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WEBABRE1136A diretoria da AdUFRJ divulgou, no dia 7, um documento com as principais preocupações em relação ao trabalho dos professores durante o ensino remoto emergencial. Inclusão digital de todos os estudantes e cuidados com a saúde são algumas das reivindicações preliminares. O sindicato propõe ainda que seja pago um auxílio para os docentes. O objetivo é compensar as despesas extras com equipamentos necessários para as aulas remotas. A íntegra do texto pode ser conferida AQUI.
As demandas serão aperfeiçoadas após encontros virtuais com os professores de diferentes áreas. “Queremos ouvir todo mundo, encaminhar as reivindicações de forma mais concreta, mais próxima da realidade do dia a dia de cada um”, afirma a presidente da AdUFRJ, professora Eleonora Ziller. “Isso vai aparecer ao longo da discussão e da prática”.
Cinco salas de videoconferência serão realizadas, nos dias 13 e 14, sempre às 14h30. Quatro delas ocorrerão de forma simultânea, na primeira data: Ciências e tecnologias; Artes e outras práticas; Humanas e demais disciplinas teóricas; e Saúde e assistência. No site e no perfil do sindicato no Facebook, serão divulgados, a partir das 14h, os quatro links correspondentes às áreas para os professores ingressarem na plenária virtual. Os links também poderão ser solicitados pelo whatsapp da AdUFRJ: (21) (21) 99365-4514.
No segundo dia, será a vez dos professores de Macaé e Duque de Caxias.

ATUALIZAÇÃO EM 13/7: VEJA ABAIXO OS LINKS DAS SALAS

Trabalho Remoto Docente

Escolha sua sala conforme a sua área de ensino:

Sala Reunião de Macaé e Duque de Caxias
Link: https://us02web.zoom.us/j/81524781580

Sala 1 (Ciências e tecnologias)
Link: https://us02web.zoom.us/j/85028551618
Senha: 786242

Sala 2 (Artes e outras práticas)
Link: https://us02web.zoom.us/j/83918420536Senha: 612187

Sala 3 (Humanas e demais disciplinas teóricas)
Link: https://us02web.zoom.us/j/82844832418

Sala 4 (Saúde e assistência)
Link: https://us02web.zoom.us/j/85128754874


Uma reunião do Conselho de Representantes da AdUFRJ, no dia 16, com a participação do DCE e da Associação dos Pós-graduandos, consolida os resultados dos debates. “O documento é um pontapé inicial. Esperamos fazer o detalhamento ao final da discussão”, conclui Eleonora.

O DOCUMENTO
O texto da diretoria contextualiza o debate sobre ensino remoto na UFRJ em um estado onde professores precisam resistir para não retomar as aulas presenciais nas escolas. A AdUFRJ participa de um fórum de entidades da área da Educação do Rio e assinou o manifesto “Defender a vida na pandemia: por que não é hora de voltar”. Eleonora explica a opção de enfatizar esta aliança no documento: “Não estamos isolados. O que estamos dizendo na UFRJ não diz respeito só a nós. Tem ressonância em todo o estado, no país”, afirma.
A necessidade de pensar o conjunto da sociedade permeia todas as linhas do texto. O fornecimento de chips e equipamentos para os mais vulneráveis é considerado salutar, mas paliativo. O documento da diretoria cobra a universalização da internet, de forma gratuita e de qualidade para todos os estudantes. “Seria uma campanha que envolveria toda a educação, no Brasil todo”, afirma o diretor da AdUFRJ Felipe Rosa. O professor lembra que os recursos de um fundo público, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação (FUST), poderiam ser aproveitados para esta finalidade. Desde sua criação, em 2000, o FUST arrecadou R$ 21,8 bilhões, mas o governo gasta o dinheiro em outras despesas, como o pagamento da dívida pública.
A saúde, física e mental, preocupa neste momento. “Primeiro, por estarmos enclausurados. Depois, pelo esforço maior. As reuniões oficiais passaram a durar mais tempo. E surgiram mais atendimentos a alunos fora de qualquer hora marcada”, explica Felipe. Para efeito de comparação, o professor acredita que seu tempo atual dedicado ao trabalho já está semelhante ao que gastava presencialmente. Mas, com as aulas virtuais, a situação tende a piorar.
A gravação das aulas para os alunos que não puderem acompanhar as atividades em tempo real promete ser a grande polêmica. “Se a gente conseguisse, no ambiente remoto, simular uma situação de sala, só nós e os alunos, seria uma coisa”, observa Eleonora. “Mas a possibilidade de a gravação sair do controle estrito de quem vai participar dessa aula é algo novo”. A diretoria estuda a situação com apoio da assessoria jurídica.
Também diretora do sindicato, a professora Christine Ruta  acrescenta que, durante o Festival do Conhecimento da UFRJ, vai mediar um debate com o tema “Aulas remotas em tempos de fakes e as inseguranças jurídicas para a prática docente”, no dia 23, entre 17h e 19h. “Estamos buscando mais informações sobre o direito de imagem”, informa Christine. A docente relata uma recente invasão virtual a uma atividade de cineclube promovida pela AdUFRJ — o episódio foi noticiado na edição anterior do jornal — como exemplo dos cuidados que devem ser tomados nestes ambientes.

SEM PREJUÍZOS
Como o período remoto não é obrigatório, existem os professores que não vão dar aulas. A excepcionalidade justifica, para a diretoria, a flexibilização dos critérios de avaliação para progressão na carreira. “Como é opcional, as pessoas que não conseguirem dar aula não podem ser prejudicadas”, diz Eleonora.
Por outro lado, aquelas que conseguirem trabalhar nestas condições merecem receber o devido apoio técnico da universidade e ter o esforço reconhecido.  “Há quem esteja comprando mesa digitalizadora, fazendo curso de edição de vídeo, querendo fazer as melhores aulas possíveis”, informa Eleonora.  A presidente da AdUFRJ entende que o Andes pode encampar uma reivindicação nacional por verba indenizatória dos governos federal e estaduais. Uma ação judicial neste sentido também não está descartada. “Não é possível que a gente vá pagar para trabalhar”, critica.
“De fato, o trabalho remoto exige uma infraestrutura em casa que não estava prevista no contrato de trabalho”, reforça Christine Ruta. A professora enfatiza que não é óbvio que os docentes tenham um ambiente de trabalho em casa que inclua, por exemplo, acesso à internet banda larga e uma estrutura computacional adequada. Ela compara ainda a situação com empresas que, durante a pandemia, estão reembolsando gastos de funcionários que trabalham em casa.
“Algo que une todos os cursos são os formandos. São centenas de jovens que estão com as perspectivas de suas carreiras em suspenso e isso na realidade afeta todo o núcleo familiar”, observa Christine. Ela convida todos os professores a participarem das reuniões dos dias 13 e 14. Para ajudar a aperfeiçoar o documento do sindicato e para estimular a troca de ideias e experiências entre docentes de diferentes cursos ou unidades.

 

 

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