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WhatsApp Image 2024 03 28 at 20.37.19Reprodução ONU/internetProfessores universitários brasileiros criaram a Rede Universitária de Solidariedade à Palestina. Os principais objetivos são denunciar os crimes cometidos pelo Estado de Israel há mais de 70 anos, que se intensificaram após o ataque do grupo terrorista Hamas ao território judeu, e mobilizar as universidades brasileiras em uma grande campanha pelo cessar-fogo imediato. Pelo site https://universidadespelapalestina.com é possível encontrar mais informações sobre o histórico de conflitos na Faixa de Gaza, artigos que discutem o tema e o manifesto de criação do grupo.
O lançamento oficial da Rede no Rio de Janeiro está previso para a primeira quinzena de abril, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS). Uma segunda atividade de lançamento deve ocorrer na Uerj. A Congregação do IFCS aprovou, na última reunião, o apoio à iniciativa. Exemplo que os docentes tentarão que seja seguido em outras unidades acadêmicas e universidades.
A professora Anita Handfas, da Faculdade de Educação, é uma das coordenadoras nacionais do grupo. “A rede vem fazendo ações importantes, ainda localizadas nas universidades. A maioria dessas atividades são debates sobre a situação da Palestina, além de denúncias sobre o massacre à população”, explicou durante reunião de docentes das universidades do Rio de Janeiro, ocorrida no dia 25.

WhatsApp Image 2024 03 21 at 20.27.08 5Com a realização de novas assembleias ao longo desta semana, cresceu entre os sindicatos de docentes de universidades federais a mobilização por uma greve da categoria diante do impasse a que chegou a campanha salarial dos servidores da União. O indicativo de greve foi apontado pelo Andes no 42º congresso da entidade, realizado em Fortaleza, entre os últimos dias 26 de fevereiro e 1º de março, e terá uma definição mais clara nesta sexta-feira (22), quando o sindicato nacional fará a reunião de seu setor das IFES (instituições federais de ensino superior), em Brasília.
Até o fechamento desta edição, sem contar os sindicatos que fariam assembleia na quinta-feira (21), era ampla a aprovação pelas seções sindicais do indicativo proposto pelo Andes. Das 22 AD’s com assembleias já feitas, 19 aprovaram o indicativo de greve, com variações quanto a datas, e três decidiram de forma contrária à paralisação (veja tabela abaixo). Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, todas as assembleias já feitas apoiaram o indicativo de greve. No Norte, das cinco AD’s com assembleias encerradas, quatro aprovaram o indicativo. No Nordeste, também com cinco assembleias já realizadas, três foram favoráveis e duas contrárias à paralisação.
Em virtude do calendário da UFRJ, com início das aulas na segunda-feira (18) e primeira semana dedicada à recepção de calouros, a diretoria da AdUFRJ ainda não definiu a data para a sua assembleia.
Realizada em 28 de fevereiro, a 7ª rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) terminou sem avanços. Os servidores pedem reajuste de 34,32% (em três parcelas de 10,34%) para as carreiras ligadas ao Fonasefe e de 22,71% (em três parcelas de 7,06%) para os servidores ligados ao Fonacate, entre 2024 a 2026. O governo oferece reajuste zero para este ano, e 9% nos próximos dois anos (4,5% em 2025 e 4,5% em 2026). Além disso, propõe reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais); aumento no auxílio-saúde de R$ 144,38 para em torno de R$ 215; e, ainda, acréscimo no auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90.
Não há data marcada para uma nova reunião da mesa de negociações.

infografia

 

