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WhatsApp Image 2022 12 22 at 19.31.02 1A assembleia da AdUFRJ definiu a delegação que irá ao 41º Congresso do Andes. O evento ocorre entre os dias 6 e 10 de fevereiro, no Acre. O grupo é composto por docentes que integram o campo político da diretoria e professores da oposição à atual gestão da AdUFRJ. Os nomes foram aprovados por consenso e, por isso, não houve necessidade de a votação ser realizada via sistema Helios. Serão 13 delegados, sendo um integrante da diretoria e os outros 12 escolhidos em assembleia (veja ao final do texto). Outros 20 docentes se candidataram como suplentes de delegados e observadores.
A reunião de quarta-feira, 21, foi uma continuação da assembleia convocada para o dia 19, mas uma pane na Rede Rio impediu a participação remota dos professores do Fundão. No encontro de quarta, os professores realizaram um debate sobre a continuidade ou não da filiação do Andes à CSP-Conlutas, central sindical à qual o sindicato nacional é vinculado desde 2007. A diretoria da AdUFRJ defende a saída do Andes da central. O tema será um dos principais assuntos do congresso.
Entre os argumentos a favor da saída, prevaleceram a dificuldade de a central se inserir em lutas unificadas do campo progressista; a não representação dos interesses dos professores universitários; a vinculação partidária da entidade; e os seguidos erros de avaliação de conjuntura, que levaram seus integrantes a defender o golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
Já os favoráveis à permanência do Andes na CSP-Conlutas destacam a mudança da conjuntura política nacional, com a eleição do presidente Lula, como importante ponto de reorganização dos traballhadores; a importância de se manter organizado numa central; a necessidade de unificar lutas; e a falta de perspectiva sobre a que outra central sindical o Andes irá se filiar.
“A gente tem um sindicato para construir pontes, negociar, sentar à mesa com o governo para levar nossas pautas. Infelizmente não conseguimos isso com a CSP-Conlutas, que se demonstra extremamente sectária”, afirmou o presidente da AdUFRJ, professor João Torres.
Em posição minoritária, a professora da Faculdade de Educação e ex-presidente do Andes, Marinalva Oliveira, defendeu a permanência na central. “Temos críticas à central, mas nenhuma delas justifica a desfiliação. Ela não rompeu princípios. Para nós, é preciso fortalecer a luta e a unidade”.
Embora integrante do campo de oposição à atual gestão da AdUFRJ, o professor Luis Acosta, do Serviço Social, também apresentou uma visão contrária à permanência do Andes na central sindical. “Um grave problema é a política internacional da CSP-Conlutas. Hoje, a CSP participa de campanha na guerra da Ucrânia, com nosso dinheiro”, criticou. “A partir de 2013, a CSP teve uma postura completamente equivocada, desorganizou a classe e acabou contribuindo para a conjuntura que tivemos desde então”.
Professor do IFCS e ex-diretor da AdUFRJ, o professor Josué Medeiros também defendeu a desfiliação. “A CSP foi resultado de um momento político que gerou novos movimentos sociais e partidos políticos, mas foi um processo que dividiu e não que unificou”, pontuou. “Até 2015, não havia unidade entre os blocos que compõem a esquerda. Para mim, a CSP rompeu princípios quando se uniu à extrema-direita para pedir o ‘fora Dilma, fora todos’. Movimento que desaguou no bolsonarismo”, concluiu.

Veja a relação dos delegados

João Torres (diretoria)
Ana Lúcia Cunha Fernandes
Eleonora Ziller
Felipe Rosa
Josué Medeiros
Mayra Goulart
Nedir do Espirito Santo
Ricardo Medronho
Claudia Piccinini
Luis Acosta
Cleusa Santos
Marinalva Oliveira
Cláudio Ribeiro

Tatiana Ribeiro (1ª suplente)
Fernanda Vieira (2ª suplente)
Maria Daniela Macedo (3ª suplente)
Mariana Trotta (4ª suplente)

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