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agenda gac050073c 640Imagem de OpenClipart-Vectors por PixabayFrancisco Procópio, Kelvin Melo e Milene Gabriela

Em vez de 13 de março, o primeiro semestre letivo de 2023 começará em 3 de abril para a maioria dos cursos da universidade. O término do período está marcado para 22 de julho. Já no segundo semestre, as aulas serão retomadas de 10 de agosto até 23 de dezembro. O Conselho de Ensino de Graduação (CEG) aprovou a mudança do calendário acadêmico na quarta-feira (15).
A medida foi forçada pelo atraso no cronograma do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), mais um problema herdado do governo Bolsonaro. Os resultados, esperados por todas as universidades para janeiro, só serão conhecidos em 28 de fevereiro. A reitoria informou que seria impossível realizar todos os procedimentos de pré-matrícula e matrícula entre a data divulgada e o início do semestre originalmente previsto.
“O que inviabiliza (o antigo calendário) é a proximidade entre o início das aulas e os procedimentos de pré-matrícula”, esclareceu o superintendente geral de Graduação, professor Marcelo de Pádula. “Por exemplo, a heteroidentificação é presencial. São 1,5 mil candidatos que são submetidos à aferição. E isso tudo se dá num intervalo de tempo que é maior do que o intervalo existente”, completa.
A administração superior também afirmou que seria inviável separar os calendários entre calouros e veteranos para os 172 cursos de graduação da UFRJ. Apenas os alunos já matriculados de Medicina e Enfermagem de Macaé, da Faculdade de Medicina do Rio e do Colégio de Aplicação, com atividades já em andamento, mantiveram o cronograma estabelecido ano passado.
Já na pós-graduação, que não é impactada pelos resultados do SiSU, não haverá alteração. O Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) de sexta (10) confirmou as datas publicadas ainda no ano passado, com início em 6 de março (regime bimestral), 13 de março (semestral) e 20 de março (trimestral).

RECESSO MAIOR
Durante a reunião do CEG para definir o novo calendário, os conselheiros precisaram escolher entre três propostas que comportassem o mínimo de 200 dias letivos determinados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Uma delas foi rechaçada pela maioria por só acabar em 11 de janeiro de 2024. “Sou totalmente contrário a jogar um pedaço do segundo semestre para janeiro. Não funciona. As pessoas não vão”, disse o professor Jorge Ricardo, representante do CFCH.
Outra proposta previa o encerramento do primeiro período em 5 de agosto. Mas a data poderia causar problemas para os cursos de Macaé. Os veteranos de Medicina e Enfermagem têm aulas marcadas para apenas dois dias depois, em 7 de agosto.
A bancada estudantil, junto da representação de Macaé, apresentou a proposta vencedora, que estabelece um período maior de recesso entre os semestres letivos. “A gente garante um tempo de descanso um pouco maior. Para a comunidade dos estudantes, essa questão é muito séria em termos de saúde mental e para os que vêm de outros estados e municípios”, disse o estudante Alexandre Borges.
SUCESSÃO À REITORIA
A modificação do calendário acadêmico da graduação — que ainda precisa passar pelo Conselho Universitário — vai impactar também o cronograma do processo eleitoral para a reitoria. A comissão coordenadora da pesquisa eleitoral tinha elaborado uma proposta de cronograma com debates entre as chapas concorrentes, a partir de 21 de março.
“Seria muito estranho realizar uma eleição sem termos iniciado (o período)”, disse o reitor pro tempore, professor Carlos Frederico Leão Rocha, ao Consuni do dia 9. “O que acho que vai acontecer é que vamos ter que retardar um pouco esse prazo”, completou, já na expectativa do resultado da reunião do CEG.
(Francisco Procópio, Kelvin Melo e Milene Gabriela)

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