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O Conselho Universitário desta quinta-feira (24) foi o primeiro sem a presença do conselheiro Francisco de Paula Araújo, técnico-administrativo que faleceu de câncer no dia 12 de março. A reitora, professora Denise Pires de Carvalho, abriu a reunião. “Com muita tristeza, dou início a esta reunião do Conselho Universitário”, disse a professora, muito emocionada. “Peço um minuto de silêncio para relembrarmos Francisco de Paula neste momento de muito pesar. Francisco de Paula permanecerá presente entre nós por suas ideias e seus ideais”. O decano do Centro de Tecnologia, professor Walter Suemitsu, também aproveitou o momento para homenagear o servidor, que era chefe da Biblioteca Central do CT. “Realmente, uma perda irreparável”, lamentou.
A AdUFRJ informa que a professora Eleonora Kurtenbach terá que se licenciar da nossa diretoria. Ela foi nomeada vice-diretora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e nosso estatuto não permite o acúmulo das funções. A diretoria agradece todo o apoio da docente, sentirá a falta de sua talentosa contribuição e deseja boa sorte na nova empreitada.
Faleceu no último dia 10 de março Maria Eloisa Guimarães, professora aposentada da Faculdade de Educação. Formada em Pedagogia pela UFMG e tendo feito o mestrado e o doutorado na PUC-Rio, entrou na UFRJ em 1984 como professora do Departamento de Administração Educacional, onde ministrou disciplinas como Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º graus e Currículo e Programas. Eloisa foi minha professora na segunda metade da década de 1980 e convivi com ela de forma mais próxima quando fui monitora daquele departamento.
Era bastante exigente e nos ensinou muito. Fazia parte de um grupo de professoras (a maior parte do corpo docente da FE à época era composta por mulheres) que marcou a nossa geração de estudantes e com as quais algumas de nós, suas ex-alunas, mantemos contato até hoje. Numa época em que o curso de Pedagogia sofria algum preconceito justamente por ser muito “feminino”, tais professoras foram um exemplo de inteligência, autonomia, independência e, sobretudo, compromisso com o trabalho acadêmico.
Professoras como Lúcia Siano, Helena Ibiapina, Sérvula Paixão, Luciane Falcão, Maria de Lourdes Fávero, entre outras, nos mostravam que o trabalho acadêmico não era uma mera “distração” para abstraírem das responsabilidades domésticas, mas sim uma escolha de vida que elas tinham feito engajando-se na vida da universidade, lecionando, desenvolvendo pesquisas, assumindo cargos de gestão.
Eloisa liderou uma pesquisa sobre a implantação dos CIEPs financiada pelo CNPq da qual participaram duas das minhas colegas daquela época: Rosita Mattos e Anna Rosa Amâncio. Tal pesquisa ocorreu logo no primeiro ano da implantação daquele projeto e seu objetivo era trazer para a reflexão acadêmica o funcionamento da escola de ensino fundamental.
Sua tese de doutorado Escola, Galeras e Narcotráfico, defendida em 1993 e publicada em livro pela editora da UFRJ em 1998, constituiu um estudo inovador para a época sobre violência urbana no cotidiano escolar e os padrões de relacionamento entre a escola pública e o meio urbano na cidade do Rio de Janeiro. Suas pesquisas sobre o tema da violência a levaram a formular, juntamente com outros pesquisadores, em 1996, a organização de cursos para a formação de delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro, numa época em que se começava a falar em direitos humanos.
Ana Lúcia Fernandes
Diretora da AdUFRJ
A diretoria da AdUFRJ manifesta seu profundo pesar com o falecimento do professor Mário Carvalho, de 35 anos. O docente do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais desapareceu durante o temporal que atingiu Petrópolis na tarde de domingo e seu corpo foi encontrado no final da tarde de terça-feira. O Departamento de Filosofia divulgou nota em que destacou o carisma, a gentileza e o cuidado com que Mário tratava os colegas e alunos. “Deixa uma lacuna no coração de todos”.
Mário estava na mesma casa onde foram encontrados os corpos de Nelson Ricardo da Costa, de 59 anos, que também era professor, e da mãe de Nelson, Heloisa Helena Caldeira da Costa, de 86 anos. Mário ajudava o amigo a retirar a idosa de casa, quando o imóvel desabou.
O jovem professor, que era coordenador de graduação do curso de bacharelado em Filosofia, ingressou no IFCS em 2017. Mário já atuava como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Lógica e Metafísica (PPGLM), o mesmo no qual se tornou mestre e doutor pela UFRJ.
A comunidade universitária recebeu com consternação a notícia do falecimento precoce do servidor Francisco de Paula Araújo. Ele era representante da bancada dos técnico-administrativos no Conselho Universitário e chefe da Biblioteca Central do Centro de Tecnologia. Francisco foi vítima de um câncer, descoberto já em fase terminal no mês passado. Ele morreu aos 42 anos em 12 de março, Dia do Bibliotecário. Francisco era um profissional altamente qualificado: doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Políticas Públicas (Uerj), bacharel em Direito (Uerj) e em Biblioteconomia (Unirio). Advogado com atuação na área trabalhista, era editor-chefe da Agência Biblioo Publicações e Comunicação. O servidor deixou esposa e filha. A AdUFRJ lamenta esta irreparável perda e deseja força aos amigos e familiares neste momento de dor.