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WhatsApp Image 2021 05 21 at 22.55.40Dia Internacional da Biodiversidade: antes de comemorar, é preciso agir. Instituída em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data de 22 de maio tem o objetivo de conscientizar a população mundial da importância de se preservar a diversidade biológica no planeta. Para celebrar a efeméride, o Jornal da AdUFRJ resgatou o exaustivo trabalho de duas pesquisadoras do Instituto de Biologia da UFRJ sobre o impacto das mudanças climáticas em espécies de plantas e animais de diferentes biomas do mundo. Elas assinam um artigo sobre o tema na revista científica “Biological Conservation” da Science Direct, edição de maio (Leia a íntegra aqui https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0006320721001221).
“Muitas espécies raras possuem requisitos ambientais mais estritos, e não conseguem se adaptar às mudanças climáticas pela dificuldade em atendê-los”, explica Mariana Vale, professora do Departamento de Ecologia da UFRJ e autora correspondente do artigo. A pesquisa evidencia principalmente o risco que correm as espécies endêmicas, que são aquelas encontradas em um só local do mundo. “A velocidade da mudança climática atual é considerada sem precedentes e, portanto, não dá às espécies o tempo necessário para se adaptarem”, acrescenta a professora. Somado isso à perda generalizada de habitat, essas espécies correm sérios riscos de extinção. “O desmatamento as impede de se deslocarem para novas áreas climaticamente adequadas, o que era uma resposta comum e eficaz em eventos climáticos no tempo geológico”.
A pesquisa explora áreas que se encaixam em dois conceitos centrais para a Ecologia: os “hotspots de biodiversidade” e as regiões “global 200”. Os “hotspots” designam as áreas com uma quantidade imensa de espécies em vulnerabilidade, por perda de grande parte do seu território. Já o conceito das regiões “global 200” valoriza outros atributos, como, por exemplo, o quão raras ou únicas são as espécies, sem que necessariamente tenham perdido grande parte de seus habitats. “Nessa pesquisa nós estudamos esses dois esquemas de conservação, e chamamos o conjunto dessas duas áreas de “rich spots”, que seriam lugares bem ricos em biodiversidade no mundo”, conta Stella Manes, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFRJ e coautora do artigo. “São 238 áreas, que cobrem mais ou menos metade do planeta”, completa.
O estudo reúne pesquisadores de dez instituições internacionais, e surgiu no contexto do novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), considerado o braço científico da ONU para lidar com questões do clima. “Nesse novo relatório, estamos justamente no capítulo sobre os ‘hotspots de biodiversidade’. O grupo de cientistas que trabalha com esse assunto realizou essa pesquisa”, descreve Stella. Criado em 1988, o Painel tem a missão de destacar os principais impactos ambientais e socioeconômicos, traçando estratégias para mitigar as consequências das mudanças globais.
As transformações ambientais afetam mais as espécies endêmicas, que têm características intrínsecas a um único local, do que as nativas, que se adaptam melhor e, por isso, ocorrem em mais lugares. O diferencial dessa pesquisa, no entanto, foi identificar esse grau de vulnerabilidade. “A gente não esperava encontrar um valor tão alto para essas espécies endêmicas, e descobrimos que elas são três vezes mais impactadas a nível global do que as espécies nativas, e dez vezes mais impactadas do que as espécies introduzidas”, ressalta Stella. Segundo ela, as espécies introduzidas são mais uma fonte de ameaça. Por estarem acostumadas a lugares com maior variação, elas muitas vezes têm uma taxa de reprodução rápida e, por isso, podem atrapalhar as espécies do local onde foram inseridas.
“A gente revisou toda a literatura que já foi publicada até hoje sobre essas 238 áreas, selecionou todos os textos que faziam uma previsão de como a mudança climática afetaria esses lugares, compilou todos esses dados e os analisou”, descreve Stella. Esse método possibilitou que a equipe pudesse visualizar uma tendência global de como a mudança climática está afetando essas áreas, plantas e animais. Ao todo, são mais de oito mil espécies avaliadas pelos pesquisadores. “Aqui no Brasil nós temos o exemplo de uma espécie muito afetada, que é o mico-leão-dourado, espécie bandeira da Mata Atlântica”, lembra a pesquisadora.
A pesquisa destaca apenas uma das causas responsáveis pela diminuição da biodiversidade. “A ação do homem é muito mais proeminente que essa. O homem está direta e indiretamente causando grandes declínios na biodiversidade, e o homem que vai ser justamente um dos mais afetados”, diz Stella. A perda da biodiversidade pode significar a perda de serviços ecossistêmicos, como alimento, água e ar puro. Porém, o artigo pondera uma saída. “Se a magnitude das mudanças climáticas for diminuída, que é o efeito chamado de ‘mitigação climática’, pode-se reduzir o impacto sobre essas espécies. Isso indica que ainda há chance de reverter esse quadro, e esforços devem ser tomados nesse sentido”, afirma.

