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20250813 110945 1Reunião entre AdUFRJ e PR-4 no dia 13 discutiu afastamentos - Foto: Kelvin MeloVitória para os professores. Após analisar solicitação apresentada pela AdUFRJ, a pró-reitoria de Pessoal (PR-4) decidiu simplificar o processo dos afastamentos de até cinco dias no país em que não haja necessidade de registro de diárias e passagens. A mudança será implantada em breve no Sistema Eletrônico de Informações (SEI).
Com a alteração, o diretor da unidade poderá delegar a autorização do chamado “afastamento de curtíssima duração” à chefia imediata do servidor. Após a aprovação do chefe, o processo será encaminhado para ciência da seção da pessoal e fim da história. Não haverá mais necessidade de portaria publicada no Boletim da UFRJ para estes casos.
Já para os afastamentos entre seis e 30 dias continuará sendo obrigatória a aprovação do diretor, que encaminhará o processo para a seção de pessoal para providências: entre elas, a publicação de portaria.
“É um avanço. A indiferenciação de todo afastamento no intervalo de 30 dias acabava sobrecarregando a direção e o professor em casos de bancas ou congressos rápidos ou pesquisas de campo com dinâmicas mais curtas”, afirma a presidenta da AdUFRJ, professora Mayra Goulart.
A pró-reitoria de Pessoal também comemora a simplificação. “Desonera o professor desse tipo de atividade para que ele possa se dedicar às atividades fins: de ensino, pesquisa e extensão”, disse a pró-reitora Neuza Luzia. A PR-4 informou que os diretores vão receber um ofício circular da administração central comunicando sobre a mudança de procedimento.

EXCESSO BUROCRÁTICO
O professor Alexandre Werneck, chefe do Departamento de Sociologia, acompanhou Mayra na reunião que abordou o problema junto à pró-reitoria de Pessoal. “Acabo de assumir o Departamento e, ao ter que gerir vários pedidos de afastamento, ficou claro para mim que esse processo poderia ser simplificado”, relatou, no encontro realizado dia 13, na sede da PR-4.
“Se o professor da UFRJ participa de uma banca na UFF ou faz pesquisa de campo em Duque de Caxias, que são outras cidades, está em afastamento de sede. Portanto, por conta de uma tarde, precisa fazer todo esse trâmite”, observou Alexandre. “Se vai a um evento científico por três dias, também. E isso ocorre muitas vezes, pois corresponde à maior parte dos nossos afastamentos”.
O docente do IFCS acredita que, com a burocracia, há o risco de colegas não formalizarem os processos de afastamento. “É possível que isso incentive o não pedido de afastamento para casos muito simples, porque dá trabalho de mais”, afirmou.
Além de poupar tempo, o novo procedimento deverá prevenir eventuais riscos que os professores correm ao não solicitar os afastamentos de forma oficial. Afinal, era a portaria o instrumento que garantia os direitos trabalhistas no caso de algum incidente durante o afastamento, mesmo de curtíssima duração. Agora, informa a PR-4, a publicidade do ato estará oficialmente garantida pela consulta no SEI.
Após a reunião, informado pela reportagem da mudança, o professor celebrou a notícia. “Se for de fato confirmada, a medida representará ao mesmo tempo uma declaração de confiança da UFRJ em seus servidores e um incentivo à autoproteção, já que essa simplificação dos procedimentos promete criar uma cultura de efetivação de pedidos de afastamento mesmo nos casos mais simples”, disse.
A atual mudança representa uma segunda etapa da simplificação aplicada pela pró-reitoria de Pessoal nos processos de afastamentos. Em maio — conforme noticiado pelo Jornal da AdUFRJ —, já houve uma atualização.
Os 13 tipos processuais existentes até então haviam sido resumidos a apenas três: afastamento no país; afastamento para o exterior; e afastamento para o exterior Capes/Print – quando a viagem acontece dentro do Programa de Internacionalização da Capes.
Outra novidade foi a ampliação do prazo do afastamento no país de curta duração, que passou de 15 para 30 dias. Para esses casos, a tramitação é mais simples. “É o RH da unidade que faz a publicação do afastamento, apenas com a autorização da direção, sem que o processo seja encaminhado para a PR-4”, explicou Katia Cardoso, chefe da Seção de Amparo Legal da pró-reitoria de Pessoal.
As chamadas ‘bases de conhecimento’, que são as razões do afastamento, também haviam sido reduzidas e agrupadas. Deixaram de ser 12 bases para apenas duas. Uma para afastamento no país e outra para afastamento para o exterior.

