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WhatsApp Image 2021 09 03 at 22.44.35FONTE DO JARDIM DAS PRINCESAS será aberto à visitação pública daqui a um ano - Foto: FOTOS: ANA MARIA COUTINHO/COORDCOM“O Museu Nacional Vive”. A frase, que se tornou um lema de resistência da comunidade da UFRJ, foi novamente repetida pelo diretor da unidade, professor Alexander Kellner, no último dia 2. E não à toa. Exatamente três anos após o incêndio que destruiu 80% do acervo da instituição científica mais antiga do país, o dirigente apresentou, ao lado da reitora Denise Pires de Carvalho, os ambiciosos planos de gradual reconstrução e reabertura do prédio.
Dentro de um ano, já será possível ao público acessar o Jardim das Princesas, na lateral do museu, e que não era aberto para visitação mesmo antes do incêndio. O local, onde as princesas Isabel e Leopoldina passavam o tempo livre, será finalizado em breve. Além deste presente para a população, existe a expectativa de conclusão da recuperação da fachada principal, no mesmo período. E, até 2026, todo o prédio estará apto para a reabertura.
Os custos do sonho não são baixos. A previsão orçamentária, que depende dos processos executivos e de licitações, gira em torno de R$ 385 milhões. A ideia é reconstruir as áreas internas com base no antigo palácio. Mas, para além da infraestrutura, é preciso atingir a meta de 10 mil peças para o acervo expositivo do museu. Hoje, a UFRJ conta com apenas 500 peças classificadas para exposição.
Está em curso uma campanha para ampliar o acervo. “Recebemos muitos itens nos últimos dias, algo em torno de 100 novos exemplares para o museu”, contou o diretor. Até agora, a instituição já recebeu doações valiosas, como 27 peças dos períodos clássicos grego e romano que pertenciam a um colecionador gaúcho. Da Áustria, virão peças feitas por indígenas brasileiros, recolhidas na Amazônia há mais de 100 anos por naturalistas europeus.
“Temos suporte de cerca de 30 países. Os Estados Unidos, até o momento, não nos doaram exemplares, mas ajudaram num momento crucial de levar estudantes nossos, que não tinham mais o material para pesquisar, para os seus centros de pesquisa. Quero destacar o governo da Alemanha, parceiro de primeira ordem, que doou 1 milhão de euros. Temos muito a trabalhar e agradecemos o apoio”, ressaltou Kellner.
Para a reitora Denise Pires de Carvalho, o 2 de setembro de 2021 é um dia de comemoração. “Porque o Museu Nacional vive e renasce neste momento. Não tenho dúvida de que, nestes três anos, toda a comunidade do Museu Nacional tem trabalhado com muita resiliência e capacidade de adaptação para reconstruir e também aceitar esse novo modelo de governança, que trará uma instituição ainda mais forte, com sustentabilidade”, declarou Denise. “Vamos caminhar no sentido de uma instituição mais moderna, interagindo mais com a sociedade e com o apoio internacional”, concluiu.

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