleitoral”. A chapa 1, de situação, foi eleita com 7.056 votos, 30 a menos que nas eleições de 2020. A chapa 3, do Renova Andes, obteve 6.763 votos, 1.105 a mais do que no pleito anterior. A chapa 2, que até a eleição compunha com a situação, teve 2.253 votos. De acordo com a professora Eleonora Ziller, da Faculdade de Letras da UFRJ, que foi candidata a secretária-geral da chapa 3, o boicote foi uma forma de expressar a insatisfação pela forma como foi conduzida a eleição pela CEC. “Assim como a metodologia dos encontros, o Regimento Eleitoral é estruturado para que a direção mantenha o controle sobre o processo do início ao fim. O colégio eleitoral ser decidido com a eleição em curso, como foi, é um absurdo, uma excrescência”, pontuou Eleonora. O presidente do Andes, professor Gustavo Seferian (UFMG), encarou o protesto com naturalidade. “Em relação ao processo eleitoral, é natural que se retomem algumas questões, o que é legítimo e esperado num momento como esse. Vamos avançar na construção de um processo cada vez melhor, em busca de um sindicato para todos os professores e professoras, independentemente de suas posições políticas”.

Enquete levanta condições de saúde de docentes

WhatsApp Image 2023 07 20 at 20.19.59Foto: Divulgação/AndesO Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do Andes apresentou no 66º Conad o relatório preliminar de uma enquete sobre as condições de saúde dos docentes das instituições federais de ensino. O levantamento teve como foco apurar o quadro de saúde dos docentes a partir das modificações impostas pela pandemia de covid-19 e do desenvolvimento de atividades remotas de trabalho.
Ao comparar o último semestre trabalhado com o segundo de 2019 (o último pré-pandemia), 65% dos docentes avaliaram que a carga de trabalho aumentou; 26% avaliaram que permaneceu a mesma e 3,5% que diminuiu (outros 5,8% não responderam). Perguntados sobre a frequência com que se sentem sobrecarregados no trabalho profissional, 42% responderam que sempre, 33% consideraram que frequentemente, 21% responderam que algumas vezes, 3,5% disseram que raramente e 1,2%, que nunca.
O documento revela que a maioria dos docentes (58%) possui dívidas, financiamentos ou empréstimos, o que pode expressar os ataques contra a carreira e as perdas salariais.
A primeira etapa da enquete contou com a participação de 1.874 docentes, sindicalizados ou não, de 11 instituições, por meio da aplicação de um questionário online entre os dias 22 de maio e 22 de junho. A próxima etapa da enquete contemplará todas as outras instituições que compõem a base do sindicato nacional, com previsão de início para o segundo semestre deste ano. O relatório preliminar está disponível no site do Andes.
As 11 instituições participantes da primeira etapa foram Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); Universidade Estadual do Ceará (Uece); Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT); Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT); Universidade Federal do Tocantins (UFT); Universidade Federal Fluminense (UFF); Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS); Universidade de Brasília (UnB); Universidade de Gurupi (UnirG) e Universidade de São Paulo (USP).

CENTRÃO FRITA CIÊNCIA

As diretorias da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e da Academia Brasileira de Ciências divulgaram uma nota em defesa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no dia 19. A preocupação dos cientistas é com uma possível substituição da ministra Luciana Santos (foto) por um nome do centrão, que cobiça o cargo. “O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a conquista histórica da comunidade acadêmica, estaria sendo cobiçado por aqueles que não têm compromisso com as causas do conhecimento científico e do progresso econômico e social”, diz o texto. “O futuro do Brasil não pode estar atrelado a visões do passado”.

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