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WhatsApp Image 2023 06 01 at 20.15.51 1Foto: Francisco ProcópioPor Francisco Procópio

A 12ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ (SIAC), que se encerra nesta sexta-feira (2), é a maior de todos os tempos: são 6.573 trabalhos, com a participação de todos os cursos da universidade. De acordo com a professora Christine Ruta, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura, a SIAC é uma vitrine dos trabalhos de pesquisa e extensão da universidade, além de dar protagonismo ao “florescer” dos alunos. “Considero um dos eventos mais simbólicos e emblemáticos da nossa universidade. Vejo o futuro se desenhando”, diz a professora.

A pró-reitora de Extensão, Ivana Bentes, lembra que a SIAC conta com 878 ações de extensão e outras 1.861 ações de extensão integradas à pesquisa: “A participação da extensão tem sido crescente, traz muita diversidade de temas e resultados relevantes das ações”, explica a pró-reitora. “Participar de uma semana que integra os três pilares da universidade é fundamental, dá para perceber o ciclo virtuoso dessa relação e o impacto das metodologias de extensão mais aberta”, diz Ivana.

Na área da pesquisa, a SIAC conta com 4.715 projetos e 2.008 bolsistas. “Ter a oportunidade de se iniciar no meio científico na graduação é muito importante para a trajetória acadêmica do estudante”, explica a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Denise Freire. Segundo ela, a SIAC é o momento em que o estudante se dedica à produção e à apresentação do trabalho, e se inicia na veia científica.

Emily Catarine Vale, aluna de Engenharia do Petróleo, participa de um projeto de pesquisa sobre análise do espaço poroso de rochas carbonáticas. Ela recebe bolsa de uma empresa privada. Na hora de se apresentar, não escondeu o nervosismo. “Mas tem sido muito gratificante. A UFRJ é uma universidade de muito prestígio, consigo uma visibilidade para meu trabalho”, conta a estudante. A aluna também falou do seu processo de orientação. ”Eu consegui orientadores ótimos, que mostram o caminho para que depois eu possa trilhar sozinha. Não fui jogada dentro da pesquisa, eu estou sendo de fato orientada”, explica Emily.

A experiência de orientação também é percebida pelos professores, que estreitam os laços com os alunos. Como a professora de fluidos mecânicos, Dora Izzo, que é do Instituto de Física, mas orientou um aluno de Engenharia de Petróleo: “É bem legal ver a evolução do aluno, é uma motivação extra durante a graduação”, conta a docente.

A volta ao ensino presencial, depois do período remoto na pandemia, foi fundamental para o sucesso da SIAC. “Aprender de novo a se defender em uma avaliação, saber responder a um questionamento, tudo isso é muito melhor de forma presencial do que no modelo remoto”, afirma a professora Maria Alice Zarur Coelho, da Escola de Química.

O professor Rafael Mesquita, do Instituto de Química, foi um dos avaliadores dos trabalhos no Centro de Ciências da Matemática e da Natureza (CCMN). “O comparecimento dos alunos é ótimo e todos os trabalhos que avaliei estão com uma qualidade bem alta”, afirma o professor. A SIAC também é um evento aglutinador para os docentes. “A gente conhece mais pessoas, interagimos com professores que na rotina de trabalho não encontramos”, conta a professora Adriana Lages, também do Instituto de Química.

Ao observar a intensa participação dos estudantes na SIAC, Adriana Lages lembrou a importância da liberação de bolsas como elemento crucial para a permanência dos alunos na universidade, sobretudo os de baixa renda. “Recebi um e-mail um aluno dizendo que não conseguiria fazer a prova, pois não tinha dinheiro para a passagem”, conta a professora.

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