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental no Brasil, aprovado pela Câmara no dia 13, está agora em tramitação no Senado. Entre as principais mudanças propostas está a dispensa de licença ambiental para atividades econômicas, como obras de saneamento básico e de manutenção em estradas e portos. As políticas ambientais do governo Bolsonaro preocupam as pesquisadoras, pois ameaçam a biodiversidade brasileira. “O notório desmonte da proteção ambiental no Brasil também intensifica as próprias mudanças climáticas, pois o desmatamento ainda é a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil”, aponta Mariana.

MINISTRO INVESTIGADO
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Ibama, Ricardo Bim, são alvos de uma investigação da Polícia Federal sobre exportação ilegal de madeira. A operação foi autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o afastamento imediato de Ricardo Bim da presidência do Ibama, e de outros nove servidores do órgão e do ministério.
As buscas começaram no dia 19, com 35 mandados no Distrito Federal, em São Paulo e no Pará. A residência de Salles em SP, seu gabinete funcional em Brasília e um gabinete montado pelo ministério no Pará foram vasculhados pela PF. O ministro do STF também pediu a quebra de sigilos bancário e fiscal do ministro do Meio Ambiente e dos servidores do Ibama.
Batizada de Akuandaba, que é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam no estado do Pará, a operação iniciou suas investigações em janeiro. Na ocasião, autoridades estrangeiras apontaram um possível desvio de conduta de servidores no processo de exportação de madeira. Na lenda indígena dos Araras, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade Akuandaba fazia soar uma pequena flauta para restabelecer a ordem.

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PROGRAMAÇÃO DO 19M - DIA NACIONAL DE LUTA "A EDUCAÇÃO PRECISA RESISTIR"

- PARALISAÇÃO DOCENTE NA UFRJ -

- 9h  Live Nacional no link https://youtu.be/5KPTlEtU11w

-10h Ato simbólico em frente à Praia Vermelha, na Av. Venceslau Brás

- 11h Twittaço com a hashtag #educaçãoprecisaresistir

-16h Live com as entidades representantivas da UFRJ.

-17h Twittaço com a hashtag #aeducaçãoprecisaresistir

- Contra o retorno presencial no pior momento da pandemia
- Contra a reforma Administrativa

WhatsApp Image 2021 05 14 at 22.34.07A reitoria lançou uma campanha para recuperar o segundo andar do prédio Jorge Machado Moreira (JMM), que sofreu um incêndio em 20 de abril. Os recursos arrecadados serão utilizados na reforma da Procuradoria e do Núcleo de Pesquisa e Documentação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). O pedido de ajuda institucional, divulgado no dia 7, reforçou na opinião pública a situação de penúria financeira da universidade.
“Não há nenhuma verba possível no momento para a reforma. Tivemos cortes orçamentários muito importantes que não permitem investir na manutenção predial, sequer reformar”, informou a reitora da UFRJ, professora Denise Pires de Carvalho.
A iniciativa tem como base as doações que, no ano passado, ajudaram a reformar vários andares do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, entre outras atividades, no combate à pandemia. “Portanto, pensamos em ampliar as ações para outras áreas”, observa a reitora.
A ideia de que o Estado pode se eximir dos gastos com a universidade com este tipo de campanha é descartada pela dirigente. “O que precisamos no Brasil é garantir efetivamente o financiamento das instituições públicas”, enfatiza Denise. “Poderíamos não fazer essas campanhas e continuar a ver o patrimônio público ruir. Mas decidimos agir”.
Não há prazo final para as doações, que devem ser feitas para a conta 55.735-8, agência 2234-9 do Banco do Brasil em nome da Coppetec (CNPJ: 72.060.999/0001-75). Para mais informações, entrar em contato pelo telefone 3622-3402 ou e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

