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WhatsApp Image 2022 06 15 at 20.36.20Isadora Camargo

Na terça-feira (14), mais de cinco mil manifestantes, dentre eles docentes, servidores e estudantes das instituições federais de ensino de todo o país, se reuniram na capital federal para o ato “Ocupa Brasília”, em protesto contra o projeto de desmonte das áreas de Educação, Ciência e Tecnologia promovido pelo governo Bolsonaro. Nas redes sociais, o “Ocupa Brasília” ganhou forte apoio.
A ação teve início com uma audiência pública na Câmara dos Deputados, às 13h, e de lá os manifestantes seguiram em marcha em direção ao Ministério da Educação. Ao cair da noite, um ato cultural em frente ao Teatro Nacional encerrou o protesto. As palavras de ordem chamaram atenção para os ataques mais recentes à Educação, como o bloqueio de R$ 1,6 bilhão no orçamento do MEC, e a PEC 206, que propõe a cobrança de mensalidade nas universidades públicas e que chegou a ser pautada na Câmara.
A AdUFRJ apoiou o ato e subsidiou dois dos quatro ônibus que saíram em caravana da UFRJ na noite anterior. “Construímos este evento de ocupação de Brasília com o DCE e com o SINTUFRJ, trabalhando juntos no que nos une: oposição ao governo Bolsonaro e defesa da universidade”, afirmou o professor João Torres, presidente da AdUFRJ.
Os técnico-administrativos que partiram na caravana se somaram às palavras de ordem das lutas gerais, como a reposição das perdas salariais e contra os cortes, e também representando as pautas locais da universidade. “Estamos na UFRJ enfrentando muitas lutas, muita precariedade no retorno presencial, e a ameaça que tem sido a Ebserh”, comentou Marta Batista, coordenadora-geral do Sintufrj.WhatsApp Image 2022 06 15 at 20.37.23
Os estudantes da UFRJ também estavam presentes, em unidade com os trabalhadores e trazendo suas reivindicações. Thainá Teixeira, diretora do DCE Mário Prata, declarou: “Fizemos uma longa viagem para chegar aqui, para lutar pela permanência estudantil e contra o processo de cortes, privatizações e retirada de direitos que têm acontecido. A UFRJ hoje tem o menor orçamento da década, isso afeta diretamente nosso funcionamento. Estamos falando de bandejões, moradia estudantil, e condições para que possamos produzir Ciência, como fizemos com as vacinas contra a covid-19”.
O ato ainda contou com a participação de lideranças indígenas, em protesto pela revogação do marco temporal e contra o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, no Amazonas. Em última instância, todas as lutas representadas no “Ocupa Brasília” tiveram como eixo principal a defesa da democracia, hoje ameaçada em nosso país.
A avaliação do Andes, uma das entidades nacionais a convocar o ato, foi positiva. “Foi muito importante, foi potente. Chamamos muita atenção dos institutos e universidades que estão em greve, e apontamos para o avanço da mobilização em defesa da educação pública”, afirmou a secretária-geral Regina Ávila. Para o setor das universidades federais do sindicato nacional, o principal saldo final foi a deliberação pela realização de assembleias locais até o dia 25 de junho, quando ocorrerá uma nova reunião, com o indicativo de uma greve geral da educação a partir do dia 27.

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