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WhatsApp Image 2022 07 22 at 19.23.18 1Diretoria da AdUFRJ

Não é uma escolha difícil. Decidir entre Lula e Bolsonaro é optar entre a democracia e a barbárie, entre a ciência e o obscurantismo, entre a esperança e a violência. Não é apenas apertar o botão do menos pior. Evidentemente que os governos do PT cometeram erros, mas a disputa de outubro não é um plebiscito sobre o passado, mas sobre o presente. Será a mais importante eleição da história do Brasil. Poderá nos devolver a normalidade democrática ou nos empurrar para o mais amargo dos círculos do inferno, o do arbítrio, da censura, da exceção, temporada que conhecemos intimamente e que deixaram profundas cicatrizes na universidade. Acentuar essa responsabilidade com a civilidade parece algo trivial e óbvio num ambiente acadêmico como o nosso. Porém não é.

Na semana passada, o Andes, sindicato nacional que pretensamente representa os professores das universidades federais e estaduais do país, decidiu ficar neutro, isento, nas eleições presidenciais, e rejeitou a proposta de declarar apoio a Lula. Somos adultos, car@s colegas. Já sabemos que não há neutralidade na política e que os supostamente isentos já escolheram seu lado. A situação é tão anacrônica que até a pop Anitta está na frente dos nossos representantes sindicais docentes.
“Essa posição do Andes precisa ficar registrada nos anais. No futuro, as pessoas vão estudar uma eleição que aconteceu antes de um golpe ou de um episódio de violência política, e saber que o sindicato nacional dos professores não discutiu isso, não marcou posição para a eleição, não apoiou o candidato com maior viabilidade eleitoral contra o autoritário que vai perseguir e silenciar todos nós”, reiterou a vice-presidente da AdUFRJ, Mayra Goulart, no encontro do Andes que optou por não se engajar na única campanha com chances reais de derrotar o fascismo bufônico de Bolsonaro. “Estamos diante da eleição mais importante da nossa história recente, diante de uma possibilidade de recrudescimento real do regime, silenciamento das universidades e perseguições às pessoas”, disse Mayra.
A diretoria da AdUFRJ compreende a gravidade histórica do momento, avalia que não há espaço para principismo infantil e que é dever de quem tem responsabilidade com o futuro deste país se engajar diuturnamente na campanha de Lula. Isso não significa aparelhar entidades nem ruptura com autonomia sindical. Mas compromisso com a democracia. Podemos nos alinhar com a oposição à Lula no dia seguinte à posse, caso discordemos de sua gestão. Mas, até para isso, é preciso democracia. Sem ela, não há oposição. Conclamamos nossos colegas e nosso sindicato nacional a rever o sectarismo e trocar a radicalidade pela unidade na luta. O argumento de que o primeiro turno é o espaço para pluralidade de programas não se adequa ao atual contexto brasileiro, contribui para a desmobilização e abre as portas para um perigoso flerte com o autoritarismo. Sem dúvida, há maior facilidade de contestação dos resultados com uma vitória no segundo turno. Por isso, convidamos todos, todas e todes a se somar ao Comitê de Luta da UFRJ que reúne professores, estudantes e técnicos dispostos a derrotar o bolsonarismo e toda a barbárie que ele representa. A campanha presidencial precisa começar. Vamos juntos.
Boa leitura !

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