Accessibility Tools

facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

Depois de três anos de trabalho, chega ao fim a primeira fase da restauração da Capela São Pedro de Alcântara, no Palácio Universitário da Praia Vermelha. Construída em 1852 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Capela havia sido destruída por um incêndio em 2011.

Foram necessários 50 operários para concluir a obra, que engloba a restauração de telhados e fachadas do Palácio. “Conseguimos recuperar os vidros da claraboia da entrada, as colunas e a pintura artística do forro. Estamos nos arremates”, explicou o arquiteto Paulo Bellinha, coordenador de Preservação de Imóveis Tombados do Escritório Técnico da Universidade (ETU/UFRJ).

A obra trouxe soluções para problemas que incomodavam professores e alunos. “O projeto previa claraboias para facilitar o acesso ao telhado, manter a iluminação no forro e espantar morcegos que eram sempre motivo de reclamação”, acrescentou Bellinha.

A expectativa para 2019 é concluir a restauração da ala central do palácio. “Prevemos nova licitação para 2019 e aguardamos orçamento. Dependemos exclusivamente de dotação orçamentária da UFRJ”, comentou o arquiteto. O interior da capela ainda está destruído, sem previsão de liberação para visitas.

Quando pegou fogo, a capela passava por um processo de restauração. A tragédia começou durante um teste de solda realizado pelos operários enquanto a fiscalização estava na hora do almoço. “Eu era o fiscal da obra na época. Foi superduro. Fui chamado no almoço, vim correndo e quando cheguei estava pegando fogo. Não tinha o que fazer, era observar. Ficou uma semana pegando fogo e todo dia a gente vinha aqui com os bombeiros”, completou Bellinha.

Cenário de filmes e novelas, a capela era utilizada para celebrar casamentos. “As agendas ficavam cheias, tinha fila de espera de 2 a 3 anos. Foi uma perda enorme, sem contar os recursos que ajudavam na manutenção”, contou Valternei Lima, gerente administrativo do Fórum de Ciência e Cultura (FCC/UFRJ), órgão responsável pelo patrimônio.

 “Muita coisa se perdeu. Após o incêndio, foi contratada emergencialmente uma empresa que recuperou muita coisa”, acrescentou. Entre elas, uma sobrevivente: a imagem de Nossa Senhora da Conceição, em restauro na Escola de Belas Artes, sobreviveu também ao incêndio da Reitoria em 2016.

Está previsto para janeiro o início do controle de acesso ao estacionamento do Centro de Tecnologia (CT). O valor será R$ 4 por entrada com 20 minutos de tolerância. Mensalistas terão desconto, e pagarão R$ 80 antecipadamente. As condições foram determinadas em licitação e a empresa vitoriosa foi a Viamil Eireli ME.

A empresa tem trinta dias para instalar placas, cancelas, câmeras, sinalização de vagas e afins. A cobrança, de acordo com o superintendente do CT, Nelson Santos, só começa depois de concluídas as adequações previstas no contrato. A empresa tercerizada deverá controlar as entradas e saídas do estacionamento com sistema de monitoramento e gravação 24 horas por dia, usando câmeras de vídeo coloridas. Segundo o superintendente do CT, essa era uma demanda antiga da comunidade para a redução dos furtos, assaltos e sequestros-relâmpago nos estacionamentos do Centro de Tecnologia.

O superintendente destaca que a principal vantagem na mensalidade está no acesso ilimitado à vaga. “No sistema rotativo, o motorista paga cada vez que entra no estacionamento. O mensalista tem acesso liberado quantas vezes quiser”, explica. Cada mensalista terá direito a cadastrar dois veículos — mas não pode usar os dois carros simultaneamente com o desconto mensal. Decanos e diretores de centro terão vagas gratuitas.

Para o superintendente do CT, a comunidade não será surpreendida com a cobrança, pois tudo já vinha sendo discutido há mais de um ano. “Houve todo um cuidado na divulgação das informações. Não acredito que tenhamos surpresas”, justifica. “A proposta passou antes por todas as instâncias colegiadas”.

