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18A unitário1Aos professores e professoras da UFRJ
O dia 18 de agosto será um dia nacional de protestos e paralisações, com a convocação de uma greve geral do serviço público contra a aprovação da reforma administrativa contida na Proposta de Emenda Constitucional 32, em defesa do serviço público e da democracia. A proposta, para tramitar no Congresso Nacional, teve sua admissibilidade aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas, para que vá ao plenário, precisa ainda ser apreciada por uma comissão especial. Assinada por Paulo Guedes, a proposta possui a marca desse governo: não resolve nenhum problema, desfigura a função dos serviços prestados pelo Estado, aprofunda privilégios pois mantém fora de sua alçada o Judiciário, o Legislativo e os militares. Embora sua tramitação esteja encontrando resistência e sua aprovação seja muito difícil no atual cenário, não podemos subestimar o risco que corremos. Além disso, o que temos assistido nos últimos meses é a implementação de uma política de destruição nacional, com o estrangulamento orçamentário, intervenções autoritárias e aparelhamento ideológico, numa verdadeira avalanche que avança sobre as instituições públicas, e, em particular, contra a Ciência e a Cultura. Assistimos atônitos ao apagão do CNPq, ao incêndio da Cinemateca Brasileira, e o mais recente, à inclusão do Palácio Capanema, antiga sede do MEC, na lista de imóveis a serem leiloados.  
Para completar o quadro, crescem as ameaças ao Estado de direito democrático. Não tenhamos dúvida: a situação é da maior gravidade e as condições de trabalho remoto nas quais nos encontramos agravam ainda mais a nossa situação. Em maio, começamos a ocupar as ruas, e aos poucos estamos consolidando uma ampla frente de oposição ao governo, reunindo todas as centrais sindicais, vários partidos políticos, movimentos sociais, estudantis e os mais diversos coletivos. Ainda assim, muitos de nós estão WhatsApp Image 2021 08 14 at 08.34.49cansados ou pouco esperançosos, outros reivindicam ações mais enérgicas e radicais. A hora é de extrema gravidade, precisamos com urgência acertar o compasso e entrarmos juntos nessa batalha. Nós convocamos a assembleia para o dia 18 para que ela seja um ato político capaz de dar voz e forma à nossa insatisfação, de repudiar de modo unânime e inequívoco a destruição de nossas instituições, e de afirmar o compromisso dos docentes da UFRJ na luta pela democracia, contra a reforma administrativa e em defesa da universidade pública, integrando assim o dia nacional de protestos e paralisações e de greve nacional do serviço público.

Diretoria da AdUFRJ

 

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