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WhatsApp Image 2020 10 16 at 16.00.21Atividade do projeto ITEC, da Faculdade de EducaçãoA UFRJ contabiliza 1.871 ações ativas de extensão nas mais diversas áreas, desde divulgação cientifica para crianças até formação de músicos em comunidades. “A extensão materializa o trabalho da universidade, através de projetos que se capilarizam na sociedade, ”, afirma a professora Angela Santi, da Faculdade de Educação. Difícil encontrar melhor definição para uma das mais importantes atividades acadêmicas desenvolvidas pelos docentes.
Extensionista com muito orgulho desde 2010, Angela Santi  
acredita que a extensão mostra a importância da universidade para fora de seus muros e ajuda a angariar apoio da sociedade.
Algo estratégico no momento em que a instituição é tão atacada pelo governo. “Agora existe uma visibilidade da universidade pela pesquisa, porque vivemos uma situação de emergência. Mas, muitas vezes, a pesquisa fica um pouco fechada em si mesma, naquele grupo. A extensão acontece de fato com a sociedade”, argumenta.
O problema, segundo a professora,  é que nem todos valorizam a extensão como se deveria. WhatsApp Image 2020 10 16 at 16.00.211Angela Santi
A situação começou a mudar, nos últimos anos, com algumas medidas, como a resolução do Conselho Nacional de Educação, de 2018, de que as atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação. “Há uma relação mais orgânica da comunidade universitária com os projetos de extensão”, afirma a professora da Faculdade de Educação. Todas as universidades devem adequar seus currículos à decisão do CNE até, no máximo, o fim de 2021.
A professora Mariana Trotta, da Faculdade Nacional de Direito, trabalha com extensão desde 2012. Coordena dois projetos, ao lado de outros colegas: um é o Núcleo de Assessoria Jurídica Popular Luiza Mahin, que assessora movimentos populares de moradia e de reforma agrária, como o MST. Agora, a iniciativa está engajada na campanha ‘Despejo Zero’, de proteção à moradia durante a pandemia. O segundo projeto é um curso de formação de Promotoras Legais Populares, criado na FND em 2016. Em diálogo com os movimentos feministas, o objetivo é fortalecer as mulheres na luta contra a violência.
WhatsApp Image 2020 10 16 at 16.00.20Mariana TrottaA docente reforça o papel da extensão, no momento em que a proposta de contrarreforma administrativa ataca as universidades públicas. “A extensão faz esse diálogo com a comunidade. Mostra a importância da universidade na vida das pessoas”.
Mariana avalia que ainda há entraves para o desenvolvimento das atividades de extensão, como o valor e o insuficiente número de bolsas. “Precisaríamos de mais incentivos nas políticas de extensão universitária”.

NÚMEROS
A pró-reitora de Extensão, professora Ivana Bentes, foi a convidada especial de uma das primeiras reuniões virtuais do Conselho de Representantes da AdUFRJ, após o início do isolamento social, em 6 de abril. A dirigente deixou claro que ninguém é obrigado a manter ações de extensão neste período de pandemia, mas que também era necessário dar resposta a novas propostas, muitas criadas em função da própria emergência de saúde pública.
Hoje, a UFRJ conta com 1.871 ações ativas de extensão. O número deve mudar, em função do processo de validação que ocorre até 31 de outubro. A pró-reitoria informa que, de acordo com resoluções do Conselho de Extensão Universitária, só poderão ficar ativas as ações a distância, durante o período de isolamento social. Atividades presenciais só serão autorizadas nos casos de prevenção e enfrentamento da Covid.

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