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WhatsApp Image 2025 01 24 at 18.20.07 1Na próxima semana, entre os dias 27 e 31 de janeiro, a cidade de Vitória (ES) receberá o 43º Congresso do Andes. O Sindicato Nacional prevê a participação de 600 a 650 professores de universidades federais, estaduais, municipais e CEFETs de todo o país. Os números consolidados do encontro serão conhecidos apenas ao final do primeiro dia de atividades, quando será encerrado o credenciamento das delegações.
O Congresso deste ano terá a inscrição de chapas que irão concorrer às eleições para a diretoria do Andes, em maio. Em paralelo às discussões das plenárias, os grupos políticos que disputam as forças da direção nacional do sindicato vão se articular para a corrida eleitoral.
Ao menos três grupos têm condições de apresentar chapas: o Andes de Luta e Pela Base, que atualmente dirige o Sindicato Nacional e é composto por professores ligados a correntes políticas do PSOL e PCB; o Fórum Renova Andes, até o momento o principal grupo de oposição à diretoria nacional, que reúne docentes ligados ao PT, PSOL, PDT e PCdoB; e o Coletivo Rosa Luxemburgo, responsável por articular a votação para a entrada em greve ainda no início do ano passado (vencendo a posição da diretoria nacional em plenário), cujos integrantes são alinhados com setores mais à esquerda do PSOL, PCB e PSTU.
Luis Acosta, professor da UFRJ e 2º vice-presidente nacional, acredita que o tema central do encontro será o modelo de carreira de professor federal. “O congresso eleitoral ‘esquenta’ as discussões, mas acredito que o principal tópico será a carreira única”, diz. A conjuntura nacional e internacional é outro ponto de preocupação. “Também acho que haverá centralidade no debate sobre o novo governo dos Estados Unidos e como ele vai direcionar as ações da ultradireita no mundo, inclusive aqui no Brasil”, aponta o dirigente.
O docente prevê, ainda, que as discussões em torno do reajuste salarial deste ano, fruto de acordo firmado em 2024 e ainda não efetivado em folha, trará mais tensão aos debates. “Há um mal-estar na categoria, porque o início do pagamento foi adiado até que se aprove a Lei Orçamentária Anual”, avalia. “Ainda que haja um certo compromisso do governo nessa efetivação do acordo, esse processo acontece de forma muito lenta”. acredita. “É um governo que está sendo muito atacado pelo setor financeiro e se mostra vulnerável e fraco do ponto de vista político nessas disputas ante o mercado”, considera. “Essas questões certamente atravessarão os debates”.
Ricardo Medronho, professor emérito da UFRJ e um dos eleitos pela assembleia para compor a delegação, também concorda com Acosta sobre o assunto central do congresso. “Um tema que considero relevante e acredito que poderá ser a tônica do encontro é a carreira docente”, avalia.
“É um tema sobre o qual o Andes vem se debruçando, mas a proposta que eles lançam não é bem aceita pela maioria dos professores com quem eu tenho conversado”, avalia Medronho, que já foi diretor da AdUFRJ entre 2021 e 2023.
A proposta do Andes prevê uma carreira única, que deixe de separar o Magistério Superior do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Além disso, indica a possibilidade de progressão e promoção na carreira por tempo de serviço e sem avaliações recorrentes por pares. “O problema não é a carreira única, mas a possibilidade de um docente chegar ao nível de titular sem doutorado, por exemplo. A maioria dos professores da UFRJ não concorda com isso”, afirma. “A gente quer que os docentes sejam avaliados para que a universidade siga como produtora de conhecimento, referência nas pesquisas. Se essa produção mínima não for cobrada dos docentes, não teremos mais pesquisa, nem produção do conhecimento”.
Presidenta da AdUFRJ e delegada indicada pela diretoria ao Congresso, a professora Mayra Goulart também destaca a conjuntura política como ponto sensível dos debates. “Esse congresso acontece num momento de recrudescimento e regozijo da extrema direita global, que é muito forte também no Brasil”, aponta. Ela faz um alerta.“Infelizmente, ainda há certo solipsismo no debate, que ignora esse contexto e só enxerga a categoria e o governo como atores que estão em oposição”, conclui.

VEJA QUAL É A DELEGAÇÃO ELEITA AO 43º CONGRESSO

A delegação da AdUFRJ ao 43º Congresso foi votada em assembleia geral presencial, no dia 16 de dezembro. Foram eleitos 12 delegados e 11 observadores. Presidenta da AdUFRJ, a professora Mayra Goulart é a delegada indicada da diretoria e por isso não foi votada na assembleia. Veja quem são os delegados e os observadores.

Delegados
1. Mayra Goulart (diretoria)
2. Nedir do Espirito Santo
3. Antonio Mateo Solé Cava
4. Verônica Miranda
Damasceno
5. Rodrigo Nunes da Fonseca
6. Marcio Marques Silva
7. Carlos Augusto
Domingues Zarro
8. Cláudia Rocha Mourthé
9. Eleonora Ziller
Camenietzki
10. Jorge Ricardo Santos Gonçalves
11. Renata Baptista Flores
12. Fernanda Maria
da Costa Vieira
13.Alessandra Nicodemos

Observadores
1. Claudia Figueiredo
2. Bruno Reys
3. Tatiana Oliveira Ribeiro
4. Maria Fernanda Elbert
Guimarães
5. Ricardo Medronho
6. Maria Tereza Leopardi
7. Maria Auxiliadora
Santa Cruz
8. Alice Coutinho da Trindade
9. Leonardo D’Angelo
10. Cláudio Ribeiro
11. Aline Caldeira

EVENTO VOLTA AO ESPÍRITO SANTO APÓS 40 ANOS

O 43º Congresso será realizado em Vitória. A anfitriã será a Adufes, a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo. As plenárias acontecerão no Campus Goiabeiras. O congresso volta à capital capixaba depois de 40 anos.
“É uma grande alegria ter conosco mais uma vez as delegações de todo o país para realizar o mais importante evento deliberativo da nossa categoria”, comemora a professora Ana Carolina Galvão, presidenta da Adufes. “Estamos colocando todo nosso empenho para fazer um grande Congresso”, garante.
A organização do evento começou ainda no primeiro semestre do ano passado e envolve as diretorias da Adufes e do Andes, além de dezenas de profissionais de diversas áreas. “É um evento grande.Tudo foi preparado com muita atenção, profissionalismo e carinho. Cada detalhe, desde os materiais gráficos e informativos, até as instalações e demais estruturas. Está tudo sendo cuidado para oferecer o melhor Congresso que podemos fazer”, afirma. “Estamos ansiosos e ainda temos muito trabalho nos próximos dias!”.

 

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