WhatsApp Image 2021 05 14 at 22.28.291Os professores filiados à AdUFRJ agora contam com um novo setor, o de Convênios, que firma parcerias com empresas prestadoras de serviços em diferentes áreas. Os benefícios, por enquanto, estão concentrados no Rio e em Macaé. “Até o momento, estamos com oito convênios firmados”, revela Meriane dos Santos Paula, funcionária que realiza os contatos com as empresas e com os professores interessados.
A proposta é oferecer descontos em estabelecimentos como escolas, cursos, clínicas de reabilitação, academias, clínicas estéticas e de saúde, entre outros. “O convênio está sendo acompanhado e estabelecido sob a supervisão do nosso setor Jurídico”, observa a professora Christine Ruta, 2ª vice-presidente da AdUFRJ. Meriane completa. “A análise jurídica é bastante criteriosa e tudo é definido de maneira contratual para que não ocorra nenhum dano ao professor”, afirma.
A professora Christine é a diretora responsável pelo novo serviço. “A nossa gestão tinha, desde o início, a proposta de criar convênios, algo que é comum em outros sindicatos”, diz. “Ultimamente, alguns professores, principalmente mães docentes, nos procuraram para que a gente viabilizasse descontos em algumas áreas”, relembra. É importante esclarecer que a AdUFRJ não recebe nada por firmar as parcerias.
Christine Ruta reforça que, embora os descontos gerem um impacto positivo na renda dos docentes, o objetivo não é recompor as perdas financeiras. “Nada compensa as perdas que sofremos e que estamos sofrendo. A principal motivação da parceria é outra. Esse serviço é uma forma de valorizar o docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro”, diz. “A partir do momento em que um convênio é firmado, isso significa que a instituição parceira reconhece que nós somos uma categoria forte e importante para a sociedade”.
O professor Daniel Zandonadi, do Nupem/Macaé, já firmou parceria com a escola de sua filha. “O valor do meu desconto na escola já paga a minha mensalidade da AdUFRJ até o final do ano. Então, eu estou ganhando dinheiro por ser filiado”, afirma. “É uma iniciativa excelente. Principalmente nessa área de educação, mas também na área de saúde, é uma grande vantagem”.

PARTICIPE!
O setor de convênios acaba de ser criado e, para dar certo, precisa do apoio dos docentes. “É muito importante que os professores participem ativamente, seja dando sugestões, seja viabilizando o contato entre nosso setor e as empresas sugeridas”, analisa Christine.
A sindicalização é um passo fundamental para o uso dos convênios, mas também fortalece a universidade. “Sindicalize-se, não só para participar dos convênios, mas para fortalecer a AdUFRJ e defender e valorizar a UFRJ, que é um patrimônio da nação brasileira”.

Confira aqui a lista de empresas parceiras. Qualquer dúvida, basta ligar para a Meriane, no telefone (21) 99358-2477 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

