Accessibility Tools

facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Por Renan Fernandes

A professora Hildete Pereira de Melo não conteve as lágrimas durante a exibição do documentário “O Lobby do Batom”, promovida pela AdUFRJ na noite de sexta-feira (21), na Casa da Ciência. “Já assisti a esse filme várias vezes, mas foi a primeira vez que chorei”, disse a economista quando as luzes foram acesas. O filme de Gabriela Gaston mostra a luta de Hildete e outras bravas mulheres que organizaram o movimento feminista nos anos 1970 e 1980 e conseguiram influenciar a redação da Constituição de 1988.

“Foram tempos difíceis, de muita luta. Lembrar tudo isso agora me emocionou. Acho que estou ficando velha”, brincou Hildete. Depois da exibição, uma roda de conversa discutiu a pouca representação feminina em cargos de poder que persiste até os dias de hoje. A professora Mayra Goulart, presidenta da AdUFRJ, destacou que no estado do Rio de Janeiro, apenas 9% dos cargos legislativos são ocupados por mulheres, um dos menores índices do país.

“O machismo não é uma peça de antiquário, que estudamos como um fenômeno histórico”, disse a docente. Outro dado importante foi apontado pela professora Christine Ruta, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura. “Nas 23 secretarias de Ciência e Tecnologia que existem nos estados do Brasil, apenas quatro têm mulheres na pasta”, acrescentou ao debate.

O evento foi mais uma ação da AdUFRJ em celebração ao mês de luta pelos direitos das mulheres. “Queremos realizar mais encontros para promover discussões relevantes para a sociedade”, afirmou a vice-presidenta do sindicato, professora Nedir do Espirito Santo.

Topo