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bandeira adufrjTerminamos junho com muitas notícias. Quase todas boas. A melhor de todas nasceu de uma construção coletiva que, desde 2015, busca novas formas de luta sindical na UFRJ. Os frutos dessa articulação aparecem numa AdUFRJ mais conectada ao cotidiano dos docentes e comprometida com a universidade pública e com a valorização do trabalho dos professores. Acreditamos que o sindicalismo contemporâneo precisa dessa oxigenação que combina a luta histórica por um mundo menos desigual com ferramentas contemporâneas de construção social.
A última assembleia de docentes, realizada na manhã de quarta-feira (28), fortaleceu nossa compreensão de sindicalismo. Por 74 a 24 votos, os professores aposentaram as urnas de papel e aprovaram que as eleições da AdUFRJ passarão a ser virtuais. O novo regimento eleitoral começa a valer já no próximo pleito, em setembro. A diretoria compreende que o novo método fortalece a democracia sindical e amplia a participação.
Desde 2015, quando duas chapas passaram a disputar a direção da AdUFRJ, o número de eleitores se mantém estável. No entanto, em 2021, quando houve a primeira eleição remota, ainda em situação excepcional, por conta da pandemia, houve substantivo crescimento de votantes. Eles passaram de 1.239, em 2019, para 1.643, em 2021.
“Houve grande crescimento de votos, mas, proporcionalmente, esse crescimento foi estável entre situação e oposição. A proporção se manteve a mesma”, disse o professor João Torres, presidente da AdUFRJ, durante a assembleia. “Portanto, houve a ampliação de votantes dos dois campos, algo que consideramos muito benéfico para o nosso movimento docente”, afirmou.
A outra boa nova da semana foi a nomeação oficial do reitor eleito, professor Roberto Medronho. Ele tomará posse em Brasília na próxima segunda-feira. Os novos pró-reitores serão aprovados em reunião extraordinária do Consuni, na terça-feira. Nas páginas 4 e 5 do Jornal da AdUFRJ, apresentamos um perfil do primeiro escalão da nova reitoria.
Aqui, a notícia é boa, mas altera profundamente a rotina da diretoria.
Entre os nomeados está o professor João Torres, atual presidente da AdUFRJ. Todo a diretoria entendeu a escolha como um reconhecimento de sua competência, mas lamenta a saída. Professor titular do Instituto de Física, Torres conta que os 21 meses na presidência da AdUFRJ mudaram sua visão sobre o sindicato.
“O que eu levo de mais precioso do exercício da presidência da AdUFRJ é que agora realmente entendi a importância do sindicato. Entrei ainda no governo Bolsonaro. Ter um sindicato forte e independente, que possa representar bem os docentes e fazer uma luta política em favor dos professores, foi meu maior aprendizado. Confesso que sair da AdUFRJ agora nunca esteve nos meus planos, mas participar da administração central da UFRJ na PR-2 é uma honra e vou fazer o melhor possível”, resumiu Torres.
A substituição na diretoria da AdUFRJ será chancelada na próxima segunda-feira. Faremos duas assembleias. As duas virtuais. A segunda, extraordinária.
Na primeira, vamos discutir o edital das eleições da AdUFRJ. Na segunda, apresentaremos a indicação da professora Nedir do Espírito Santo para a presidência da AdUFRJ.

 Por fim, a notícia ruim da semana vem da educação estadual. O governador do Rio, Cláudio Castro, tem se mostrado inflexível na proposta de maquiar o cumprimento da lei do piso nacional do magistério e paga o pior salário do país aos professores. Pior: acionou a Justiça contra a legítima greve da categoria. Nossa diretoria repudia essa prática antissindical e conclama o governador a estabelecer uma efetiva mesa de negociação com os educadores, em nota divulgada na página 6.
Desejamos dias melhores para os colegas do magistério estadual e cobramos responsabilidade do governador Cláudio Castro com a educação pública. Porque, afinal, como mostramos na reportagem da página 7, sobre o programa do Instituto de Nutrição para profissionais trans, a Educação é a melhor e mais potente forma de mudar destinos.
Boa leitura!

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