Possibilitar o estudo de técnicas para extrair mais óleo do pré-sal. Este é um dos objetivos do Laboratório de Recuperação Avançada de Petróleo (LRAP), inaugurado pela Coppe no dia 29. As modernas instalações possuem equipamentos capazes de reproduzir as mesmas condições de pressão e temperatura dos reservatórios localizados em grandes profundidades. Maquinário similar só existe na Universidade Heriot-Watt, da Escócia, parceira na implantação. “O problema é extremamente complicado. Precisamos entender como o óleo se move nas rochas”, explicou o diretor da Coppe, Edson Watanabe. As rochas que compõem o reservatório da costa brasileira são únicas no mundo, e o fator de recuperação de óleo no país é de 21%. Na Noruega, por exemplo, há casos em que o fator de recuperação chega a 70%.

A iniciativa comprova a máxima da comunidade acadêmica de que os recursos aplicados em ciência não são gastos, mas investimentos. Segundo o professor Paulo Couto, coordenador do laboratório, um aumento de apenas um ponto percentual na taxa de recuperação das rochas brasileiras poderá representar US$ 11 bilhões em royalties, gerando um incremento das reservas brasileiras de 22 bilhões de barris. O projeto é resultado do compromisso de investimentos com pesquisa e desenvolvimento (P&D), que é gerenciado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com 230 m², a estrutura passa a fazer parte do Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica de Fluidos (Nidf) da Coppe.

A parceria entre universidade, operador e fornecedor resultou em um investimento no laboratório de R$ 117 milhões, sendo R$ 107 milhões oriundos da Shell Brasil, e R$ 10 milhões da Petrobras. Apesar de grande parte do investimento vir do setor privado, “o laboratório pertence à UFRJ”, afirmou André Araújo, presidente da Shell Brasil e ex-aluno da instituição.

O projeto começou em 2013 com a BG Brasil, que acabou sendo adquirida pela Shell três anos depois. Mesmo assim, a empresa anglo-holandesa decidiu continuar apoiando a construção do laboratório. Diretor de Tecnologia e Inovação, o professor Fernando Rochinha comemorou o novo laboratório: “Ele integra ciência básica com aplicação. É um laboratório que consegue nos colocar na fronteira do conhecimento e na fronteira da tecnologia”, disse.

A cerimônia de inauguração também contou com a presença do diretor da ANP, Felipe Kury; do Gerente Executivo do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Orlando Ribeiro; e do Pró-reitor de Planejamento, Roberto Gambine

Os coordenadores de projeto do Programa Institucional de Internacionalização foram surpreendidos por uma solicitação da Capes, no último dia 5: preencher um longo e detalhado formulário eletrônico até as 14h do dia seguinte. “São muitos dados sobre o projeto”, afirmou preocupada Silvana Allodi, professora do Instituto de Biofísica. Pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa, Leila Rodrigues criticou o processo junto à agência de fomento. “Concomitante ao registro de nossa insatisfação, tentamos cumprir os prazos, por mais absurdos que sejam”, disse. “Isso tem sobrecarregado não só os coordenadores, mas também a equipe técnica da pró-reitoria”, completou. A UFRJ terá R$ 56 milhões pelos próximos quatro anos, via Print. A Capes não respondeu aos questionamentos da reportagem.

A Adufrj realiza assembleia na quarta-feira, 5 de dezembro, para escolher a delegação ao 38º Congresso do Andes. Marcado para Belém (PA), de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, o congresso é o fórum deliberativo máximo do Andes. Será a sexta assembleia – três de docentes e duas comunitárias – em menos de dois meses. O Congresso do Andes reúne professores de todo o país e definirá o cronograma de atividades e prioridades do movimento docente para 2019.

A Adufrj também vai organizar um seminário para os delegados analisarem, com antecedência, as teses e temas do encontro de Belém. A iniciativa repete a preparação feita para o Congresso de 2018 que ocorreu em Salvador, na Bahia. Para o vice-presidente da Adufrj, Eduardo Raupp, o momento político do país exige unidade. “Nós fomos eleitos com uma postura crítica à direção nacional do Andes, mas consideramos que há também uma série de objetivos comuns na defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Essa pauta, hoje, é o que há de mais importante. Uma pauta de resistência, de preservação da universidade”, disse.

