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Em virtude da suspensão das aulas na UFRJ, a Comissão Eleitoral da AdUFRJ cancelou o debate de hoje entre as chapas que concorrem à eleição para diretoria.
Está mantido o debate do dia 05 de setembro, terça-feira, às 18h, no Auditório Manoel Maurício, Decania do CFCH, Praia Vermelha, e online no Zoom.

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CHAPA 1 – VALORIZAÇÃO & INCLUSÃO

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"As últimas quatro gestões da AdUFRJ foram pioneiras na construção de um sindicalismo diferente, que combina a luta intransigente em defesa dos direitos docentes à responsabilidade pelo papel social que a universidade pública deve cumprir.
O que nos distingue é uma atuação estratégica que almeja ampliar os espaços de diálogo. Rechaçamos o sectarismo daqueles que, ao manter uma posição contínua e irresponsável de puro enfrentamento, logram apenas o fechamento de portas que auxiliariam e permitiriam o aumento da representação e o avanço dos direitos dos professores e professoras. E, com isso, acabam por fortalecer uma visão negativa da sociedade quanto às universidades públicas, o que fomenta o discurso da extrema direita, que deseja o extermínio da Ciência e, sobretudo, das próprias universidades públicas.
É fundamental que nossa ADUFRJ consiga atrair à filiação os jovens professores e professoras. Esta é uma tarefa árdua, dificultada pelos baixos salários iniciais em nossa carreira docente e por uma crise que ultrapassa os muros das universidades e permeia todos os sindicatos brasileiros: a queda no número de filiados.
Segundo dados da PNAD/IBGE, a taxa de sindicalização no Brasil em 2012 era 16,1%, caindo para 11,2% em 2019. Em outro levantamento, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 1975, a taxa de sindicalização era de 33% entre os países membros, e caiu para 16% em 2018. O fenômeno, portanto, é global e perpassa as mais diversas categorias de trabalhadores.
No caso dos docentes, o envelhecimento da nossa base, a redução da renda de aposentados e os baixos salários do início de carreira, resultam na redução no número de sindicalizados. Em nível nacional, o Andes vem observando sucessivas quedas no número de filiados, que passaram de 70,4 mil em 2016, para 64,9 mil em 2023. Na contramão desta situação, a AdUFRJ vem ampliando o quadro de filiados. De 15 de outubro de 2021 até hoje, são 209 novas filiações, contra 127 desfiliações.
Isso é resultado de nosso trabalho e da política acertada da diretoria da ADUFRJ de aproximação junto aos professores recém-ingressos, isentando-os da contribuição financeira durante o período em que estão nos níveis de início da carreira. Do total de novas filiações, 85 são oriundas desta ação. Tal iniciativa deriva de dois entendimentos. O primeiro é que é fundamental acolher os novos docentes, os fazendo “experimentar” a vida sindical. E o segundo é que o baixo salário no início da carreira, muitas vezes, se torna um impeditivo para a filiação.
Cabe salientar que a isenção da contribuição de novos professores foi uma medida duramente criticada por destacados membros do campo de oposição à diretoria da AdUFRJ nas redes sociais.
Seguiremos enfrentando a questão da ampliação da sindicalização com criatividade, fazendo do sindicato, além de um espaço de luta em defesa dos nossos direitos, um lugar de acolhimento ao docente, ampliando os serviços ofertados e propiciando momentos de convivência e troca entre os professores. Passos nessa direção já foram dados, com a criação do setor de convênios — há creches e escolas com até 20% de desconto —, com a nova assessoria jurídica e com os eventos propiciados pela AdUFRJ. Além disso, temos um jornal semanal com notícias relevantes da UFRJ, do universo sindical, da ciência, da cultura e da educação.
Também vamos continuar apostando em novos instrumentos de luta, como feito na campanha “Conhecimento Sem Cortes”, e na consolidação do Observatório do Conhecimento, que criam novas frentes de atuação na sociedade civil. Afinal, queremos uma AdUFRJ protagonista dos principais debates sobre o ensino superior brasileiro, como temos feito com a nossa atuação em Brasília.
Por tudo isso, a Chapa 1 irá trabalhar incansavelmente pela filiação tanto de jovens docentes, professores adjuntos, quanto das professoras e dos professores associados e titulares."

