Foto: Ana Beatriz MagnoA carreira docente é o principal tema do 15º Conad Extraordinário do Andes-SN, iniciado na tarde desta sexta-feira (11), em Brasília, na sede da Associação de Docentes da UnB. A expectativa dos organizadores é que o evento reúna mais de 260 professoras e professores até a noite de domingo (13).
A UFRJ é representada por quatro professoras e um professor escolhidos em assembleia. Mayra Goulart, presidente da AdUFRJ, é a delegada.
“É com enorme alegria que a UnB recebe o Conad. A discussão sobre a carreira do docente é fundamental”, resumiu o professor Paulo Cesar Marques, representante da reitoria da UnB. ”Falar de carreira não é outra coisa que falar de futuro”, discursou o presidente do Andes, Gustavo Seferian (UFMG), na cerimônia de abertura.
Os debates serão baseados no Caderno de Textos, documento de 121 páginas, com artigos assinados pela diretoria do Andes, por grupos de professores e por diretorias de associações docentes.
“A carreira docente deve ser estruturada de forma a permitir que todas, todes e todos docentes alcancem o topo da carreira independentemente da titulação”, escreve a diretoria do Andes, no item 3, da página 57, num dos textos mais simbólicos do encontro.
A diretoria da AdUFRJ espera que o debate seja aprofundado para além das palavras de ordem. “A universidade pública brasileira é um projeto que concilia duas dimensões que raramente andam juntas: inclusão e excelência”, avalia a presidente da AdUFRJ, Mayra Goulart. “O pilar desse projeto é o professor e ele precisa ser bem remunerado e estimulado a seguir se aperfeiçoando incessantemente para que, através do seu exemplo, possa orientar os estudantes a seguir pelo mesmo caminho. Esse deve ser o norte da discussão sobre a nossa carreira”.
O professor Carlos Zarro, do Instituto de Física, leu atentamente o Caderno de Textos e espera bons debates. “Discordo da progressão automática, da questão de todos os docentes chegarem ao topo da carreira com qualquer titulação, o que desestimula a formação docente e o tempo necessário para se chegar ao topo da carreira, maior do que o atual, para um docente que ingressa como adjunto”, resume Zarro.
Leia na próxima edição do Jornal da AdUFRJ a reportagem completa sobre o 15º Conad Extraordinário.