WhatsApp Image 2024 03 28 at 20.37.19 1Renan Fernandes

O Conselho de Extensão Universitária (CEU) promoveu mudanças no edital 2024 do Profaex (Programa Institucional de Fomento Único de Ações de Extensão). Na última sessão, os conselheiros aprovaram, por dez votos a sete, a extinção de duas modalidades de bolsas, nos valores de R$ 1.100 e R$ 1.400. O maior valor pago aos bolsistas de extensão será de R$ 700. A justificativa para a decisão foi promover a igualdade e aumentar o número de bolsas concedidas.
Houve uma primeira tentativa de excluir os estudantes de mestrado e doutorado do edital de bolsas de extensão. A Associação dos Pós-graduandos (APG) da UFRJ entrou na disputa e conseguiu reverter a decisão. O cancelamento das modalidades mais altas de bolsas atinge, em especial, estudantes de pós-graduação que, desde 2022, podem ocupar funções de vice-coordenação em ações de extensão.
Em nota, a associação criticou o que chamou de precarização do trabalho de pesquisa e extensão na universidade. A APG entende que o pós-graduando vive em uma condição híbrida de estudante e trabalhador. A entidade reforçou também que a presença de pós-graduandos nos projetos reforça o tripé pesquisa, ensino e extensão.
Gabriel Batista, estudante de mestrado na Faculdade Nacional de Direito e secretário-geral da APG, defendeu a valorização do estudante que assume funções nos projetos de extensão. “O aluno pode se envolver na extensão acumulando mais responsabilidades. Se ele trabalha mais, dedica mais tempo ao projeto, o trabalho dele deve ser valorizado financeiramente”, afirmou Gabriel.
Para manter o interesse dos estudantes em contribuir com o desenvolvimento de ações de extensão, Gabriel defende que os programas precisam ser minimamente competitivos com o mercado de trabalho. “As pessoas precisam sobreviver. O que vai acontecer é que os estudantes vão atrás de um estágio que paga o triplo do valor de uma bolsa e abandonar a extensão”, constatou o secretário.
“Ser extensionista não pode ser um ato de caridade. Extensão é trabalho. Tem que ser reconhecido e valorizado como tal”, concluiu Gabriel.
Para a pró-reitora de Extensão da UFRJ, Ivana Bentes, as políticas de extensão têm que buscar integrar e ampliar cada vez mais a participação dos pós-graduandos na extensão. “As bolsas com valores diferenciados eram um estímulo e reconhecimento do papel dos pós-graduandos. O próximo passo é ter as horas de extensão registradas e integradas aos currículos da pós-graduação”, explicou a pró-reitora.
A diminuição do valor das bolsas vai de encontro às iniciativas nacionais para aumentar a presença de estudantes de mestrado e doutorado nos programas de extensão. A UFRJ recebeu em janeiro R$ 1.528.300,00 do edital PROEXT-PG da Capes para financiar ações de extensão na pós-graduação.
Cleide Lima, diretora de extensão da Coppe, considerou a decisão um retrocesso. “A integração da extensão com a pós-graduação nunca foi fácil e essa decisão distancia ainda mais”, disse Lima. A diretora argumentou em favor da autonomia dos coordenadores para gerir as bolsas com o objetivo de atingir os objetivos de cada projeto. “O que deve ser avaliado no edital é o conteúdo da proposta e o plano de atividades propostas ao aluno, seja ele de graduação ou pós”, defendeu.

DÉFICIT
Existe um déficit de mais de 1.000 bolsas de extensão na UFRJ. No último edital, a demanda foi de 1.994 e foram distribuídas 839. Dessas, apenas 18 foram de valores diferentes de R$ 700. Ou seja, considerando o valor máximo de R$ 1.400 oferecido no edital em prática, no máximo 18 novas bolsas serão criadas em 2024. Um acréscimo de 2,1%.
Para o professor Edilberto Strauss, vice-diretor da Escola Politécnica e presidente da Câmara de Legislação e Normas do CEU, o aumento no número de bolsas distribuídas é irrisório. “Apresentei um estudo estatístico mostrando que o impacto é insignificante. Perdemos mais com a evasão de alunos que deixam de contribuir com o desenvolvimento de projetos dentro da universidade e vai buscar estágios fora”, ponderou Strauss, que foi um dos sete votos vencidos na votação do CEU.
A extensão não tem apoio de uma agência de fomento. O Profaex possui um orçamento previsto de R$ 6,843 milhões para bolsas. Desse valor, R$ 6,593 milhões são destinados a projetos e programas e R$ 250 mil para eventos e cursos. Os valores não sofreram alteração para 2024.
A aprovação do edital estava prevista para dezembro. A falta de acordo entre os conselheiros em temas sensíveis provocou adiamentos. Foi formado um grupo de trabalho a fim de elaborar estudos que fornecessem dados sobre as propostas de alteração. A previsão de membros do conselho é que ainda serão necessárias ao menos duas sessões para a aprovação do texto final.

