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WhatsApp Image 2024 02 02 at 11.11.05 5A reitoria quer discutir e votar no Conselho Universitário ainda este ano a alienação dos dez andares e meio que a UFRJ possui no Ventura Towers, um empreendimento com duas torres gêmeas no Centro do Rio. A ideia é trocar o valor obtido por contrapartidas em obras na UFRJ, que também serão definidas pelo colegiado. A proposta foi apresentada às entidades representativas da instituição — AdUFRJ, DCE, Sintufrj e APG — em reunião realizada na tarde de quinta-feira, 1.
Hoje, além de não ter um centavo para investimento na construção de prédios acadêmicos ou bandejões, a universidade gasta R$ 5 milhões por ano com o condomínio do espaço a que tem direito no Ventura. Só metade das salas está alugada, o setor administrativo da Escola de Música ocupa dois andares e o restante está vazio.
O reitor Roberto Medronho anunciou que pretende fazer uma apresentação inicial ao Consuni no dia 8, sem deliberação. E, de imediato, solicitou “sensibilidade” no debate sobre as contrapartidas para que as pessoas reconheçam onde há mais problemas. “Se a gente conseguir que as pessoas pensem melhor sobre isso, seria um grande avanço na ruptura da fragmentação histórica da nossa universidade”, disse.
A presidenta da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, participou da reunião. “Acreditamos que a destinação dos imóveis da universidade é para ensino, pesquisa e extensão. Quando este patrimônio não está sendo alocado nessas atividades fins, o ideal é que não fique ocioso e seja utilizado para benefício da comunidade acadêmica”.
Hoje, como as universidades são limitadas nas suas receitas próprias — e a AdUFRJ tem atuado em Brasília para modificar este cenário —, a dirigente elogia a solução encontrada pela reitoria. “É salutar um arranjo que estabeleça contrapartidas não financeiras”.

HISTÓRICO
Antes do Ventura, entre 1970 e 1985, a Faculdade de Letras funcionava no terreno da avenida Chile. Com a mudança da unidade para a Cidade Universitária, o espaço foi ocupado irregularmente por um estacionamento. O processo de negociação para a construção do prédio passou por três gestões de reitoria até sair do papel — Paulo Alcântara Gomes (1994-1998), José Vilhena (1998-2002) e Aloísio Teixeira (2003-2011). A construção durou de 2005 a 2009, ano em que o prédio foi inaugurado.

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