WhatsApp Image 2024 11 12 at 17.59.33Fotos: Renan FernandesPor falta de pagamento da UFRJ, a Light cortou a energia do Museu Nacional e de outros espaços da instituição nesta terça-feira, 12 de novembro. Preocupado com a situação, o reitor Roberto Medronho está convocando uma aula pública para amanhã (quarta) às 10h, no hall do Edifício Jorge Machado Moreira (antigo prédio da reitoria). O dirigente denuncia a truculência da Light.

O corte de energia já paralisou as obras de recuperação do Museu e ameaça a integridade do Manto Tupinambá, incorporado recentemente ao acervo da unidade. O adereço histórico depende de refrigeração para sua adequada preservação. “Para se ter uma ideia, o presidente Lula teve que tirar os sapatos humildemente para entrar na sala do Manto sem prejudicar a refrigeração. E agora, um bando de trogloditas entra e não respeita nada”, critica o reitor.WhatsApp Image 2024 11 12 at 17.57.32 1

Desde agosto, uma sentença judicial favorável à universidade impedia os cortes. Mas a Light recorreu e ganhou. A dívida com a companhia soma R$ 35 milhões, de março a outubro. "Não pagamos porque não temos recursos. Pedimos suplementação ao MEC, mas ele também está com dificuldades orçamentárias", informou o reitor.

Neste momento, uma equipe da empresa percorre a Cidade Universitária cortando a energia de mais prédios. Agora, às 17h56, estão no próprio edifício Jorge Machado Moreira. Antes, cortaram a luz da Associação de Moradores da Vila Residencial (o imóvel pertence à UFRJ) e do estacionamento do instituto Coppead.

ATUALIZAÇÃO, 19H20: A equipe da Light acaba de informar à reitoria que não serão realizados novos cortes de energia em prédios da universidade. Pelo menos por hoje. O prédio novo da administração central (no Parque Tecnológico), o Restaurante Universitário, o alojamento e a Prefeitura Universitária — que seriam os próximos alvos — serão preservados.

A decisão foi tomada após uma dura conversa entre os funcionários da empresa, o reitor Roberto Medronho e o procurador da universidade, Renato Viana, em frente ao portão do prédio da administração central. "Vocês estão descumprindo uma ordem judicial. A decisão autoriza o corte apenas em unidades que não tenham atividades essenciais. Esse prédio tem uma série de computadores com informações sensíveis. Vocês deveriam ter vindo antes para verificar as condições de cada prédio".

Segundo o responsável pela equipe dos cortes, o jurídico da Light vai estudar o questionamento do procurador.

 

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