A semana de início das aulas de graduação não transcorreu como o esperado para algumas unidades. Na Faculdade de Letras, a falta de funcionários de limpeza — que estão sem pagamento — levou à suspensão das atividades pelo menos até a próxima terça, dia 26. Já a instabilidade nos sistemas da universidade dificultou a inscrição de alunos da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis. A situação, ao lado de outros fatores, contribuiu para o adiamento do período até segunda, 25. Na Praia Vermelha, um inesperado corte de água no Palácio Universitário inviabilizou as atividades do Instituto de Economia por dois dias. E, para ampliar o quadro de transtornos, coordenadores de pós-graduação não conseguiram acessar a plataforma Capes a partir da rede da UFRJ.

SEM LIMPEZA, LETRAS
INTERROMPE ATIVIDADES

WhatsApp Image 2024 03 21 at 20.27.08 3A Congregação da Faculdade de Letras decidiu interromper todas as atividades acadêmicas no prédio — graduação, pós e extensão — do dia 18 até pelo menos a próxima terça, 26. A unidade está sem funcionários de limpeza — que estão com os pagamentos de fevereiro atrasados. A medida tem como objetivo diminuir a circulação de pessoas e evitar o acúmulo de lixo no local. Em condições normais, estima-se que aproximadamente 10 mil pessoas circulem pelo prédio, que também abriga cursos de Biblioteconomia, Gestão, vestibular social à noite, disciplinas da Faculdade de Educação e uma da EBA.
Em paralelo, para não ampliar o problema, a reitoria acatou um pedido da direção para que o bandejão da unidade não funcionasse. “O restaurante é pequeno. As pessoas comem nos jardins e largam restos de comida nas quentinhas”, explicou a diretora da unidade, professora Sonia Reis.
Para esclarecer toda a comunidade sobre a suspensão das aulas, a diretoria chamou uma reunião para a próxima segunda, dia 25, às 9h. “É uma situação que nenhum gestor pensa em passar. Nem nos piores pesadelos. É uma frustração para todos”, lamentou Sonia.
A situação não é inédita na Letras. Durante a gestão da professora Eleonora Ziller, em 2015, o prédio também ficou sem o serviço de limpeza. “Na ocasião, conseguimos não interromper as atividades. É uma situação delicada, mas o fato é que uma universidade do tamanho da UFRJ não pode ficar refém de uma pequena empresa terceirizada”, afirma Eleonora. “A universidade precisa encontrar soluções definitivas para este tipo de problema”.
No Consuni, o reitor Roberto Medronho enfatizou que os atrasos de repasse às empresas estão “todos dentro dos prazos contratuais”. A lei de licitações prevê que os serviços terceirizados contratados devem ser mantidos mesmo que a administração pública atrase os pagamentos por até 30 dias da emissão da nota fiscal. “A nota mais antiga desta empresa foi emitida em 19 de fevereiro. Os pagamentos pendentes estão sendo processados na PR-3 (pró-reitoria de Finanças)”, disse a pró-reitora de Governança, professora Claudia Cruz. A dirigente informou que a reitoria já iniciou um processo de contratação emergencial de outra empresa de limpeza para a Letras. Mas o caso não deve ser resolvido logo. “Até uma contratação emergencial exige preparação de documentação e convite a empresas para serem credenciadas “, disse.

ECONOMIA SEM ÁGUA

A comunidade do Instituto de Economia teve as aulas suspensas entre terça-feira e quinta-feira por falta de água no Palácio Universitário, no campus da Praia Vermelha: “Uma pessoa estranha ao serviço de manutenção fechou o registro que leva a água para a cisterna do prédio. Trabalhando a seco, a bomba queimou por falta de refrigeração”, explicou o diretor da unidade e ex-reitor da UFRJ, professor Carlos Frederico Leão Rocha.
As atividades acadêmicas com os aproximadamente 1,2 mil alunos de graduação e pós-graduação só puderam ser retomadas após o conserto do equipamento, desde o meio-dia de quinta-feira. O dirigente lamentou o episódio. “Isso cria uma má imagem da universidade pública”.
A Prefeitura Universitária prestou apoio imediato à Economia. “Já pedi para construir uma casa onde está o registro e vamos lacrá-lo. Só terá acesso quem tiver permissão da subprefeitura da Praia Vermelha, com dados anotados no livro de ocorrências da Diseg (Divisão de Segurança) do campus”, informou o prefeito Marcos Maldonado.
No Consuni, o reitor Roberto Medronho afirmou que vai abrir um inquérito para investigar o incidente. Ou um processo administrativo disciplinar, se houver prova de autoria.

