facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Por pouco, a UFRJ não fechou as portas por falta de vigilantes para guardar os campi. No mais recente capítulo da crise de orçamento da universidade, seguranças terceirizados compareceram ao Conselho Universitário do dia 28 para protestar contra o atraso de quase dois meses dos salários. Os trabalhadores, liderados pelo sindicato da categoria, indicaram que paralisariam as atividades nos próximos dias se não recebessem seus pagamentos.

A reitoria precisou agir rápido. Naquela mesma manhã, foi garantido um repasse de R$ 4,2 milhões às empresas, que se comprometeram a pagar os funcionários no dia seguinte. O dinheiro seria retirado de outras rubricas, que ainda seriam definidas pela administração central.

“Isso é a cada minuto. A questão fundamental é a do orçamento. É difícil fazer planejamento quando você só tem que apagar incêndio”, comparou o reitor Roberto Medronho. “Vamos precisar ampliar a luta por mais orçamento. Não há como manter nossas atividades e já foi dito que o aumento do orçamento para o ano que vem será de apenas 4%”, completou.

A AdUFRJ, representada pela diretora Veronica Damasceno, acompanhou a reunião entre a reitoria, Sintufrj, empresas e vigilantes.

TENSÃO
Antes do desfecho positivo, porém, o clima era de tensão no Consuni, com dezenas de vigilantes segurando cartazes de greve. “Tem luz sendo cortada, gente sendo despejada. Eles não aguentam mais”, disse o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio de Janeiro, Humberto Rocha. “Estamos fazendo um apelo. Liberem esse orçamento. Isso não é greve, é uma manifestação, mas vamos paralisar as atividades e o campus vai ficar sem vigilantes”.

O reitor Roberto Medronho reconheceu a dívida, mas explicou que as firmas deveriam manter os pagamentos, de acordo com a legislação federal. Pela lei de licitações, o contrato só pode ser encerrado com atraso de pagamento superior a dois meses, contado da emissão da nota fiscal. “Nós reconhecemos o atraso da universidade, mas a empresa não está cumprindo o contrato que ela assinou. Ela tem que ter lastro para pagar os funcionários a despeito dos nossos atrasos”, criticou. “Vocês têm toda minha solidadariedade. Devo desculpas a vocês”.

Topo