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bandeira adufrjDiretoria da AdUFRJ

Na última quarta-feira, no imponente salão nobre do IFCS, lançamos o Comitê de Luta da UFRJ. Uma iniciativa de professores, estudantes e técnicos que enxergam as próximas eleições como estratégicas para a derrocada do obscurantismo que há quatro anos desgoverna o Brasil. Avaliamos que o país vive uma encruzilhada entre o resgate democrático ou o retorno do arbítrio. A AdUFRJ nasceu na luta pela democracia e, em nome dela, seguiremos nos próximos meses em comícios, debates e reuniões. É urgente apoiar candidatos com condições reais de vitória e comprometidos historicamente com a universidade pública, a ciência, a arte e a tecnologia. Isso não vale apenas para os pleitos executivos, mas também para a eleição legislativa. Bancadas aguerridas na defesa da democracia e de políticas públicas inclusivas são decisivas para o sucesso de novos governos.
Na nossa campanha para as eleições na AdUFRJ, nós reafirmamos repetidas vezes que gostaríamos de encampar, uma vez empossados, a candidatura do campo democrático à Presidência da República que tivesse mais chances de vitória. Nesse momento, essa candidatura é a de Lula. Essa foi uma promessa de nossa campanha em setembro de 2021. Precisamos de um governo de renascimento, de reconstrução, algo semelhante ao que aconteceu em vários países depois de uma guerra, uma devastação. Temos que reunir todas as forças democráticas para isso.
O nosso Comitê de Luta nasceu com a cara da universidade. O evento de lançamento foi um debate sobre os cortes orçamentários que asfixiam nosso presente e esvaziam o futuro da produção de conhecimento. Mediado por Neuza Luzia Pinto, técnica da Faculdade de Medicina da UFRJ, o debate contou com a participação dos professores Átila Freire, da Coppe, e Eduardo Raupp, pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ.
“Hoje (quarta-feira), nós fomos impactados pela notícia de que o projeto orçamentário do ano que vem virá com uma redução de 12,6% no nosso orçamento. Isso significa que a UFRJ terá certamente o menor orçamento de sua história. Estamos diante de um descompromisso estratégico do governo, um projeto de destruição lenta e gradual. A estratégia é fazer com que a gente continue funcionando precariamente, e que, com isso, tenha dificuldades de entregar aquilo que a gente tem que entregar, que a nossa missão não seja plena e que a gente vá sendo desacreditado. Até que soluções fantasiosas possam ser oferecidas em nosso lugar. Nada mais sórdido e mais eficiente para destruir a universidade pública”, descreveu professor Eduardo Raupp, para quem a situação da UFRJ é “dramática”.
Para o professor Átila Freire, um dos aspectos mais perversos dos cortes é a retração da pós-graduação. “A pós-graduação da UFRJ, que é emblemática no Brasil e é referência no mundo, foi dramaticamente destruída nos últimos anos. Nós temos que reverter isso indo à luta, cada um de nós. Temos que mobilizar as pessoas. E esse comitê é um passo para isso”, convocou Átila.

ATENÇÃO, DOCENTES!

O Conselho Universitário aprovou medida importante para nossa categoria. Os professores que não alcançaram pontuação para a progressão funcional durante os períodos remotos terão nova chance. O Consuni acatou proposta da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) para flexibilizar a avaliação entre 23 de março de 2020 e 10 de abril deste ano — quando as atividades presenciais não essenciais da UFRJ ficaram suspensas em função da pandemia.
As atividades de todos os grupos poderão ser multiplicadas pelo fator 1,5. Também poderão ser zeradas as atividades de pesquisa e de extensão. Outra mudança é que as unidades poderão instituir normas complementares em razão das especificidades de cada curso, desde que integradoras e facilitadoras para a avaliação do desempenho docente.
O professor Fernando Rochinha, presidente da Comissão de Legislação e Normas, frisou que o fator de correção só será aplicado no intervalo de tempo em que houver coincidência entre o período de interstício do docente e o prazo determinado pela resolução. “A banca terá que fazer este ajuste”, afirmou.

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