WhatsApp Image 2025 08 19 at 19.03.19 3Foto: Fernando Souza“Os valores da democracia e da soberania são inegociáveis”. resumiu Aloizio Mercadante, presidente do BNDES que ministrou a aula magna do segundo semestre da UFRJ. O evento reuniu professores, estudantes e técnicos no auditório do Centro de Tecnologia, na manhã desta terça-feira (19).
Mercadante, que já foi ministro da Educação, iniciou sua fala com um recado para a extrema-direita que ataca as instituições brasileiras desde as eleições de 2022: “O início da minha conscientização política se deu num ambiente de terror provocado pela ditadura”, lembrou. “O debate da democracia, para a minha geração, é muito concreto. Fala de exílio, de tortura, assassinato, censura. Não vamos abrir mão dos valores da democracia e da soberania. São valores muito profundos para nós”, afirmou.
Ações voltadas à inovação e desenvolvimento de fármacos também foram citadas pelo presidente do BNDES. “Estamos fazendo uma parceria com a Finep para a área de vacinas e antibióticos. Os Estados Unidos acabam de abandonar 30 linhas de pesquisa para vacinas e já estamos no limiar de esgotamento dos antibióticos”, justificou. “Precisamos nos preparar. Novas doenças vão surgir e bactérias para as quais não haverá antibióticos. São remédios pouco lucrativos. Os laboratórios não os desenvolverão sem o incentivo do Estado”, avaliou.
Outro destaque em sua fala foi o anúncio da inauguração do veículo elétrico voador desenvolvido pela Embraer com financiamento do BNDES. “Queremos lançar em outubro do ano que vem, no aniversário de 120 anos do voo de Santos Dumont no 14-BIS (em 26 de outubro)”, contou. O banco investiu R$ 400 milhões no projeto.

CANECÃO
O reitor, professor Roberto Medronho, citou as parcerias recentes do banco nas ações e projetos da UFRJ. “O apoio das equipes técnicas do BNDES no processo de alienação do Edifício Ventura tem sido fundamental. Assim como o modelo utilizado para o Canecão”, disse. “Assim que começar a construção do novo espaço de shows, serão construídos também o bandejão da Praia Vermelha e o prédio com 80 salas de aula”, citou o reitor. “Isso vai resolver um enorme problema de espaço para aulas no Palácio Universitário”, avaliou o reitor. “Não posso deixar de citar a importância do BNDES na captação de recursos para a reconstrução do Museu Nacional”.
PROTESTO
Na abertura da aula, o DCE denunciou o atraso nos pagamentos dos salários de funcionárias da limpeza. A reitoria informou que os repasses da UFRJ estão em dia e que a empresa terceirizada JP será chamada a prestar explicações. O contrato poderá ser revisto.

WhatsApp Image 2025 08 12 at 18.55.20 2Foto: ARTUR MOÊS (CCS/UFRJ)Na área de Ciências de Alimentos e Nutrição, o livro vencedor do Jabuti Acadêmico foi “Nutrição Inclusiva: Diversidade e Inclusão em Alimentação e Nutrição”, de Aline Alves Ferreira, Thaís Lima Dias Borges e Ursula Viana Bagni. Aline é docente do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da UFRJ, desde 2013. A obra trata de nutrição para grupos sociais minoritários ou marginalizados, como pessoas com deficiência, povos originários, população em situação de rua e encarcerada.

Jornal da AdUFRJ – Qual seu sentimento em ter sido premiada?
Aline Alves Ferreira –
O sentimento é muito gratificante. É um reconhecimento para além da questão acadêmica. São três professoras envolvidas na organização, que é fruto de uma inquietação social. A indicação já foi uma surpresa, mas a premiação realmente foi uma surpresa ainda maior.

O que acha que foi o diferencial do trabalho?
A gente tinha noção de que o nosso material era muito novo dentro da área, muito urgente, mas ainda pouco abordado. Trabalhamos com subgrupos que nunca são falados. Estamos falando de pessoas com deficiência, em situação de rua, de comunidades tradicionais, população encarcerada. São muitas provocações e reflexões sobre nutrição sobre esses grupos.

Como surgiu a ideia do livro?
Na pandemia, a gente percebeu que havia muito material fragmentado. Tivemos necessidade de organizar todos esses dados. Recebemos alguns nãos, mas encontramos parceiros que toparam levar a ideia adiante.

A que atribui esses nãos?

Acho que tem muito a ver com o fato de a abordagem ser nova e algumas editoras comerciais acabam tendo medo de apostar na ideia. Felizmente encontramos quem topou divulgar. Essa roda-viva Capes nos permite conversar muito com nossos pares, mas não com o grande público. Queríamos dialogar com estudantes de graduação, de pós e com a sociedade.

