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A instalação de uma mesa permanente de negociações com as entidades representativas dos segmentos da UFRJ — AdUFRJ, Sintufrj e DCE Mário Prata — é uma das novidades que o reitor eleito Roberto Medronho adiantou ao nosso jornal, em entrevista exclusiva que é o tema de capa desta edição. Segundo Medronho, o diálogo “levado à exaustão” será a forma pela qual a reitoria vai se relacionar com docentes, estudantes e técnicos, sobretudo em temas que demandam mais análise e debate, como o novo Canecão e a contratação dos serviços da Ebserh.

Sobre esses dois temas, o professor Medronho foi claro: vai levá-los adiante, respeitando as decisões do Conselho Universitário. “A Ebserh acabou sendo infelizmente utilizada como um esqueleto que se coloca no armário e se tira nas eleições. Tanto quanto o ponto eletrônico. Não vamos mais guardar a Ebserh no armário, vamos ter que decidir”, adiantou o reitor eleito, que promete dar o mesmo tratamento ao projeto do novo Canecão. Ele garantiu que não adotará o ponto eletrônico para os atuais servidores da UFRJ.

 Dois assuntos especialmente caros para a AdUFRJ também foram analisados na entrevista: as progressões múltiplas e os adicionais ocupacionais. Segundo ele, no que depender da reitoria, eles serão resolvidos. A AdUFRJ tem duas ações coletivas na Justiça sobre esses problemas, após esgotar as tentativas de resolvê-los no âmbito administrativo. No caso dos adicionais, há também ações individuais impetradas pelo sindicato com decisões favoráveis aos professores, que voltaram a receber os pagamentos cortados indevidamente. A ação coletiva das progressões teve seu pedido de liminar indeferido em primeira instância, mas a AdUFRJ já apresentou recurso ao Tribunal Regional Federal.

 No que depender da gestão eleita, os entraves administrativos que causam tantos problemas ao dia a dia da UFRJ serão atacados com prioridade. “Acabou o balcão”, garantiu Medronho, que promete um redimensionamento do quadro de pessoal da universidade. “Eu quero saber qual é a nossa força de trabalho. Como um gestor não sabe quantas pessoas trabalham na sua unidade? Essa informação tem que ser pública! Não quero ser nem bonzinho, nem mauzinho, quero ser justo”, afirmou o reitor eleito. Entre outras promessas, ele quer “refundar” a Minerva Assanhada e fazer da Ilha do Fundão um campus sustentável. Confira as promessas e as ideias do novo reitor nas páginas 3, 4 e 5.

Roberto Medronho e sua vice-reitora eleita, Cássia Turci, terão muito trabalho pela frente. O último Consuni, realizado nesta quinta-feira (25), deu uma pequena amostra disso em duas frentes importantes: a carência de pessoal e os cortes orçamentários. Por conta dos cortes, a UFRJ vai fechar o ano no vermelho — ou seja, a nova gestão vai assumir a universidade com dívidas (confira a matéria abaixo). A outra má notícia está na página 6 e vem da Comissão Temporária de Alocação de Vagas (Cotav): das 420 vacâncias, só 200 serão preenchidas este ano. Menos da metade.

Completam a edição, na página 7, uma matéria sobre as ações junto ao Executivo e ao Parlamento que o Observatório do Conhecimento desenvolveu esta semana em Brasília, e a criação da Incubadora de Negócios de Impacto Social e Ambiental, a Inyaga (que significa “nossa terra” em língua indígena da família tupi-guarani). Na página 8, saiba tudo sobre a segunda edição da visita guiada à Pequena África, iniciativa da AdUFRJ que vem recebendo boa aceitação dos nossos filiados.

A AdUFRJ está sempre aberta ao diálogo e saúda a iniciativa do novo reitor de instalar uma mesa permanente de negociações com as entidades representativas da universidade. É no debate, no contraponto de visões e conceitos, que se consolida a democracia.

Boa leitura!

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