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NO VERMELHO

A liberação do orçamento suplementar para a educação superior não agradou dirigentes das universidades federais. O assunto foi tratado durante o Conselho Universitário desta quinta-feira (25). O reitor Carlos Frederico Leão Rocha criticou a tesourada da União nas instituições de ensino. “A Andifes (associação de reitores) foi muito proativa durante a transição de governo e conseguiu com o Congresso Nacional a destinação de R$ 1,75 bilhão para as universidades”, iniciou o dirigente. “Ocorre que o governo federal tinha problemas adicionais. Não havia recursos para uma série de outras ações e esse R$ 1,75 bi virou R$ 1,3 bi. Existe, portanto, uma grande insatisfação”, criticou.

Pró-reitor de Planejamento e Finanças, o professor Eduardo Raupp complementou o aviso. “Tínhamos expectativa de receber R$ 100 milhões de suplementação ao orçamento e quitar todas as despesas, mas recebemos R$ 64 milhões. Agora, caminhamos para fechar o ano com dois meses e meio em aberto”.

NOVOS EMÉRITOS

O Consuni aprovou por aclamação a concessão de títulos de professores eméritos a cinco docentes aposentados da UFRJ. Pela Coppe, o professor Segen Farid Estefen. Pela Faculdade de Letras, as professoras Carmen Lúcia Tindó Ribeiro Secco e Teresa Cristina Cerdeira da Silva. Pelo Colégio de Aplicação, a professora Ana Lucia de Almeida Soutto Mayor. Pela Faculdade de Medicina, o professor José Roberto Lapa e Silva. As cerimônias devem ocorrer já durante a gestão do professor Roberto Medronho, que falou emocionado sobre seu mestre José Roberto Lapa. “Ele foi o professor homenageado de minha turma de graduação. E seguirá sempre conosco”.

LIMA BARRETO

WhatsApp Image 2023 05 25 at 19.34.004Tomado de forte comoção, o Conselho Universitário também aprovou uma homenagem póstuma ao escritor Lima Barreto. O intelectual foi agraciado com o título de doutor Honoris Causa. O título foi uma iniciativa da professora Beatriz Rezende, da Faculdade de Letras, aprovado na Congregação da unidade e no Conselho do Centro de Letras e Artes.

Lima Barreto estudou na Escola Politécnica, antes de a UFRJ ser criada, mas sofreu racismo e abandonou o curso. Certa vez, escreveu: “É triste não ser branco”. Por duas vezes, foi internado no Hospício Pedro II – hoje Palácio Universitário – e morreu aos 41 anos, em 1922.

A justa homenagem emocionou os conselheiros. “É uma alegria presidir este Conselho hoje”, disse o reitor Carlos Frederico Leão Rocha. Diretor da AdUFRJ, o professor Ricardo Medronho lembrou de uma frase de Lima Barreto, de quando estava internado no hospício, e que está gravada no átrio do Palácio Universitário: “Um maluco, vendo-me passar com um livro debaixo do braço, quando ia para o refeitório, disse: ‘Isto aqui está virando colégio’”.

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