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Às vésperas do início de mais um semestre letivo na UFRJ — as aulas da graduação começam na próxima segunda-feira —, esta edição do Jornal da AdUFRJ aborda por diferentes ângulos o ofício de ensinar. Um deles é o oposto do que se espera de um ambiente escolar: a exposição à violência. E tem como mote um crime que chocou o país esta semana: o assassinato da professora de Ciências Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, morta a facadas por um adolescente de 13 anos em sala de aula na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Leste de São Paulo, na segunda-feira (27).
A morte da professora está longe de ser um fato isolado, como mostra nossa reportagem nas páginas 4 e 5. Uma pesquisa da Unicamp, à qual o Jornal da AdUFRJ teve acesso, revela uma tendência preocupante: dos 23 ataques de alunos ou ex-alunos a escolas no Brasil nos últimos 21 anos, mais de um terço ocorreu apenas do segundo semestre de 2022 para cá. Especialistas ouvidos pela reportagem tentam decifrar as motivações desse crescimento da violência em escolas e os caminhos que podem levar à redução de crimes como o da escola da Zona Leste paulista.
No velório da professora Beth, como era conhecida, colegas de profissão e alunos lembraram a dedicação da docente ao trabalho, seu amor por ensinar e sua generosidade, traços que servem de inspiração aos que ficaram. E são essas também as características marcantes do professor emérito Nelson Maculan Filho, que esta semana foi homenageado por seus 80 anos. Aposentado — assim como era Beth —, Maculan segue ativo em sala de aula, com fôlego de menino, espalhando seu vasto conhecimento e inspirando novas gerações de professores. A merecida homenagem ao mestre, um ícone da UFRJ e da Ciência brasileira, está na página 7.
Inspiração não tem idade. Nossa matéria da página 6 traz o exemplo da doutoranda Luana Braga, de 28 anos, aluna do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS) do Museu Nacional. Em vídeo que viralizou semana passada, Luana conta ao presidente Lula, durante a visita do petista ao Museu Nacional, no dia 23, como as políticas públicas criadas pelos primeiros governos do PT mudaram sua vida e a de sua família. “Todas as oportunidades a que tive acesso fizeram de mim um instrumento de justiça social”, disse Luana ao Jornal da AdUFRJ. Filha de agricultores analfabetos, Luana nasceu em Pradópolis, no interior de São Paulo, foi criada em Iaçu, pequeno município da Bahia, e é a primeira pessoa da família a entrar em uma universidade. Um exemplo inspirador.
Para os novos professores da UFRJ que farão sua estreia em sala de aula a partir da próxima segunda-feira, a AdUFRJ dá boas-vindas, convida a conhecerem os convênios e serviços oferecidos pelo sindicato e a filiarem-se para que juntos possamos buscar a melhoria contínua do trabalho docente. Os docentes “calouros” são tema de nossa matéria da página 3. Um deles é Vinicius Marques da Costa, do Instituto de Matemática. “Sou cria do Fundão: fiz graduação, mestrado e doutorado. Agora volto como docente, um sonho de criança”, diz Vinicius.
Que esse sonho seja mais uma inspiração para todos nós.
Boa leitura!

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