CHAPA 2 – MUDAR A ADUFRJ PELA BASE

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"Nenhum docente é uma ilha. Somos professoras e professores no plural e no coletivo. Por isso, em meio à ditadura empresarial-militar, uma corajosa geração ousou criar associações de docentes que logo se converteram em espaços de compartilhamentos de vida. As gerações atuais, em outro contexto, vivenciaram experiências duras no governo de extrema direita e, em todo país, sentiram-se acolhidas em suas seções sindicais ao compartilhar espaços comuns (assembleias presenciais fora do período de isolamento, reuniões de unidade etc.) de diálogo, reflexão e de organização das lutas antifascistas e em prol do futuro da educação pública, da ciência e da cultura.
A AdUFRJ que, historicamente, teve lugar destacado na história do movimento docente nacional, nos últimos anos deixou de promover esses espaços comuns de encontros e compartilhamentos ao substituí-los, paulatinamente, pelos espaços virtuais, um processo de fetichização tecnológica tão característico do neoliberalismo. O futuro da universidade e a autonomia/liberdade para exercer a sua atividade dependem da organização coletiva. Neste exato momento, seções sindicais de todo o país estão convocando assembleias gerais para discutirem com os docentes o posicionamento da categoria em relação às mobilizações dos servidores públicos federais, o que não ocorreu na UFRJ. Queremos uma AdUFRJ que lute pela recomposição salarial e condições de trabalho!
São nesses lugares comuns que conhecemos melhor o significado do fim da aposentadoria integral dos novos docentes que tomaram posse após 4/2/2013, que somente possuem a garantia de aposentadoria do teto do INSS, pois foram jogados na incerteza especulativa e custosa do Funpresp, em virtude das contrarreformas da previdência (2003, 2017); a injustiça da perda da paridade entre os ativos e aposentados decorrente da forma de negociação da carreira que resultou na Lei 12.772/2012, responsável pelas imensas perdas no poder aquisitivo dos aposentados.
Jovens docentes são quem mais sofrem com as perdas salariais em uma cidade e estado com condições de vida tão duras quanto o Rio de Janeiro, de modo que a contribuição sindical perde o sentido e passa a pesar no orçamento familiar se não é compreendida como um meio de fortalecimento das lutas por verbas públicas para a educação pública, por melhores condições de trabalho, recomposição salarial e discussões sobre a carreira docente. Vivenciamos um cotidiano de violações aos nossos direitos às progressões, às férias e licenças capacitação, com salas de aula lotadas e precariedade estrutural das unidades. Engendra-se, assim, um cotidiano universitário de práticas a ações que aprofundam o racismo estrutural, o capacitismo e sobrecarregam a prática docente de mulheres mães e demais cuidadores. Não faz sentido uma AdUFRJ que coaduna com ataques às nossas progressões!
Em um contexto de lutas contra o neofascismo e as tentativas de desestabilização de um governo legítimo, é crucial mudar a AdUFRJ para que os novos docentes vejam sentido na sindicalização. Esta é fundamental para a resistência aos sucessivos cortes de verbas para a educação que, por óbvio, não são recuperados por PPPs e amarras das administrações.
A sindicalização é, portanto, uma via de resgate do sentido do trabalho universitário como um fazer que se realiza em um ambiente comunitário de construção de novos horizontes culturais para o país e para a categoria. A baixa sindicalização dos novos docentes é uma mensagem forte: por que estar em uma entidade que não atende aos anseios da categoria? Como resposta a esse problema foi instituída a isenção da contribuição sindical por dois anos para novos sindicalizados, mas há que se enfrentar o problema de fundo, que é a individualização imposta como valor. Um sindicato autônomo e democrático só existe se houver autonomia financeira para fazer a luta com a contribuição voluntária das/os filiadas/os, fortalecendo os valores de solidariedade e de transformação do porvir do país!"

WhatsApp Image 2023 08 18 at 12.33.21 3A Comissão Eleitoral homologou as duas chapas inscritas para a disputa pela diretoria da AdUFRJ. Todos os integrantes cumpriram os requisitos necessários à candidatura, ou seja: são filiados até 15 de maio de 2023, estão em dia com suas contribuições sindicais e não têm cargos de direção ou comissionados. A reunião aconteceu na manhã de terça-feira, dia 15.
A Chapa 1 “Valorização e Inclusão” representa os docentes do campo político de continuidade da atual diretoria. É liderada pelas professoras Mayra Goulart (IFCS), candidata a presidente, e Nedir do Espirito Santo (Matemática), candidata a 1ª vice-presidente. As docentes são as atuais vice-presidente e presidente, respectivamente, da AdUFRJ.
Já a Chapa 2 “Mudar a ADUFRJ pela Base” reúne docentes do campo político de oposição às últimas diretorias da seção sindical. Tem à frente os professores Aline Caldeira (Serviço Social) e Caio Martins (FACC), como candidatos a presidente e 1º vice-presidente.
Há dois debates previstos: um deve acontecer no Fundão e outro na Praia Vermelha. As datas ainda serão acordadas com as chapas. O formato será híbrido para ampliar a participação docente.
A Comissão também definiu 30 de agosto como prazo final para atualização cadastral dos sindicalizados. Essas informações são importantes para o acesso dos docentes à eleição e para que seja possível conhecer quantos conselheiros cada unidade tem direito. A eleição será virtual. Veja na página 5 como acessar e atualizar suas informações de cadastro.
As eleições também definirão a nova composição do Conselho de Representantes do sindicato. Podem se candidatar ao CR professores sindicalizados até 15 de maio. O prazo para a inscrição das listas para o conselho segue aberto até o dia 2 de setembro.