Qual a importância do livro num contexto político em que há uma extrema direita ainda muito forte e que rechaça essas ideias?
O Brasil é um país dos mais desiguais do mundo e encabeça esse ranking, infelizmente. Injustiças sociais são historicamente repetidas e invisibilizadas e governos de extrema direita tornam essas pautas ainda mais invisíveis. Precisamos de políticas públicas para esses grupos. A publicação desse livro deveria ter sido realizada em 2023, mas vem em momento oportuno porque levanta o debate da alimentação, da nutrição, mas também da área da saúde como um todo em relação a esses subgrupos. Nosso cenário político hoje é muito mais promissor com a diminuição da fome, por exemplo, e isso só foi possível com política pública. Algo que foi totalmente negligenciado no governo passado.

0c8ad1a3 6213 4fa0 88f1 41e4433eeaa6Foto: Renan FernandesA UFRJ tem um estande aberto ao público em todos os dias do evento que começou hoje, no Pier Mauá, de 10h às 21h. Organizado em parceria da pró-reitoria de Extensão com o núcleo Inova UFRJ, o espaço traz a produção científica e cultural inovadora da comunidade acadêmica, mostrando todo o seu impacto social. Estão programadas exposições interativas e rodadas de apresentações. Haverá, ainda, sorteios de moedas comemorativas dos 200 anos do Museu Nacional e de sementes e mudas do Horto da Prefeitura Universitária.

Editora UFRJ seleciona originais para o catálogo

A Editora UFRJ está com dois editais abertos para composição do catálogo de 2026/2027. O primeiro vai selecionar originais para a Coleção Outros Passos: livros de pequeno formato que abordam questões de amplo interesse público em textos acessíveis, com ênfase nas áreas de Artes e Humanidades. Inscrição: de 8 de setembro a 10 de outubro de 2025.
O segundo edital seleciona originais de todas as áreas do conhecimento, com prazo de inscrição de 5 de janeiro a 13 de março de 2026.
As inscrições serão recebidas pelo correio eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações em: www.editora.ufrj.br.

SGAADA comemora dois anos

Criada em 2023, a Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (SGAADA) vai comemorar seus dois anos de atuação no dia 18 de agosto, às 14h, no auditório Hélio Fraga do Centro de Ciências da Saúde. A SGAADA tem a missão de coordenar e fortalecer as políticas institucionais de inclusão, promoção da igualdade, combate ao capacitismo, à LGBTfobia e ao racismo no ambiente acadêmico.

WhatsApp Image 2025 08 12 at 18.55.20 3Foto: Renan FernandesRenan Fernandes

Muito além da diversão, os jogos de tabuleiro ganharam espaço nas escolas e universidades como poderosas ferramentas de aprendizagem. A primeira edição do Clube de Jogos Coppe, que aconteceu na quarta-feira passada (6), apresentou 14 jogos desenvolvidos na UFRJ que misturam o lúdico com o ato de aprender e ensinar. O evento foi organizado pela Diretoria de Tecnologia e Inovação da Coppe em parceria com o InovaCOPPE-EQ e com os laboratórios Casulo e Ludes.
A primeira semana de aulas da graduação não foi escolhida por acaso. O objetivo foi atrair os alunos para conhecer os jogos desenvolvidos nos laboratórios. “A ideia é mostrar nosso trabalho para esses estudantes que estão chegando na faculdade. Mostrar que esse trabalho com desenvolvimento de jogos é uma possibilidade” afirmou Mateus Espanha, doutorando do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação e um dos idealizadores do Clube de Jogos.
O envolvimento de Mateus com os jogos de tabuleiro surgiu na graduação. Depois de trocar o curso de Engenharia de Controle e Automação pelo de Engenharia de Produção, o estudante sonhava em criar algo com um impacto social. “Sempre achei que os jogos têm um potencial enorme de impacto na educação. Vi que essa era a minha oportunidade”
Mateus apresentou no evento o jogo que desenvolveu durante o mestrado. “Jornada da pesquisa” tem como base o caminho que um estudante percorre na pós-graduação. “Os caminhos que a UFRJ abre para a gente como alunos são incontáveis. Se o estudante já conhece essas oportunidades, ele pode correr atrás com intencionalidade”, pontuou.
O desenvolvimento do jogo passou por aperfeiçoamentos para ser aplicado em sala de aula. “Cada aluno recebe um tabuleiro em papel onde pode rabiscar suas jogadas, enquanto um tabuleiro central pode ser projetado em uma tela para turma”, explicou o doutorando.
Os amigos Carolina Iglesia e Guilherme Pereira, estudantes do segundo período de Engenharia Naval e Engenharia de Produção, respectivamente, ficaram impressionados com a diversidade de jogos. “Não tinha ideia de que esses jogos eram desenvolvidos aqui. Tem muitos jogos legais”, disse Carolina na saída. Guilherme, que é fã de jogos de tabuleiro, não conseguiu escolher um preferido. “Compraria todos os jogos que estão aqui”, revelou.

