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bandeira adufrjFaltam 16 dias para a eleição mais importante da história recente do Brasil. É a mais importante pelo que está em jogo, pelo que aprendemos a chamar de democracia, e que, na prática, atende por vários nomes entranhados no cotidiano docente: universidade pública, gratuita, de qualidade e inclusiva. Liberdade de cátedra. Financiamento público da Ciência, da Cultura e da Arte. Formação de professores críticos e qualificados.
Pois todo esse caleidoscópio civilizatório está ameaçado pela reeleição de Bolsonaro e, por isso, a atual diretoria da AdUFRJ defende desde a sua campanha eleitoral que o sindicato apoie a candidatura do campo democrático com maiores chances de derrotar o fascismo nas urnas. Hoje essa candidatura é a de Lula. Mas poderia ser a de Ciro ou a de um outro candidato mais à esquerda. E, se assim fosse, estaríamos igualmente aqui, nas ruas e nas redes, defendendo esses candidatos.
“Isso não é um capricho petista. Não estamos tratando de uma eleição normal, entre dois projetos políticos divergentes, como já ocorreu no passado, diversas vezes entre o PT e o PSDB. Antes tratávamos, por exemplo, de dois projetos antagônicos de universidade, um mais elitista e outro inclusivo. Agora, temos um candidato que quer a destruição da universidade. Bolsonaro é o candidato que defende a tortura, que defende o golpe, que prefere ser presidente por meio de um golpe do que pela eleição. Defender a vitória no primeiro turno nesse contexto não é, portanto, algo que pretende engolir a minoria, mas sim um gesto que defende o futuro das oposições”, pondera o professor Pedro Lima, do Departamento da Ciência Política da UFRJ, respeitado pesquisador da conjuntura eleitoral brasileira.
A interessante entrevista de Pedro está na página 5 desta edição. Na página 4, o cientista político Paulo Baía, professor da UFRJ, analisa as mais recentes pesquisas do Datafolha e do Ipec, nas quais o ex-presidente Lula mantém boa margem de votos à frente de Bolsonaro. Também na página 4, mostramos que, em encontro com comunicadores de todo o país, na terça-feira (13), Lula falou sobre sua expectativa de vencer a eleição no primeiro turno, e celebrou a chegada da primavera — a estação começa no próximo dia 22 — como um tempo de esperança para o país. A equipe de jornalistas da AdUFRJ participou do encontro.
Na página 6, publicamos a tradução concreta de como Bolsonaro ameaça a universidade. Desde o dia 14, a Escola de Belas Artes está sem aulas, castigada pela crise orçamentária, por dois incêndios, elevadores sucateados, banheiros sem água e serviços de limpeza sofríveis. A diretoria da AdUFRJ aproveita esse espaço para prestar solidariedade à EBA e se colocar à disposição para mediar soluções.
Vivemos um tempo de desalento, mas esperamos que a primavera nos devolva a esperança. Apostando nesse retorno da alegria, da discussão livre e da democracia plena, convidamos a todos para um encontro descontraído na próxima sexta-feira, 23, às 18h, no CBAE. Ali, entre amigos, sextaremos, debateremos políticas, beberemos, encontraremos os amigos e a força para lutar por dias melhores.

Boa leitura !

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