As eleições acontecem nos dias 13 e 14 de setembro.

Conheça, abaixo, as chapas que concorrem à diretoria.

CHAPA 1 – VALORIZAÇÃO & INCLUSÃOWhatsApp Image 2023 08 18 at 12.41.46

1) Qual o principal
desafio da gestão?

As últimas gestões da AdUFRJ têm sido pioneiras na construção de um sindicalismo diferente, que combina luta em defesa dos nossos direitos com a responsabilidade pelo papel social que cumpre a universidade pública. Do ponto de vista da carreira, é fundamental ampliar as lutas, as articulações e o diálogo com diferentes setores da sociedade para que tenhamos as perdas salariais recompostas. No plano sindical, temos de enfrentar um fenômeno que permeia todos os sindicatos brasileiros, que é a queda no número de filiados. Precisamos enfrentar essa questão com criatividade. Fazendo do sindicato um espaço de acolhimento ao docente, ampliando os serviços ofertados e propiciando momentos de convivência e troca entre os docentes. Passos nessa direção já estão sendo dados, com a criação do setor de convênios, com a nova assessoria jurídica e com os eventos oferecidos pela AdUFRJ.

2) Quais serão suas
primeiras ações?

Seremos uma diretoria ativa na defesa dos interesses das professoras e professores, sensível às suas demandas. No plano nacional defendemos a abertura imediata da mesa de negociação setorial para que as especificidades da nossa categoria sejam discutidas, não apenas em termos salariais, mas também em termos de condições de trabalho. Além disso, reivindicamos bolsas de estudo para os alunos e outros recursos para a pesquisa. Defendemos ser necessário um olhar específico para os docentes em início de carreira, que têm salários defasados e contam com maior dificuldade para acessar financiamento para suas pesquisas. Na UFRJ, vamos pressionar e dialogar para que tenhamos progressões e adicionais de insalubridade respeitados. Para isso, o setor jurídico da AdUFRJ foi dinamizado e será ainda mais atuante.

3) Como será a relação da AdUFRJ com a reitoria e com o Andes em sua gestão?
Enxergamos de modo diferente da nossa oposição a relação com a reitoria. Não vemos a universidade como uma fábrica e a reitoria como o patrão. Quem elege os dirigentes da UFRJ somos nós, quem exerce os cargos de direção são colegas nossos. Portanto, não se trata de inimigos a serem combatidos. Isso não significa, por outro lado, adesão. Mas, sim, que o desafio de uma universidade ainda melhor é de todos nós. Para tanto, nossa postura é e será propositiva e de diálogo, lutando por soluções que valorizem a carreira docente, sem abrir mão de nenhum direito. Com o governo federal, nossa postura é semelhante. Apoiamos e fizemos campanha para Lula, por entender que o maior desafio naquelas eleições era derrotar o fascismo. O Governo Lula é uma gestão de frente ampla, sendo necessária a constante pressão em defesa dos nossos direitos. Essa pressão deve ser exercida de forma eficiente e responsável. Infelizmente, a diretoria do Andes pensa exatamente o oposto. Depois de terem descansado nos quatro anos de governo Bolsonaro, sem promover uma articulação sequer contra os ataques promovidos, abrindo mão de atuar nos corredores do Congresso Nacional em defesa dos nossos direitos, agora ensaiam ser oposição ao governo, sem buscar o diálogo, apostando na tática do desgaste. A cada dia fica mais nítido que o que move a diretoria do Sindicato Nacional são seus interesses político-eleitorais e não a defesa da categoria.

 

CHAPA 2 – Mudar a ADUFRJ pela baseWhatsApp Image 2023 08 18 at 12.41.46 1

1) Qual o principal
desafio da gestão?

A chapa “Mudar a ADUFRJ pela base” objetiva restabelecer o protagonismo dos docentes da UFRJ na definição de novos rumos para as universidades públicas brasileiras. O país necessita das vozes e da razão crítica de nossos docentes em um contexto de reconstrução da democracia e de elaboração do novo Plano Nacional de Educação com recursos públicos para a educação pública. É importante a valorização da carreira e, para isso, necessitamos de melhorias salariais e seguir lutando pela paridade entre os ativos e os aposentados e entre os docentes que se aposentarão pelo regime próprio e os jogados na incerteza do Funpresp. Uma seção sindical que assuma tais compromissos, a partir da participação democrática, será capaz de alcançar tais objetivos, para enfrentarmos os desafios do neofascismo que persiste na sociedade e fortalecer saídas à austeridade neoliberal que pode criar um ambiente favorável a extrema-direita e degradar a educação pública e as áreas de ciência, cultura e tecnologia.