CASULO
A professora Amanda Xavier aplicou o jogo de Mateus em uma de suas aulas de mestrado e foi um sucesso. A docente é coordenadora do Casulo, o Centro Avançado em Sustentabilidade, Ecossistemas Locais e Governança. O laboratório desenvolve jogos como uma metodologia ativa de aprendizagem e ensino. “É uma metodologia de inserção na sociedade. A partir dos jogos, a gente pode fazer uma inclusão tecnológica”, explicou Amanda.
A vertente da sustentabilidade está presente em todos os projetos desenvolvidos no laboratório. “No Casulo, a sustentabilidade é um objetivo constante, não é uma temática”, destacou ela, como um lema do laboratório.
A professora explicou que as especificidades de cada contexto são analisadas antes do desenvolvimento das ações. “Não só uma sustentabilidade ambiental, mas territorial. Para aquele território específico, naquele contexto o que é ser sustentável? Saneamento básico? Então, vamos fazer algo voltado para isso”.
Amanda defende a ideia de que novos métodos de ensino são necessários para melhorar a capacidade de diálogo com as novas gerações. “Não dá mais para achar que os métodos tradicionais vão funcionar porque não vão”. Para a professora, são necessárias novas ferramentas e métodos específicos para refletir a dinâmica da vida atual. “O mundo está diferente, temos que nos adaptar à intensidade que vivemos hoje. Nem a gente na universidade aguenta mais uma palestra em que a pessoa só fica falando, falando e falando”.
É nesse contexto que os jogos aparecem no Casulo. Como um processo de aprendizagem lúdico, dinâmico e flexível. “Sempre pensamos em fazer jogos adaptáveis a situações e objetivos distintos. Não fazemos jogos com uma única mecânica, pensamos sempre em desenvolver formas e códigos diferentes”, afirmou a docente.
O jogo que Thamyres Abreu está desenvolvendo em sua dissertação de mestrado é um exemplo. “É um jogo todo modular de reconstrução de territórios em que o jogador é quem monta o tabuleiro. Jogando com pessoas diferentes, você vai ter equipes e territórios diferentes”, comentou a professora Amanda, orientadora da mestranda.
Thamyres é coordenadora do EDS Maker (Educação para o Desenvolvimento Sustentável), braço da Extensão do Casulo que foca em acessibilidade e inclusão. Em parceria com o projeto Panda, do Instituto de Psicologia, o grupo trabalha no desenvolvimento de jogos cognitivos para crianças com dificuldades de aprendizagem. “Acredito muito no potencial transformador que os jogos têm na vida das crianças”, revelou a estudante.
O EDS Maker trabalha com impressoras 3D e auxilia escolas públicas que possuem o equipamento. Desde 2022, a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro criou “Espaços Maker” em escolas, mas não ofereceu treinamentos para os professores manusearem a máquina. “As impressoras estão lá paradas. Nosso projeto entra nas escolas para oferecer o treinamento e jogos em código aberto que podem ser usados na aprendizagem”, explicou Thamyres.

LUDES
O Ludes (Laboratório de Ludologia, Engenharia e Simulação), coordenado pelo professor Geraldo Xexéo, também trabalha com jogos voltados à educação e divulgação científica. O professor já desenvolveu jogos em parcerias com docentes e pesquisadores de outras áreas. “Já desenvolvemos colaborações com a Cardiologia, a Farmacologia e a Biologia da Fiocruz”, disse o docente.
O Screener é um dos exemplos de maior sucesso do laboratório. Em parceria com o professor François Noël, do ICB, o Ludes fez um jogo sobre a descoberta e o desenvolvimento de fármacos e medicamentos. “Várias universidades e programas de pós-graduação estão usando o Screener. Com o jogo fica mais divertido e facilita o aprendizado “, comentou Xexéo, que foi ao Clube de Jogos mostrar o jogo ao público.
Segundo o professor, existe um perfil de educadores que procuram o curso básico de conceituação de jogos. “Para escolas, é importante o jogo não ser digital. É mais barato e menos desigual. E precisa caber no espaço de duas aulas para o professor ainda conseguir promover alguma discussão educacional depois da dinâmica”.

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