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WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.56.26DOCENTES E TÉCNICOS celebram a posse na tradicional Escola de Música da UFRJ, na LapaObrigatórias na cerimônia presencial de novos professores e técnico-administrativos da UFRJ, as máscaras não esconderam a emoção de quem tomava posse na maior federal do país. O evento aconteceu no centenário Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música, no dia 30 de março. Vinte e três docentes e 51 técnicos assumiram formalmente seus cargos na universidade. Um reforço que será complementado ao longo do ano com a entrada dos aprovados nos concursos que ainda estão em andamento.
A diretoria da AdUFRJ, convidada pela Pró-reitoria de Pessoal, deu as boas-vindas aos novos colegas. O presidente, professor João Torres, lembrou a história de criação do sindicato, ainda como associação, durante a ditadura militar. Falou dos desafios atuais da democracia, Educação, Ciência e Tecnologia, e da importância da organização sindical. “A diretoria da AdUFRJ é composta por professores de diferentes unidades e áreas do saber que buscam melhorar o dia a dia acadêmico e defender a universidade pública com engajamento político, ação solidária, planejamento e ofertas de serviços que façam a diferença na vida de professores e professoras”.WhatsApp Image 2022 04 08 at 16.56.26 1JOÃO TORRES, presidente da AdUFRJ
O pró-reitor de Pessoal, professor Alexandre Brasil, disse esperar que os profissionais recém-chegados sejam defensores do bem público. “A universidade é o espaço do diálogo, reflexão, solidariedade, encontro e acolhimento”. Já a reitora, professora Denise Pires de Carvalho, citou a importância das instituições públicas no combate à covid-19. “Imaginem o enfrentamento da pandemia sem as universidades, sem o Sistema Único de Saúde? Que cada um de vocês nos ajude a construir uma UFRJ mais pujante, que nos ajudem a tecer o tecido social tão esgarçado do nosso país para sonharmos com um futuro melhor para o Brasil”.

Orgulho de ser UFRJ
Cria da UFRJ, a professora Tatiane Costa assume como adjunta na Escola de Comunicação, local que ela carinhosamente chama de casa. “Fiz graduação, mestrado e doutorado na ECO. Sempre quis ser jornalista de redação, mas me apaixonei pelo conhecimento acadêmico e pela sala de aula”, conta. “Este é o meu concurso dos sonhos. Eu acredito na universidade pública e a ECO é a minha casa. Aprendi muito naquele espaço, faz parte de quem sou”, diz.
A cerimônia de posse será guardada com carinho. “Eu estava vivendo um momento do qual eu vou me lembrar para sempre. Minha família e amigos estavam juntos comigo. Eles me deram muito suporte para que eu pudesse estudar, me preparar. É uma conquista coletiva, uma vitória para celebrarmos juntos”. As expectativas da jovem professora são as melhores possíveis. “Estou muito feliz por ter oportunidade de ajudar a construir a sociedade que a gente quer”.
O desejo de transformação do país também faz parte do dia a dia da professora Juliana Dias. “Toda minha paixão, minha energia, minha intenção estão voltadas para servir à sociedade e construir uma universidade cada vez mais inclusiva, cada vez mais vinculada com a sociedade”, afirma. “É preciso mostrar que a universidade faz diferença na vida das pessoas”.
A docente será adjunta do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, local onde fez mestrado, pós-doutorado e lecionou como professora substituta. “O Nutes foi o lugar que me acolheu, onde eu cresci como professora, pesquisadora, extensionista. Sonhei com esse momento, batalhei para isso. Estou muito feliz, animada e honrada”.
Primeira mulher da UFRJ a assumir a cadeira de Capoeira, na Educação Física, a professora Lívia Pasqua é só orgulho. “A capoeira é meu objeto de estudo ao longo de toda a minha vida, desde a iniciação científica. É uma paixão que não sei explicar. Uma prática sobre nossas matrizes africanas, nossa cultura, dos nossos corpos. É luta, dança, jogo, brincadeira, cura, forma de educar”, resume a especialista. “Construí meu currículo por 20 anos para assumir essa vaga. É um grande sonho trabalhar com a capoeira no ensino superior, com ensino, pesquisa e extensão”.
Apesar da euforia, a professora reconhece os desafios que terá pela frente. “Vivemos um período político conturbado, curto orçamento na Educação, questões de infraestrutura. Sei que terei muito trabalho, mas vou trabalhar com o que amo. Estou realizada”.
O professor Raphael Paixão viveu um momento particularmente emocionante. “Ter tomado posse no meu futuro ‘escritório’ deixou o momento ainda mais especial”, orgulha-se. Ele assume o posto de professor de trombone no Departamento de Instrumentos de Sopro e Percussão, da Escola de Música. “Era um sonho, um desejo muito grande de poder ensinar meu instrumento, embora eu tenha muito mais a aprender, já que quem ensina aprende duas vezes”.
Seu primeiro contato com a música foi ainda na infância, numa escola em Mairiporã, no interior de São Paulo. A paixão pelo trombone o levou a estudar em uma escola de música especializada e despertou no então adolescente a vontade de lecionar. “Conheci o professor Valdir Ferreira, que me inspirou a trabalhar com educação”, conta. O destaque na música o levou com bolsa a aprimorar seus conhecimentos na Holanda. Ao retornar ao Brasil, tornou-se músico da Orquestra Sinfônica Brasileira. “E agora professor universitário. Acho que vai ser uma experiência muito rica”, comemora.
Servidores e familiares tiveram uma amostra da riqueza cultural da UFRJ na cerimônia. A composição original do Hino Nacional Brasileiro, de Francisco Manoel da Silva, foi interpretada pelo pianista Cristiano Vogas. As partituras originais ficaram expostas ao público durante e logo após a cerimônia, encerrada com a apresentação do Grupo de Chorinho da Escola de Música.

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