Accessibility Tools

facebook 19
twitter 19
andes3
 

filiados

capesDesde o dia 22 de setembro, a avaliação quadrienal de mais de 4,6 mil programas de pós-graduação (2017-2020) — 132 só da UFRJ — está suspensa por uma liminar da Justiça Federal. O Ministério Público, autor da ação, argumenta que a Capes prejudica os programas ao aplicar, retroativamente, critérios que são definidos e modificados no curso do período avaliativo. A agência do MEC recebeu 30 dias para apresentar sua defesa. Enquanto isso, a iniciativa do MPF tem sofrido duras críticas na comunidade acadêmica.
“Há um equívoco da Justiça. A avaliação é comparativa. Tem que comparar os desempenhos dos programas. Não dá para saber isso previamente”, esclarece o professor Renato Janine, presidente da SBPC, que foi diretor de Avaliação da Capes, entre 2004 e 2008. “Dirigi duas avaliações. A avaliação não é para punir, mas para orientar. Se a avaliação ficar travada por regras deste tipo (como solicitado pelo MPF), inviabiliza o trabalho de orientação”, completa.
A presidente da ANPG, Flávia Calé, observa que todas as mudanças introduzidas no processo de avaliação são amplamente debatidas. E que as alterações mais recentes aumentaram a possibilidade de os programas alcançarem melhores resultados. “A quem interessa a paralisação da avaliação do sistema de pós-graduação?”, questiona. Em artigo publicado no Jornal da USP, a doutoranda lembra que “há fortes interesses de entes privados, que atuam na educação, na desregulamentação das diversas instâncias do ensino superior e da pesquisa”.
A UFRJ também defende a retomada do processo de avaliação. Pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da universidade, a professora Denise Freire acredita que a judicialização pode abrir um precedente perigoso e prejudicar também as próximas avaliações. “Acabou a avaliação, saíram os resultados, a gente começa a discussão para melhorar para o próximo quadriênio”, recomenda.
Outro ponto é a valorização do trabalho dos coordenadores. “Há coordenadores de pós-graduação trabalhando incessantemente, durante meses, para gerar um relatório supercomplexo. Temos relatórios aqui na UFRJ de 400 páginas. Todos os programas da universidade entregaram seus relatórios”, disse.
O Fórum Nacional de Pró-reitores de Pós-graduação e Pesquisa (Foprop) divulgou nota pública sobre o caso. “Para todos aqueles que conhecem e acompanham o SNPG (sistema nacional de pós-graduação), não há dúvidas de que o processo de avaliação é conduzido de forma bastante séria e responsável por mais de cinco mil consultores ad hoc (vinculados às mais variadas instituições de ensino superior e institutos de pesquisa). Por sua vez, a interrupção intempestiva deste processo fragiliza e coloca em risco todo o SNPG”, diz um trecho.
“A expectativa, por parte do Foprop, é que essa liminar deve cair. Acredito que o bom senso vai prevalecer”, completa Denise.

rádioO programa AdUFRJ no Rádio desta semana recebe os professores Eleonora Ziller e Felipe Rosa, diretores do sindicato, para fazer um balanço da manifestação contra Bolsonaro que aconteceu no dia 2. O programa também discute a fortuna do ministro da Economia, Paulo Guedes, em um paraíso fiscal e as questões de segurança no campus da Cidade Universitária. O AdUFRJ no Rádio vai ao ar todas as sextas-feiras, às 10h, com reprise às 15h.

WhatsApp Image 2021 10 02 at 10.14.55”Cada filme me deixou estatelado no sofá, refletindo. Acho que a angústia política que vivemos é explicitada”, disse o professor Henrique Cukierman, da Coppe, durante o CineAdufrj que discutiu o impacto social gerado pelo excesso de informações e pelas notícias falsas que circulam nas diferentes mídias online, no dia 30.  “Temos um grande desafio de como governar o ciberespaço. É um esforço transnacional, vai além da arrumação da democracia atual”, completou.
A curadoria da atividade — uma parceria entre o Grupo de Educação Multimídia da Faculdade de Letras e a AdUFRJ — escolheu três filmes para alimentar a discussão: “Um dia na Vida”, de Eduardo Coutinho (2010), “Privacidade Hackeada”, de Karim Amer e Jehane Noujaim (2019) e “Rede de Ódio”, de Jan Komasa (2020).

