Accessibility Tools
A AdUFRJ ofereceu suporte para a vacinação de seus sindicalizados aposentados. Beline Viana de Souza (foto), da equipe de Assistência Jurídica do sindicato, entrou em contato com cerca de 150 filiados na faixa dos 90 anos. “A ideia foi muito bem recebida e elogiada pelos professores”, disse Beline. Para que todos os professores integrantes dos grupos prioritários tenham acesso o quanto antes à vacina, a AdUFRJ se colocou à disposição para levá-los aos postos de vacinação. “Felizmente, não foi preciso nenhum professor aposentado utilizar o nosso transporte, pois as próprias famílias deram conta de atendê-los”, conta Beline. A única professora que seria atendida pelo serviço se acidentou na véspera e, diante disso, um médico foi até sua casa vaciná-la. “Mesmo depois de vacinados, ainda entrei em contato com aqueles professores que moram sozinhos para saber como eles estavam”, completa. Beline afirma que alguns docentes e familiares se emocionaram com o carinho do gesto, e ficaram felizes por se sentirem lembrados.
O atendimento jurídico online oferecido pela AdUFRJ para todos os sindicalizados está com um novo horário. Nas terças-feiras, o plantão se mantém de 8h às 11h30. Mas os atendimentos das sextas foram transferidos para as quintas-feiras, e ocorrerão de 12h30 às 16h. A iniciativa continua sendo muito bem recebida pelos professores.
Os atendimentos são feitos pelo aplicativo Zoom. Para baixá-lo, acesse www.zoom.com e instale no seu computador ou celular gratuitamente. Para agendar um horário, envie e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou mensagem de whatsapp para (21) 99808-0672. Você receberá o link para participar no número informado. No horário marcado, é só clicar no link e entrar na sala de reunião.
Antônio Santos, vice-diretor do Instituto de Física, é o mais novo professor titular da UFRJ e um dos raros docentes negros da universidade a alcançar o último posto da carreira. A aprovação aconteceu nesta quinta-feira, 3, por unanimidade, em banca com cinco professores, quatro deles de fora da UFRJ. “Nas universidades que têm excelência em pesquisa, os docentes negros não passam de 20%, e nas Exatas esse índice é menor ainda. Na Física, eu conto nas mãos o número de docente negros em todo o Brasil. É um racismo institucional, mas é também resultado do racismo estrutural e estruturante, porque ele também dá forma à estrutura da sociedade”, afirma o pesquisador, militante do movimento negro. “A gente tem que tomar cuidado para que casos de exceção não sejam usados para legitimar o discurso de meritocracia. Não há como falar de mérito numa sociedade tão desigual como a nossa”, afirma. “A UFRJ está discutindo isso, aprovou recentemente a mudança nas cotas nos concursos docentes. É um passo importante, principalmente para os mais novos. Eu tenho que olhar para o estudante negro. O fato de ele ver um professor ou uma professora negra, traz representatividade pra esse estudante, sensação de pertencimento”.
Faleceu precocemente, na última terça-feira (2), Luiz Edmundo Bouças Coutinho, professor associado da Faculdade de Letras. Era considerado pelos seus alunos e colegas como um dos professores mais queridos, sendo um exemplo de generosidade e delicadeza. Possuía experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, e atuava principalmente nos seguintes temas: Decadentismo, Dandismo, Art Nouveau e Belle Époque brasileira.
Fortemente abalada, a presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller, se despediu do colega: “Guardo dele as melhores lembranças, e devo ao seu exemplo muito do que tento ser como professora. Muitas saudades, muita tristeza, porque os dias estão pesados”.
Alexander Kellner
Diretor do Museu Nacional da UFRJ
Acaba de ser divulgado o resultado da licitação referente à concepção de arquitetura e restauro da sede do Museu Nacional/UFRJ e de seu anexo. A proposta vencedora foi de um consórcio liderado pela empresa H+F Arquitetos, que possui grande experiência na área e que está à frente da restauração e modernização de outro equipamento cultural muito importante, o Museu do Ipiranga, em São Paulo. Os conceitos ora apresentados são estudos que irão orientar o desenvolvimento do projeto arquitetônico final da parte interior do palácio.
Toda a atividade licitatória foi coordenada pela Unesco, envolvendo diversos arquitetos,
restauradores e profissionais da área de conservação. Estavam representados o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o International Council of Museums Brasil (ICOM BRASIL), o Instituto Cultura Vale, o Escritório Técnico (ETU/UFRJ) e a Faculdade de Arquitetura da UFRJ, a reitora e o diretor do Museu Nacional, entre outros. Também esteve presente uma equipe de profissionais que fez análises técnicas do projeto, tais como viabilidade estrutural e econômica, além de lidar com questões envolvendo a qualificação técnica das empresas que se habilitaram. Houve todo o cuidado para que fossem levados em conta os princípios norteadores nacionais e internacionais de preservação, conservação e restauração de um patrimônio histórico e artístico, além dos critérios de intervenção apresentados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No total, foram 12 participantes, com propostas bem diversas. Não foi fácil chegar a um vencedor.
A divulgação do resultado despertou grande interesse da sociedade — o que nos deixa animados. Sempre é bom frisar que essa participação é muito importante, já que o projeto final será elaborado em 18 meses e com a participação de diversos atores. O maior desafio será encontrar o equilíbrio entre a importante e rica história do palácio e a contemporaneidade necessária para um museu mais aberto e acessível à comunidade e que realize um constante diálogo com a sociedade. A ideia é a de divulgar os avanços do projeto definitivo à medida que esse vá sendo desenvolvido.
Um ponto de atenção é a história do palácio. Como sabemos, ali foi a casa dos dois imperadores brasileiros e de suas esposas e filhos. Posteriormente foi o local da primeira assembleia constituinte republicana. Não é de muito conhecimento, mas após a decretação da República, houve uma desfiguração total do palácio, antes mesmo de o Museu Nacional ter sido transferido para aquela edificação. O grande incêndio de 2 de setembro de 2018 acabou por destruir o que de histórico havia sobrado, com exceção do Jardim das Princesas. Mesmo assim, a instituição vai resgatar e reconstituir os espaços históricos de referência do palácio, como a antiga Sala do Trono de D. Pedro II e a Sala dos Embaixadores. Também está em pauta a recriação do antigo gabinete de D. Pedro II, como também uma sala destinada à Imperatriz Leopoldina, figura tão importante para a independência do Brasil. As intervenções contemporâneas serão concentradas particularmente no bloco IV, que forma a parte posterior do palácio. Vãos livres e salas com amplos espaços estão sendo pensadas.
Mesmo que ainda estejamos no início do projeto, com praticamente tudo por fazer, já podemos ter duas certezas. A primeira é que as fachadas do palácio serão todas restauradas no estilo neoclássico, da forma mais fidedigna possível ao original. Essa obra, aliás, deverá se iniciar nos próximos meses. E a segunda, que teremos um equipamento museal de ponta. Finalmente queremos um museu de História Natural e Antropologia inovador, sustentável e acessível, que promova a valorização do patrimônio científico e cultural e que, pelo olhar da Ciência, convide à reflexão sobre o mundo que nos cerca, ao mesmo tempo que nos leve a sonhar.
Aproveitamos para agradecer a todos que estão transformando esse sonho em realidade, como os profissionais da UFRJ e do próprio Museu Nacional. Agradecemos ao Instituto Cultural Vale, Unesco, deputados federais do Rio de Janeiro, Alerj, Bradesco, BND
ES, SAMN, governo federal da Alemanha, Instituto Göethe e tantos outros pelo apoio e incentivo.