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O Congresso do Andes, realizado no final de fevereiro, indicou a construção de greve dos docentes das universidades federais no primeiro semestre de 2024, no contexto da campanha salarial.

Na concepção da Diretoria da ADUFRJ, a greve é a última ferramenta de pressão que uma categoria profissional dispõe em busca de seus objetivos. Portanto, o uso deste instrumento não pode ser banalizado e deve ser alvo de amplo debate sobre seus prós e contras.

Diferente de outras universidades, o calendário acadêmico da UFRJ (2024.1) teve início apenas no dia 18 de março. Em nossa avaliação, seria um erro realizar uma Assembleia Geral para deliberar sobre o tema antes dessa data, uma vez que a maior parte dos campi da UFRJ estaria esvaziada. Para nós, a decisão sobre greve não pode ser tomada de forma açodada e com baixo envolvimento do conjunto dos professores.

Nesta perspectiva, a Diretoria da ADUFRJ decidiu realizar um amplo processo de debates sobre a conveniência ou não da realização de greve em 2024. O calendário proposto consiste em reuniões do Conselho de Representantes (CR), reuniões nas unidades e, por fim, Assembleia Geral (AG).

Este processo já teve início com a realização de uma reunião do Conselho de Representantes em 11 de março. Nessa ocasião, foram apresentados aos representantes os debates que ocorreram no Congresso do Andes, além de outras informações sobre o processo de negociação com o governo.

Como passo seguinte, o CR indicou a realização de reuniões nas unidades e um novo encontro em 03 de abril de 2024 para discutir o retorno das consultas.

Além do CR e das reuniões nas unidades, como parte do processo de discussão, o Andes realizou reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino no último dia 22 de março.

Ainda que o processo de negociação com o governo esteja em curso, o Sindicato Nacional decidiu por indicar o início da greve no dia 15 de abril. Tal decisão ainda será objeto de deliberação de cada universidade.

Dando sequência ao processo de discussões, a ADUFRJ seguirá seu calendário de debates e deliberação:

  • Até 02/04 - Discussões nas unidades
  • 03/04 - Reunião do Conselho de Representantes
  • 08/04 - Assembleia Geral

Para nós, o debate deve ocorrer levando em consideração: a) a justeza de nossas reivindicações; b) a situação da UFRJ; c) o visível esvaziamento dos campi pós-pandemia, com o aumento da evasão; d) a conjuntura política do país, na qual a vitória do campo progressista se deu por restrita margem de votos; e) a força social da extrema direita e sua capacidade de mobilizar parte da sociedade contra as universidades; e f) as sinalizações apresentadas pelo governo (reajuste linear de 9% para os servidores e reajuste das bolsas em 2023; reajuste dos auxílios em 2024; e reajuste de 9% dividido em duas parcelas em 2025 e 2026).

Contamos com a ampla participação dos docentes nessas discussões a fim de que qualquer decisão seja a mais legítima possível.

DIRETORIA DA ADUFRJ

 

Clique na imagem abaixo para assistir ao vídeo gravado pelas professoras Mayra Goulart e Nedir do Espirito Santo sobre o posicionamento da diretoria a respeito da greve.

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