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WhatsApp Image 2025 02 26 at 16.06.58Foto: Alexandre MedeirosTermina nesta quinta-feira (27), no auditório da Coppe — sala 122 do bloco G do Centro de Tecnologia, no Campus do Fundão da UFRJ —, o último encontro do Projeto Silvanus, que reúne cientistas de diversos países para o desenvolvimento de uma plataforma integrada, tecnológica e de informação para prevenção e combate a incêndios florestais em todo o mundo. Desde a segunda-feira (24), o seminário vem promovendo palestras com especialistas em mudanças climáticas e grandes desastres naturais, como os professores Carlos Nobre (USP), Renata Libonati e Dulce Mantuano (ambas da UFRJ), e representantes de instituições como o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Ibama e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.

"O encontro gera a oportunidade de especialistas nacionais e internacionais interagirem e atuarem em conjunto em futuros editais brasileiros ou da Comunidade Europeia que exigem participação internacional. Todos têm muito a colaborar com o desenvolvimento dessa plataforma, que foi desenvolvida para atuar não só em prevenção e combate a incêndios, mas também em reflorestamento de áreas atingidas. Ela tem ferramentas e recursos que cobrem essas três vertentes", explica o professor Rogério Espíndola, do Núcleo de Transferência de Tecnologia (NTT) da Coppe, que coordena o projeto no Brasil, ao lado de Nelson Ebecken, seu colega no NTT. O laboratório da Coppe tem 32 anos de atuação em transferência tecnológica e pesquisa de inteligência artificial aplicadas a diversos setores socioeconômicos.

A Coppe/UFRJ é a única instituição do continente americano no Projeto Silvanus, que conta com representações de 49 entidades de 16 países, sendo 13 da União Europeia, além de Brasil, Austrália e Indonésia. O objetivo da plataforma, desenvolvida ao longo de 42 meses, com recursos da ordem de 24 milhões de euros da União Europeia, é prevenir o início e controlar a propagação de incêndios florestais em todo o mundo, promovendo o uso mais eficiente dos recursos disponíveis. O projeto conta com 12 áreas piloto no planeta, entre elas o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde estão sendo testadas tecnologias de monitoramento e controle, como drones, sistemas de comunicação e robôs lançadores de água.

Na palestra de abertura do encontro, intitulada “Futuro Climático e a Floresta Amazônica: Desafios e Soluções para a Sustentabilidade Global”, o professor Carlos Nobre, da USP, traçou um painel realista e sombrio dos efeitos das mudanças climáticas na Terra, em especial na área amazônica. Segundo ele, janeiro de 2025 foi o mais quente janeiro já registrado no mundo. "O aceleramento do aquecimento global pode trazer danos irreversíveis ao planeta. Temos que agir agora para evitar um desastre climático", advertiu.WhatsApp Image 2025 02 26 at 16.07.44Foto: Divulgação

Nobre destacou que 90% dos incêndios florestais no mundo são causados pela ação humana. "No passado, as fontes de ignição de incêndios florestais eram, em sua maioria, naturais, como as descargas elétricas, e as florestas eram mais resistentes ao fogo. Hoje, os incêndios são mais frequentes e extensos, com períodos de seca mais prolongados, e a maior parte das fontes de ignição é de origem humana. Os riscos de situações extremas de fogo associados às mudanças climáticas e de uso da terra aumentaram de 20 a 28 vezes na Amazônia", explicou o cientista.

Para mais informações sobre o Projeto Silvanus, acesse (https://silvanus-project.eu/).

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