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A AdUFRJ voltou ao Palácio Universitário uma semana após a visita da comitiva do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à Capela São Pedro de Alcântara. O cenário já está bem diferente daquele registrado na tarde de 18 de março.

Por recomendação do Iphan, houve vistoria elétrica e limpeza da capela e áreas adjacentes, além de outras regiões do palácio. Todos os quadros de energia foram revisados e estão agora dentro das determinações de segurança. Não há mais improvisações elétricas nos quadros de força, salões de eventos ou corredores. As gambiarras sumiram.

“Essas emendas em fios e as extensões eram instalações provisórias para alimentar ventiladores e equipamentos, principalmente nos salões de eventos”, explicou o engenheiro eletricista Antônio Borré, da Prefeitura Universitária. “Havia essa prática por conta da distribuição da energia que é muito ruim, já que o prédio é tombado e não foi projetado para as demandas dos dias atuais”, afirmou.

A equipe da PU retirou as ligações provisórias. “Todas as não conformidades elétricas foram retiradas e nós o fizemos a pedido da reitoria, uma vez que esta área interna não é de responsabilidade da prefeitura, mas do Escritório Técnico”, observou. “Viemos dar um suporte”.

Na visita, a reportagem conferiu também a limpeza dos acessos à capela queimada e ao interior da edificação. “Não fazíamos limpeza dessa área porque não tínhamos autorização para acessar essa região do palácio”, informou Tatiane dos Santos, encarregada de limpeza da empresa terceirizada Atlântica, que presta serviços na Praia Vermelha.

Com a determinação da administração central, a equipe conseguiu trabalhar na área restrita ao público. “Pudemos acessar a região, retirar todas as fezes de morcego e de gambá, varrer, lavar, desinfetar, além de retirar os sacos de lixo do interior da capela”, contou a funcionária.

O lixo citado por Tatiane foi flagrado pela equipe do Iphan no dia 18. Alguns sacos foram retirados pelo próprio reitor Roberto Medronho. “Por alguma razão, a empresa que fez a limpeza das calhas deixou o lixo aqui dentro”, disse Tatiane.

Entulho e destroços em áreas condenadas não puderam ser retirados. “Não mexemos onde há risco iminente de desabamento. Precisamos preservar os trabalhadores”, justificou.

A próxima etapa envolve capina da área ao lado da piscina, revisão das janelas e esquadrias e retirada do forro do corredor paralelo à Avenida Pasteur. As próximas visitas do Iphan para acompanhar o andamento dos trabalhos acontecem em 30, 60 e 90 dias após a primeira vistoria.

 

WhatsApp Image 2025 03 28 at 19.07.59 2Testemunha do incêndio

Durante a visita, encontramos o senhor Alonso João Bravin. Ele era porteiro da capela e estava no prédio quando o incêndio começou. “Eu vi a cruz de madeira pegar fogo”, lamentou, ao se recordar do fatídico 28 de março de 2011. “Organizei o que pude, guardei o que deu, do pouco que restou”, contou. Diante do Cristo sem cruz, Bravin suspirou: “É uma tristeza ver essa cena tantos anos depois”.

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