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mask 4898571 640Imagem de Juraj Varga por PixabayAvaliação dos ambientes, testagens, distanciamento, uso de equipamentos de proteção individual. Essas são algumas das condições para a realização de atividades presenciais nos campi, reunidas no novo Guia de Biossegurança da UFRJ, aprovado na última reunião do GT Pós-Pandemia, na sexta-feira, 25. O documento de 51 páginas sinaliza que ainda não há condições para a volta às aulas e cria uma “matriz de avaliação do ambiente”. O modelo se baseia na infraestrutura e na exposição frente ao SARS-CoV-2, além das atividades realizadas em cada local. São três categorias: ambiente verde – possível o regresso com medidas padrão de segurança; ambiente amarelo – retorno das atividades precisa acompanhar medidas adicionais de segurança; ambiente vermelho – retorno precisa ser avaliado por uma equipe multiprofissional.
O documento foi criado pela Comissão Provisória de Assessoramento em Biossegurança, que aconselha o GT Pós-Pandemia da universidade. O grupo reúne 19 especialistas de diferentes áreas e é coordenado pela professora Bianca Ortiz. “É um documento com contribuições de múltiplas áreas. Não se trata de um estímulo ao retorno presencial precoce. A ideia é que haja a minimização dos riscos no retorno das atividades essenciais presenciais da instituição”, esclarece a docente que também é coordenadora de Biossegurança do CCS, onde há vários laboratórios que estudam o coronavírus. “Para laboratórios que cultivam o vírus ou fazem diagnóstico, foram implementadas medidas específicas de biossegurança”, diz a docente.
WhatsApp Image 2020 10 02 at 20.02.23O pró-reitor de Planejamento e Finanças, Eduardo Raupp, reforça a orientação. “Continuamos na fase 3, definida pelo GT Pós-Pandemia, em que apenas as atividades essenciais estão liberadas de forma presencial. A taxa de contágio precisa estar abaixo de 1 para que possamos pensar em uma forma de retorno presencial mais seguro”, explica Raupp, que coordena o GT. Segundo o Covidímetro da UFRJ, a taxa de contágio da doença no Rio de Janeiro é de 1.13. “Portanto, orientamos que as atividades da universidade continuem sendo predominantemente remotas”.
Um dos critérios para retorno é testar pessoas envolvidas com atividades essenciais de alto risco de exposição ao vírus. O relatório indica como possibilidades de testagem: exames em indivíduos com sintomas; testes pós-exposição a pessoas infectadas; testagem em contexto de hiperexposição, caso que engloba profissionais de saúde e estudantes internos da medicina, enfermagem, terapia ocupacional, entre outros envolvidos com o cuidado direto a doentes de Covid-19.
Outro ponto que merece atenção é o uso de ar-condicionado. O ideal é não utilizar o aparelho em ambientes confinados e manter portas e janelas abertas. “Os do tipo split não são recomendados para uso neste momento, porque não renovam o ar”, explica a docente. Entretanto, para ambientes que precisam permanecer fechados, como laboratórios, o uso de equipamentos de proteção individual constitui uma alternativa. “Medidas adicionais” como o uso de equipamentos portáteis para movimentação do ar, com filtro HEPA também são recomendadas para maior controle dos riscos de transmissão do SARS-CoV-2”, orienta Bianca. Este tipo de filtro é considerado “absoluto” e o mais eficiente disponível atualmente, capaz de eliminar até 99,9% de impurezas e microrganismos como ácaros, bactérias e vírus.
“Pensamos em soluções exequíveis, dadas todas as especificidades das diferentes unidades e também as restrições orçamentárias”, explica Bianca. “O ideal era que fossem instalados sistemas de exaustores, mas o custo é muito elevado”, reconhece a professora.
O documento também aborda conduta para os museus, alojamento, frota de ônibus, restaurantes. Em linhas gerais, o recomendado é manter em todos esses espaços o distanciamento de dois metros entre pessoas, limitar o número de pessoas em cada ambiente e utilizar máscara. “Portas serão sinalizadas com tudo que a pessoa precisa saber antes de acessar cada espaço”, conta Bianca Ortiz. “Precisamos entender que a nossa vida, como era, mudou. É necessário se adaptar”, finaliza a docente. O guia se encontra em fase de revisão e deve ser divulgado pela UFRJ nos próximos dias.

Testes de COVID com
resultados mais rápidos

A UFRJ está em processo de aquisição de testes mais rápidos para Covid-19. Os kits passaram por testagens feitas pelo Laboratório de Virologia Molecular, do Instituto de Biologia, e se demonstraram seguros. Além disso, são mais baratos que os utilizados atualmente – custam em média R$ 35 reais, com resultado em 15 minutos. O tempo é muito inferior aos 10 dias em média gastos até a conclusão do exame molecular, chamado PCR. O cotonete é um pouco menor e, portanto, menos invasivo, o resultado sai mais rápido e é tão bom quanto o outro. A universidade está comprando 8.500 testes para, em princípio, atender aos seus profissionais de saúde.

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