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O Instituto de Física organizou uma palestra virtual do professor de Física da USP, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e vice-presidente da SBPC, Paulo Artaxo. O convidado discutiu o relatório apresentado pelo IPCC na semana passada, com dados dramáticos sobre as mudanças climáticas, mas destacou o caso brasileiro, especialmente a situação da Amazônia. A região é uma das mais sensíveis do planeta, pelo desmatamento e seu impacto no aquecimento global, uma vez que a absorção de carbono pela floresta está diminuindo. “Esse relatório, para mim, quer dizer ‘ou vai ou racha’”, defendeu o professor, “e o relatório aponta soluções”. Uma das propostas é fazer uso mais eficiente da energia.
No último mês, pesquisadores de todo o país foram surpreendidos com instabilidades na plataforma Lattes, que ficou fora do ar por 15 dias. O sistema foi integralmente restabelecido na última segunda-feira (9). “Esse apagão pode ser considerado como a ponta do iceberg”, reflete o presidente da Academia Brasileira de Ciências e professor emérito do Instituto de Física da UFRJ, Luiz Davidovich. “É um apagão que está acontecendo na Ciência, devido aos cortes orçamentários”, afirma. O CNPq tinha, em 2016, recursos de R$ 3,2 bilhões, que agora foram reduzidos para R$ 1,3 bilhão. Davidovich acredita que a Ciência do Brasil está perdendo muito. “O Brasil está ficando cada vez mais para trás, isso nos angustia. Teremos que lutar muito para recuperar o que está sendo perdido”, diz.
O presidente da Academia Brasileira de Ciências e professor do Instituto de Física, Luiz Davidovich, tornou-se o mais novo Emérito da UFRJ. O título foi aprovado por aclamação na sessão do Consuni do dia 12. Os conselheiros destacaram o papel do docente na defesa da produção de conhecimento científico no Brasil. “É uma liderança que sempre atuou em defesa da Ciência nacional, seja na Academia Brasileira, seja nos conselhos da Capes”, afirmou o professor Nelson Braga, também do Instituto de Física.
Foto: Fernando Souza/AdUFRJA UFRJ acaba de incorporar ao seu acervo o terceiro maior meteorito do Brasil, o Campinorte. Com aproximadamente 1,5 tonelada e 75 centímetros de diâmetro, ele tem por volta de 4,5 bilhões de anos e caiu no planeta, supostamente, há mais de mil anos, tendo sido descoberto em uma fazenda de Campinorte (daí a origem do nome), município goiano a 300 quilômetros de Goiânia. Recebido na quinta-feira (12), o Campinorte ficará exposto ao público no Museu de Geodiversidade da UFRJ. A universidade já conta com os dois maiores meteoritos do país, o Bendegó e o Santa Luzia. A rocha foi adquirida por meio de um movimento colaborativo de doações. O custo total foi de R$ 365 mil.
O programa AdUFRJ no Rádio desta semana recebe os professores Eleonora Ziller e Felipe Rosa, diretores do sindicato, para falar do desfile de blindados promovido por Bolsonaro na Praça dos Três Poderes. A tentativa de intimidar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal não deu certo, mas representa mais um degrau na escalada do autoritarismo do presidente. Os docentes também debatem o prazo ínfimo que o governo deu para as universidades montarem a proposta orçamentária para 2022. O AdUFRJ no Rádio vai ao ar todas as sextas-feiras, às 10h, com reprise às 15h.