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WhatsApp Image 2025 11 25 at 11.22.20Uma delegação formada por professoras e técnicas da UFRJ participou em Brasília do 1º Encontro de Gestoras Negras das Universidades Federais Brasileiras. O evento foi realizado na segunda, dia 24, no âmbito da Andifes, e reuniu mulheres que ocupam cargos decisórios nas instituições federais de ensino superior. O encontro discutiu desafios e estratégias para consolidar políticas de combate ao racismo nas universidades, além de ser um espaço de trocas de experiências e saberes.

A professora Katya Gualter, Ouvidora-geral da UFRJ, esteve no encontro e conta que a realização do evento é um marco para a administração pública brasileira. "Foi muito emocionante e produtivo. Ao longo do evento, conseguimos identificar várias demandas dessas gestoras e diagnosticar a sobrbecarga de funções e até diferenciação em relação ao recebimento de CDs (adicional destinado a pessoas com cargos de direção na administração federal)", revela. "Esse encontro nos aponta a necessidade de definição de políticas de gestão das universidades brasileiras para que haja de fato igualdade de tratamento para gestoras negras".

A docente explicitou que o problema vivenciado por gestoras com relação à diferenciação do adicional não é uma realidade da UFRJ. "Isso não acontece na nossa universidade, mas percebemos que somos quase que a exceção, se considerarmos as universidades de todo o país".

Para a professora Cecília Izidoro, superintendente-adjunta da Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade da UFRJ (SGAADA), aponta a importância do evento para tirar as gestoras negras da invisibilidade. "É uma proposta do atual governo aumentar a presença de pessoas negras em cargos de gestão na administração pública, então, ver que somos diversas e que não estamos sozinhas é muito importante", diz. "O sentimento foi de solidariedade, de irmandade e de reconhecimento da qualidade técnica dessas mulheres".

O evento discutiu desafios comuns enfrentados por essas gestoras. "Vivemos numa sociedade que ainda não está acostumada conosco em cargos de poder. Eu tenho 30 anos de universidade e só agora estou na gestão. Então, faço parte de uma geração que abre caminho para que as próximas acessem esses espaços mais jovens e mais livres desses desafios e pesos", deseja a professora.

A principal lição que fica, segundo a professora Cecília, é a atuação dessas mulheres em múltiplas áreas do conhecimento e da administração pública. "Não estamos circunscritas apenas à temática racial ou estudantil. Não estamos limitadas a um recorte. Somos diversas e queremos estar em todos os lugares, discutindo todos os assuntos, atuando em pesquisa, no ensino, na extensão, na gestão de todas essas áreas", afirma. "Angela Davis diz que quando uma mulher negra se movimenta, toda a estrutura social se movimenta também. Estamos fazendo isso, nos movendo para transformar a realidade da nossa sociedade".

A delegação da UFRJ foi formada por:
Ana Paula Moura - Diretora da Faculdade de Educação
Angela Brêtas - Ouvidora da Mulher
Cassandra Pontes - Diretora do Colégio de Aplicação
Cecília Izidoro - Superintendente-adjunta da SGAADA
Denise Góes - Superintendente-geral da SGAADA
Katya Gualter - Ouvidora-geral
Maria Soledade Simeão dos Santos - Coordenadora de Integração Acadêmica do CCS
Núbia de Oliveira Santos - Coordenadora de Graduação da Faculdade de Educação

 

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