WhatsApp Image 2021 05 14 at 22.40.19Unidade e compromisso com a universidade. Essas foram as palavras que conduziram a reunião de quarta-feira (12) do Formas, o fórum que reúne as cinco entidades representativas da comunidade acadêmica — AdUFRJ, Sintufrj, DCE, APG e ATTUFRJ. No final do encontro, as entidades prepararam um documento endereçado ao Congresso Nacional denunciando os efeitos dramáticos dos cortes orçamentários. O documento foi lido na última reunião do Consuni, na quinta-feira (13), e aprovado por unanimidade. No mesmo dia, o governo liberou parte dos recursos. O texto agora será encaminhado aos parlamentares. O encontro do Formas começou com uma rica discussão sobre a conjuntura política em que professores, técnicos, terceirizados e estudantes enfatizaram que o projeto do governo Bolsanaro é destruir a universidade. Além do documento, o Formas  prepara uma grande assembleia das entidades da UFRJ.  “Temos que politizar essa discussão”, avaliou Juliana Paiva, representante estudantil.  “Essa não é a primeira vez que tentam destruir universidade. Sabemos e vamos reagir”, completou Neuza Luzia Pinto, coordenadora do Sintufrj.  “Os cortes integram um projeto de destruição, mas não vamos permitir”, resumiu a presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller que, logo depois da reunião do fórum, participou também, a convite dos estudantes, da assembleia com mais de 500 alunos da UFRJ.  Leia abaixo a íntegra do documento do Formas, aprovado no Consuni.

Ao Congresso Nacional,

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é um centro de excelência nacional no ensino, na pesquisa e na extensão, abrangendo atividades desde o nível da Educação Básica, até os níveis de graduação e de pós-graduação. Segundo o ranqueamento mais recente do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), maior órgão público de pesquisa da Espanha, somos a melhor universidade do Brasil e a segunda da América Latina.
No último ano, a UFRJ esteve na linha de frente no combate à covid-19: produziu máscaras com tecido tecnológico; descobriu novas variantes do novo coronavírus; desenvolveu teste sorológico menos oneroso que os testes rápidos previamente disponíveis; atendeu à população do Rio de Janeiro com a abertura de mais de cento e cinquenta novos leitos para internação decorrente das complicações da covid-19 em seus hospitais; dedica-se, atualmente na fase dos testes pré-clínicos, à criação de duas vacinas nacionais, que podem, junto a tantas outras pesquisas em ação, permitir independência e economia em relação aos fornecedores externos.
É importante salientar que as atividades de ensino e de extensão não foram paralisadas, com a construção de editais para aquisição de chips de internet e equipamentos por estudantes de baixa renda em ensino remoto, além da formação de grupos de trabalho dedicados à construção de proposta de retorno presencial seguro das atividades práticas dos cursos de graduação e de pós-graduação.
Tudo isso só é possível graças ao orçamento discricionário, verba destinada aos custos de infraestrutura da universidade, como água, luz, segurança, permanência estudantil, e, dentre outros, insumos de pesquisa e aquisição de equipamentos para os laboratórios.
Desta forma, as despesas discricionárias, ditas “não obrigatórias”, são essenciais para o funcionamento das três frentes da universidade: ensino, pesquisa e extensão. As instituições acadêmicas e científicas do nosso país são essenciais para o fortalecimento da soberania e do desenvolvimento socioeconômico nacional. No contexto atual, mais do que nunca, defender a Ciência é também uma questão de sobrevivência, tanto das vidas humanas, quanto da economia, já abalada pela pandemia.
Nosso orçamento em 2021, ano em que já perdemos mais vidas para a covid-19 do que em todo o ano de 2020, corresponde ao orçamento real da universidade em 2008, quando tínhamos quase 20 mil estudantes a menos. Cerca de 152,2 milhões de reais deste orçamento, em razão do teto de gastos (Emenda Constitucional nº 95), ainda dependem de suplementação pelo Congresso Nacional, já com 41,1 milhões de reais destes bloqueados pelo governo federal. Com os níveis atuais, só conseguiremos honrar os contratos que mantêm a UFRJ funcionando até julho deste ano.
Os cortes e os contingenciamentos no orçamento da UFRJ representam retrocessos que levarão décadas para serem recuperados. O futuro das próximas gerações depende, em grande medida, das decisões que tomamos hoje. Não há contradição entre a recomposição do orçamento educacional e o retorno que a sociedade usufrui do que é produzido nas instituições federais de ensino superior.
Por isso, nós, como Conselho Universitário da maior universidade federal do país, demandamos a imediata recomposição orçamentária da UFRJ e das demais instituições federais de ensino superior e contamos com a mobilização dos parlamentares em defesa do patrimônio nacional que essas instituições representam.

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