PLATAFORMA DA CAPES BLOQUEADA

Quem tentou acessar a Plataforma Sucupira da Capes pela rede da UFRJ não conseguiu esta semana. Porém, o problema não se repetiu em redes externas ou a partir dos planos de celular. “Isso está sendo um drama, sobretudo, para os coordenadores dos programas”, observou o superintendente geral de Pós-graduação e Pesquisa, professor Felipe Rosa. “Está todo mundo trabalhando aqui. Se daqui não consegue acessar, é um problema. Estamos na fase final do Coleta Capes (um sistema que recolhe dados dos programas de todo o país)”. O prazo é até 12 de abril.
“Recentemente, acessar as plataformas da CAPES tem sido um desafio no Fundão”, afirmou Fernando Duda, professor e ex-coordenador do Programa de Engenharia Mecânica. Além do Coleta Capes, Duda destacou dificuldades na utilização da plataforma SIPREC para prestação de contas de recursos recebidos pela agência de fomento durante seu mandato, que terminou recentemente. O docente enfatizou que as constantes falhas da internet no Fundão prejudicam a gestão acadêmica. “Às vezes, participamos de eventos de outras universidades de forma remota. O professor vem para cá, fica sem internet e precisa voltar para casa”, exemplificou.
A Superintendente-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação (SG-TIC), Ana Maria Ribeiro, informa que a equipe monitora o problema de acesso à Capes com apoio da RNP — Rede Nacional de Pesquisa. “A reitoria está tomando as providências para aquisição de equipamentos mais atualizados — os atuais são de 2012 — para permitir a estabilização em nosso parque informacional”.
Ana explica que o reitor Roberto Medronho definiu a Transformação Digital como eixo para os editais da Finep. O objetivo é proporcionar condições de trabalho para as atividades de pesquisa, ensino, extensão e administrativas. “Isso permitirá superar os problemas recorrentes que a infraestrutura obsoleta vem trazendo”, diz.

FACC ADIA AULAS PARA DIA 25

Na Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC), um conjunto de fatores levou à decisão de adiamento das aulas da graduação de aproximadamente 2,3 mil alunos para o dia 25 — a pós opera normalmente. Entre eles, a própria suspensão das atividades no prédio da Letras — a FACC mantém cursos de Biblioteconomia e Contábeis naquela unidade, no Fundão. Além disso, o curso de Ciências Contábeis da Praia Vermelha já havia aprovado que a semana seria dedicada apenas a atividades de recepção dos calouros. Mas um dos principais motivos da medida foi a insegurança com a inscrição dos alunos: até a véspera do início do período letivo, professores não sabiam quais seriam seus alunos nem os estudantes sabiam se estavam realmente matriculados nas disciplinas. “E, neste quadro, não havia como os professores estabelecerem comunicação com os alunos”, esclareceu o diretor da unidade, professor Antonio José Barbosa de Oliveira. A situação só foi normalizada na segunda no fim da tarde.
Pró-reitora de Graduação, a professora Maria Fernanda Quintela informou que os estudantes da entrada regular do acesso fizeram suas pré-inscrições e matrículas no cronograma planejado. Já os estudantes da primeira lista de espera tiveram algumas dificuldades na matrícula nas unidades. “Os estudantes, de um modo geral, ficaram sem acesso aos Crids (documento de confirmação da inscrição em disciplinas). Estes fatos ocorreram, pois houve instabilidade nos sistemas da universidade, como todo o corpo social foi informado oportunamente na semana retrasada, pela SG-TIC”. A dirigente afirma que todos os estudantes já estão regularizados no SIGA, desde dia 18, às 17h.
Na quarta, o Conselho de Ensino de Graduação (CEG) estabeleceu o novo cronograma dos atos acadêmicos. Entre eles, a alteração da inscrição em disciplinas. “Assim, não existe mais desde segunda feira, às 17h, essa situação que foi considerada por algumas unidades como um impeditivo para o início das atividades acadêmicas previstas no calendário acadêmico”.

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