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: PROJETO SELECIONA DOIS BOLSISTAS

O projeto “Organização e Divulgação de Acervo Científico – Colaboração SBPC-RJ” seleciona dois bolsistas. É necessário estar matriculado em qualquer curso de graduação ou pós-graduação na UFRJ e ter noções básicas de informática (conhecimentos de Microsoft Excel, Microsoft Word). O atendimento aos interessados será feito pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Serão duas bolsas no valor de R$ 600,00 mensais, com duração de até um ano. O processo seletivo será coordenado pelo Instituto de Física, em colaboração com o Instituto de Estudos de Saúde Coletiva.

ENTENDENDO O MUNDO A PARTIR DE SUAS FALHAS

“Da diversidade vivemos, da diversidade seguimos vivendo”. A sabedoria do artista plástico Hélio Oiticica foi rememorada pelo webinário “#Fail | Tecnologia e Política: pensar e fazer mundos a partir de suas falhas e ruínas”, realizado pelo MediaLab UFRJ, em parceria com a EcoPós e a Faperj. “De um lado, as falhas e as panes dão uma rasteira neste projeto de mundo marcado por uma racionalidade computacional que promete alto grau de previsão e controle”, explicou a professora Fernanda Bruno, do Instituto de Psicologia, na abertura, no dia 27. “As falhas também nos impelem a agir, elas podem também ser uma ocasião para fazer de outro modo”, completou.

hospital“A solução ideal é um hospital totalmente orçamentado, em que seu diretor saiba em janeiro quanto vai gastar em julho, em setembro, em dezembro. Porém, nos últimos 20 anos, com governos de matizes diferenciadas, não houve essa possibilidade de suplementação orçamentária”. Com este argumento, o professor Leôncio Feitosa, coordenador do Complexo Hospitalar da UFRJ, introduziu a apresentação de um relatório sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A exposição aconteceu durante reunião do Conselho Superior de Coordenação Executiva da UFRJ — composto pela reitoria, decanos e diretores dos campi de Macaé e Caxias, entre outros —, no dia 5.
O relatório foi elaborado por um grupo de trabalho designado pela reitoria para levantar a situação dos hospitais que aderiram à Ebserh. O documento conclui que “há elementos substantivos e seguros” para que “sejam imediatamente estabelecidas negociações formais com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares”.
Durante o debate, o decano do Centro de Tecnologia, professor Walter Suemitsu, lembrou que foi favorável à adesão à Ebserh em 2013, quando a universidade discutiu o tema pela primeira vez. Mas o docente considera que agora não é o melhor momento para deliberar sobre este assunto. O ano pré-eleitoral e o governo antidemocrático de Bolsonaro são as razões da desconfiança. “O atual governo pode usar politicamente a contratualização dos hospitais da UFRJ”, ponderou.
Não houve votação sobre o relatório, que deverá ser apresentado aos centros acadêmicos da Saúde antes de ser enviado para apreciação do Conselho Universitário.

PLATAFORMA DE DISCUSSÃO
Para ampliar o debate, a AdUFRJ criou a plataforma adufrj.org.br/debateebserh. Serão aceitos artigos autorais, literatura publicada na área ou outras formas de contribuição. Para participar, é preciso preencher um rápido cadastro na seção “Fórum”, no botão “acessar”. Todos os materiais ficarão disponíveis para consulta.

rádioO programa AdUFRJ no Rádio desta semana recebe os professores Eleonora Ziller e Felipe Rosa, diretores do sindicato, para falar sobre a ação do Ministério Público Federal que quer submeter os professores do CAp-UFRJ ao ponto eletrônico. O planejamento da volta das atividades presencias na universidade também é analisado pelos diretores. E ainda: Bolsonaro cria vídeo saído de um “universo paralelo” para celebrar seus mil dias de governo, e o escândalo da Prevent Senior. O AdUFRJ no Rádio vai ao ar todas as sextas-feiras, às 10h, com reprise às 15h.

Topo