Repercutiu no Conselho Universitário desta quinta-feira o impacto da operação policial da véspera, na Maré: além da violência na comunidade, balas atingiram salas de aula na ilha do Fundão. Até mesmo um helicóptero da PM precisou pousar no gramado próximo ao edifício Jorge Machado Moreira (antiga reitoria) para resfriamento do motor, informou a prefeitura universitária.
Representantes estudantis cobraram da administração central a discussão e aprovação urgente de um protocolo de segurança para orientar a comunidade universitária nesse tipo de situação.
"Todo mundo viu as fotos (de ontem). Vão esperar uma bala atingir um estudante para aprovar o protocolo?", questionou o conselheiro discente Henderson Ramon.
Integrante da Comissão de Legislação e Normas do colegiado, o professor Antônio Solé (representante dos titulares do CCS) afirmou que o assunto precisa ser discutido com calma. Fruto de um grupo de trabalho sobre segurança, uma proposta de resolução já está sob análise da comissão.
"A proposta de resolução tem 16 páginas, mas se refere a documento de 169 páginas, que foi apresentado à CLN, para essa análise, no início deste mês. O regime de urgência impediria a análise detalhada da minuta pela relatoria. Na minha opinião, é irresponsável tentar dispensar essa análise", disse.
A solicitação de urgência entrou em votação e foi rejeitada. Como contraproposta, a administração central se comprometeu a incluir o tema na pauta da primeira reunião de fevereiro, após o recesso de fim de ano do colegiado.





