O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inundou o país de esperança. Anunciou em suas redes sociais que dará, com a Anvisa, “prioridade máxima” à liberação da fase de testes clínicos da polilaminina, substância com forte potencial de reversão de lesões medulares.
A pesquisa é da professora Tatiana Sampaio, chefe do Laboratório de Biologia da Matriz Extracelular, do @icbufrj . “A expectativa é a melhor possível para que essa aprovação aconteça. Acredito que leve até um mês”, avalia a professora. Ela se reuniu com o ministro Padilha no início desta semana, em Brasília. “Foi um encontro muito rápido, do qual participaram também representantes da Anvisa”, contou.
No dia 15 de outubro, Tatiana Sampaio teve oportunidade de apresentar detalhes de sua pesquisa ao presidente da República, durante encontro de Lula com professores no Rio de Janeiro para a entrega da Carteira Nacional do Docente. O empenho do presidente Lula parece ter feito diferença. “Essa é uma declaração de intenção muito importante. A decisão de priorização dada pelo presidente e pelo ministro fazem diferença e a indicação do novo presidente da Anvisa corroboram esse processo”, avalia a pesquisadora. O novo presidente, Leandro Safatle, assumiu a agência em setembro.
A Anvisa tem em mãos todas as respostas solicitadas sobre a pesquisa e a respeito dos próximos passos do estudo. “Nós entregamos na sexta passada as últimas respostas solicitadas”, afirma Sampaio.
Após a liberação, haverá uma primeira fase de testes dividida em duas etapas e voltada apenas para pacientes voluntários com lesões agudas de até quatro dias. Primeiro, com cinco pacientes que receberão dose fixa, para avaliar a segurança da medicação. Depois, com outro pequeno grupo de pacientes que receberá doses diferenciadas do medicamento.
Passada essa etapa, outra fase deverá ser iniciada para um conjunto maior de pessoas. Ainda não estão planejados estudos com lesões crônicas. O uso combinado da substância polilaminina com outros medicamentos também não é o foco do estudo em humanos neste momento.
A pesquisa com a polilaminin
a é realizada há 25 anos. “O trabalho de uma vida segue. Ainda temos muitas perguntas", conclui a cientista.
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