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Acesse a sala no google classroom em: http://gg.gg/apoiople

O ensino remoto não foi uma escolha. Ele foi, e ainda é, uma necessidade. O ano de 2020 trouxe consigo uma pandemia que impôs a todos uma única saída: se reinventar. É fato que o Período Letivo Excepcional (PLE) apresentou inúmeros desafios à comunidade acadêmica, mas proporcionou também aprendizados para a UFRJ aperfeiçoar suas práticas de ensino nessa experiência inédita. Movida pela responsabilidade com as condições de trabalho dos professores, a AdUFRJ lançou, no dia 2, a iniciativa SOS Ensino Remoto.
“A ideia é servir como um ponto de apoio que dê o suporte necessário aos professores”, comentou a presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller. Com o objetivo de amenizar as dificuldades da modalidade remota, e de dar à UFRJ uma posição de protagonismo no assunto, o sindicato conta com a consultoria educacional de Cristina Ávila Mendes, que apresentou caminhos para a construção de disciplinas cativantes e funcionais.
“Nossa intenção é propor um planejamento que envolva a tecnologia, para que haja uma clareza maior de como aprimorar o uso dessas novas ferramentas”, explicou Cristina, fundadora da Octopus Soluções Educacionais. Inicialmente, ela destacou a diferença do ensino remoto emergencial para o ensino a distância, que é uma modalidade padronizada, e optada por livre e espontânea vontade do estudante e do docente. “No ensino remoto, não existe uma fórmula pronta, os professores não têm o suporte de uma equipe para produzir seus conteúdos”.
WhatsApp Image 2020 12 05 at 13.53.04Cristina MendesO calendário apertado fez com que muitos docentes não conseguissem elaborar suas disciplinas com base na experiência do PLE. Diante disso, Cristina ofereceu um cardápio para o novo semestre. “São boas práticas que com certeza podem ajudar nesse desenvolvimento de forma mais coesa, sem fugir muito da estrutura do presencial”, disse. Segundo ela, o bom planejamento exige uma integração dos recursos disponíveis com as práticas pedagógicas.
Ainda assim, o diálogo com a turma é mais importante do que as ferramentas escolhidas. “A comunicação é um ponto crucial, que fica muito em evidência nesse processo, e que não precisa necessariamente ser por vídeo”, ressaltou Cristina. A consultora sugeriu o uso de arquivos de áudio, a exemplo dos podcasts, como uma boa alternativa para dar assistência aos alunos. Ao escolher as mídias, é preciso levar em conta a acessibilidade. “Dependendo do aplicativo, o consumo de dados é imenso, e pode prejudicar um aluno que esteja utilizando um chip limitado”, lembrou.
Indagada sobre como receber retornos das turmas, Cristina sugeriu, de início, um formulário de avaliação diagnóstica do perfil dos alunos. “Podem ser tanto perguntas mais gerais, como questões objetivas da disciplina”, disse. O uso de formulários ajuda o docente a entender o contexto individual, e abre espaço para uma construção colaborativa da disciplina. “É importante enviar essas perguntas com pelo menos 24 horas de antecedência, pois assim mesmo os estudantes que acessam a internet apenas pela manhã, tarde ou noite, podem ver e responder a tempo”.
Para dar assistência técnica ao longo do período, Cristina abriu uma sala do Google Classroom (http://gg.gg/apoiople) para todos os professores da UFRJ. Lá, eles poderão tirar dúvidas e trocar experiências com seus colegas. “Funcionará como um fórum, onde em até 48 horas eu irei responder às questões colocadas, mas todos poderão contribuir”, afirmou Cristina. As dúvidas mais recorrentes serão transformadas em pequenos vídeos, para sintetizar dicas e esclarecimentos pontuais. (Kim Queiroz)

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