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Kim Queiroz
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A História ensina que a queda de um governo antidemocrático depende da força dos protestos populares, mas como defender a democracia quando não se pode ir às ruas? Essa é a pergunta que desafia os movimentos sociais e tira o sono dos sindicalistas desde o começo da pandemia.

A necessidade do distanciamento social impôs limites a uma luta historicamente presencial, que precisou repensar suas estratégias para garantir uma efetiva mobilização através das redes sociais. “Isso tem desafiado o movimento sindical brasileiro a buscar alternativas para enfrentar o descalabro sanitário proporcionado pelo atual governo, e para se reinventar frente a uma legislação trabalhista que estimula a ação anti-sindical”, aponta o cientista político José Ricardo Ramalho, professor do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ.

Antes da pandemia parar o Brasil, os movimentos sociais do setor de educação já vinham desenvolvendo uma sequência de mobilizações. Estudantes, técnicos e professores planejavam uma Greve Nacional para o dia 18 de março, que daria seguimento aos atos bem-sucedidos de 2019, em defesa da universidade pública e da Ciência.

Mesmo  com a suspensão dos atos presenciais no #18M, a luta se mostrou resiliente, graças a uma responsabilidade histórica do movimento. “A gente está com a pauta de renovar o sindicalismo docente desde 2015, quando a Tatiana Roque foi eleita presidente da AdUFRJ e foi feita a primeira campanha do Conhecimento Sem Cortes”, lembra Josué Medeiros, diretor da AdUFRJ.

O projeto, renovado em 2017 com a gestão da professora Maria Lúcia Werneck, cresceu com a criação do Observatório do Conhecimento. “Quando veio a pandemia, a gente já tinha esse espírito. As áreas vinculadas à educação fizeram uma verdadeira chuva de mensagens e pressão, e o Congresso respondeu muito bem”, lembra a professora, em referência à aprovação do novo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, na Câmara dos Deputados, em julho de 2020.

As articulações internas, de acolhimento aos trabalhadores, foram igualmente importantes. “Nós oferecemos sala de zoom para reuniões, ampliamos nosso plantão jurídico, focamos na questão da insalubridade, realizamos reuniões do conselho de representantes, dentre outras iniciativas”, exemplifica Josué Medeiros.

Nesse contexto de mudanças no mundo do trabalho, a proteção sindical se faz ainda mais necessária. “O home-office traz novos custos, como contas de luz maiores e pacotes de internet melhores. Esses gastos devem ser reembolsados, e os equipamentos próprios para o exercício do trabalho externo devem ser garantidos”, destaca Neuza Luzia, coordenadora geral do Sintufrj. Essas novas condições de trabalho também preocupam Sandro Cezar, presidente da CUT-Rio. Segundo ele, a vida é o principal direito dos trabalhadores sendo ameaçado. “Primeiro os sindicatos têm um compromisso inquestionável com a vida. Esse foi o principal papel dos sindicatos, defender a vida dos trabalhadores. Defendemos a atuação inclusive via home-office, nos casos em que os trabalhadores pudessem fazê-lo sem prejuízo da sua vida cotidiana”, finaliza.

Kim Queiroz
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O professor Irnak Marcelo Barbosa é o novo diretor-geral do Campus de Macaé. Eleito democraticamente para o período de 2021 a 2023, Irnak assume o cargo anteriormente ocupado pela professora Roberta Pereira Coutinho. “Uma grande prioridade nossa será a institucionalização dos nossos cursos, com uma estrutura média da UFRJ. A expectativa é poder ter os institutos das unidades acadêmicas, como de Química, Medicina, Nutrição, Farmácia e outros”, contou Irnak, que é professor de cirurgia pediátrica. O diretor se reuniu no dia 4 com os novos coordenadores para iniciar o planejamento da gestão. “A gente procurou pontuar as nossas metas de curto, médio e longo prazo. Foi uma reunião bem produtiva, e saímos dela com uma perspectiva positiva do trabalho a ser feito”, completou.

O Conselho Universitário prorrogou o prazo para a realização dos concursos docentes regidos pelos editais 953, 955 e 956, de 20 e 24 de dezembro de 2019. A nova data se encerra em 31 de dezembro deste ano. Antes, o prazo acabava em junho. Muitas unidades ainda precisam aplicar a prova presencial aos candidatos, o que tem sido difícil em meio ao agravamento da pandemia. A Faculdade de Letras, por exemplo, teria mais de 70 candidatos para a realização dos exames presenciais. Os três editais destinam vagas para unidades de Macaé, Caxias, Colégio de Aplicação, Fundão, Praia Vermelha, Valongo, Anna Nery, IFCS, História e Museu Nacional. O professor Vantuil Pereira, conselheiro representante dos Associados, lembrou que muitas unidades fizeram pedidos de alteração das datas. “A dilatação dos prazos nos deixa mais tranquilos e permite uma organização melhor das várias unidades. Faltando pouco mais de três meses para o fim do prazo, o desenho é de agravamento da pandemia. O pleito é muito pertinente”.

A UFRJ recebeu mais de 700 pedidos de inscrição para o Curso de Formação para Comissões de Heteroidentificação. Os pedidos vieram de todo o país, conforme informou a conselheira Noemi Andrade, representante dos técnicos-administrativos no Conselho Universitário. “O curso da Comissão e da Câmara de Heteroidentificação abriu uma porta para mostrar o combate ao racismo que é realizado pela nossa universidade”, comemorou a conselheira. “A Câmara é plural, formada por técnicos, professores, estudantes. Infelizmente não poderemos atender a todos, mas toda essa repercussão é fruto do trabalho sério realizado por todas essas pessoas”. As inscrições terminaram no último dia 10. O curso terá oito aulas e acontecerá de 17 a 31 de março. As aulas serão assíncronas pela plataforma AVA UFRJ. A aula inaugural poderá ser acessada pelo público por meio do canal da Câmara de Políticas Raciais: https://www.youtube.com/channel/UciqzeAJX39XDigt9iiFhBug.

Por conta da pandemia ainda sem controle no país, o Conselho Universitário flexibilizou requisitos para inscrição e renovação de benefícios previstos na política de assistência estudantil. A nova resolução suspende — enquanto durar a pandemia e o ensino remoto — um dos critérios para a concorrência dos estudantes aos editais da PR-7. A partir de agora, o aluno não precisará cursar 20 horas semanais na graduação para ter o direito à assistência. Ao invés disso, bastará cursar pelo menos uma disciplina. Uma exceção ainda foi acrescentada: estudantes que estejam em período de disciplinas estritamente práticas poderão concorrer aos editais sem cursar as matérias, já que a crise sanitária impede a realização de aulas experimentais. “Há muitos estudantes que têm relatado inúmeras dificuldades familiares neste período, que têm precisado escolher entre trabalhar e estudar. Não é possível que a gente tenha as 20 horas como condição para concorrer à assistência”, explicou a conselheira Júlia Vilhena, representante estudantil.

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