Ele destaca a importância de todos os docentes participarem das assembleias no atual de contexto de incerteza e ameaças em torno da universidade pública. “Quanto mais gente, mais representativa e plural fica a atuação da Adufrj”, diz. Segundo Raupp, há uma “expectativa da diretoria da Adufrj” de eleger uma delegação ampla, como a do Congresso anterior, que representou todas as forças presentes na UFRJ. No próximo final de semana, a diretoria da Adufrj participa em Brasília de encontro do Andes com dirigentes de sindicatos de docentes das universidades federais.

PARTICIPE DA ASSEMBLEIA Quarta-feira, 5 de dezembro. Hora – das 14h às 16h. Local – na sala 220 do Bloco D do Centro de Tecnologia, no Fundão. O encontro não será multicampi e não haverá transmissão via internet.

Conselho de Representantes será no dia 3

No dia 3 de dezembro, a Adufrj reúne o Conselho de Representantes das 10h às 13h, no Salão Nobre da Decania do Centro de Tecnologia (Bloco A, 2º andar). A reunião vai tratar de assuntos voltados ao corpo docente da UFRJ. Estão na pauta: construção da sede própria da Adufrj na atual conjuntura; campanha de sindicalização; e campanha de valorização da universidade. A exemplo da primeira reunião do CR da atual gestão da Adufrj, este próximo encontro também será encerrado com uma confraternização.

A diretoria convoca todos os professores representantes de unidades a participarem da reunião. “A participação no Conselho é fundamental para disseminar as informações da Adufrj, mas, principalmente, para que cheguem até nós as demandas dos professores. É uma ferramenta muito importante para a política na nossa universidade”, afirma o diretor Felipe Rosa.

No dia 4, Sintufrj e Adufrj realizam um debate sobre “Democracia e os 30 anos da Constituição de 1988”. O evento marca o Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação, acordado entre representantes dos professores das instituições federais, no Andes. A ideia é que toda a universidade participe da atividade; todos os segmentos e também as instâncias administrativas. O horário e local serão divulgados nos próximos dias.

CONGRESSO DO ANDES DEBATE DEMOCRACIA E TETO DE GASTOS

A cada ano, o Congresso do Andes apresenta um tema central de debates, que direciona as ações dos professores de todo o Brasil ao longo do ano. Em 2019, o tema do Congresso, que acontece em Belém de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, resume a agenda do movimento docente: democracia, educação, ciência, tecnologia, trabalho, carreira, fim do teto de gastos. Para Tatiana Sampaio, diretora da Adufrj, a participação no Congresso é ainda mais importante diante das ameaças impostas pelo futuro governo de Jair Bolsonaro. “A articulação da Adufrj com o movimento docente nacional é fundamental neste momento. A universidade está muito ameaçada”, argumenta.

Para a diretora, os professores precisam, ainda, somar forças com sindicatos de outras áreas, movimentos sociais e com partidos polí- ticos do campo progressista. “Há uma série de temas que correm risco de sofrer retrocessos brutais, como a questão do meio ambiente, dos direitos humanos. Não basta, portanto, uma unidade somente na área da educação”, explica Tatiana Sampaio. “Mas, sem dúvidas, a universidade está no olho do furacão. Precisamos estar organizados”, destacou.

O Caderno de Textos do Congresso, documento que apresenta análises e propostas dos docentes de todo o país, foi divulgado no dia 20. E está disponível aos associados à Adufrj. Até o dia 10 de dezembro, os professores sindicalizados poderão enviar contribuições para compor o Anexo ao Caderno de Textos. O documento será publicado no dia 17 do mesmo mês. Os textos deverão ser enviados para o e-mailEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

O período de inscrição de delegados, observadores e suplentes vai até o dia 22 de janeiro. O 38º Congresso do Andes contará com espaço de convivência infantil para garantir a participação de professoras e professores que tenham filhos pequenos.

Topo