2) Quais serão suas
primeiras ações?

Restabelecer os espaços de participação democrática real da categoria: reuniões em todas as Unidades/Centros, construir uma agenda do Conselho de Representantes e de assembleias. Temos muito a discutir! A AdUFRJ-SSind tem um papel fundamental na proteção do trabalho docente e de interesse público, sem resvalar para soluções individuais, baseadas em empreendedorismo acadêmico.
A luta coletiva construída pela base é que vai nos proteger e nos amparar contra todas as formas de precarização, inclusive a desvalorização salarial. É este o sentido das lutas por mais verbas para educação e C&T, por infraestrutura de trabalho adequada, por salários, por um plano de carreira e aposentadoria mais justos e na defesa da democracia.

3) Como será a relação da AdUFRJ com a reitoria e com o Andes em sua gestão?
A AdUFRJ é uma seção sindical do Andes-SN, que é o nosso sindicato nacional e é o mais importante sindicato de docentes do ensino superior da América Latina. Ao longo de mais de 40 anos vem contribuindo com a defesa da educação e universidades públicas brasileiras. O Andes-SN construiu uma história democrática, em que as seções sindicais constroem a política ativamente. É essa trajetória de congressos pela base que permite uma oxigenação no sindicato e tem assegurado conquistas estruturantes para a categoria. Esse aprendizado democrático, de ouvir as bases, de fazer assembleias para discutir política com os sindicalizados é o que se espera de uma seção sindical, que deve contribuir com a tomada de decisões do Andes-SN. É uma perigosa ilusão trabalhar no sentido de tornar a seção sindical uma voz isolada e desconexa, pois somos parte de uma rede federal que possui problemas comuns, juntos somos mais! Reitorias e sindicatos possuem naturezas diferentes. Indiferenciá-las é negativo para ambos. Acreditamos na importância de uma política autônoma da reitoria, para que possamos combater as barreiras para promoções e progressões, exigindo a revogação das Resoluções aprovadas pelo Consuni que retiram direitos dos docentes. Um triste exemplo é o que ocorreu na UFRJ em relação à progressão, cuja norma interna é mais restritiva do que a da gestão bolsonarista, com o parecer de um integrante da atual gestão da AdUFRJ sob o argumento de “proteção da reitora”. A AdUFRJ precisa mudar!

 

ELEIÇÃO SERÁ VIRTUAL

WhatsApp Image 2023 08 18 at 12.35.13 Conforme aprovado na assembleia realizada dia 28 de junho, a escolha da diretoria e Conselho de Representantes da AdUFRJ biênio 2023-2025 será decidida por voto remoto via sistema Helios.

Para participar da eleição virtual da AdUFRJ, é essencial que os sindicalizados estejam com seus dados atualizados no cadastro do sindicato. Fique atento: o sistema Helios Voting reconhece apenas o Gmail ou um e-mail institucional.

É muito importante que o docente atualize sua unidade. Dessa forma, terá acesso à cédula correta para o Conselho de Representantes.

ENTRE EM:
https://filiados.adufrj.org.br/

No primeiro acesso, o professor deverá clicar em “esqueci minha senha”
e informar o e-mail pelo qual recebe as informações da AdUFRJ.

Ele vai receber um link para definir a senha. A partir daí, é só atualizar os dados pessoais e profissionais.
Caso receba a mensagem “e-mail não encontrado”, o professor deverá entrar em contato com a
secretaria pelo número de whatsapp (21) 99365-4514.

 

"Pelo fim da lista tríplice. Nomear um reitor que não foi escolhido pela comunidade acadêmica não fere apenas a autonomia universitária em seus preceitos constitucionais", afirmou a vice-presidente da AdUFRJ, professora Mayra Goulart, em audiência realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (23). "É um arbítrio que abre flancos para toda sorte de intervenções, que vão muito além da escolha de um dirigente e alcançam a delicada e essencial produção livre de conhecimento e saberes". A reunião, que discute a autonomia universitária na escolha de reitores, integra a jornada de mobilização em defesa das universidades públicas organizada pelo Observatório do Conhecimento. A rede de associações e sindicatos docentes é hoje coordenada pela AdUFRJ.

Mais cedo, outra audiência também na Câmara debateu o papel das universidades e dos institutos federais na reconstrução do país. Na ocasião, a secretária de Educação Superior do MEC, professora Denise Pires de Carvalho — e ex-reitora da UFRJ —, apresentou os principais objetivos do MEC para combater as desigualdades do Brasil: ampliar o número de vagas e matrículas nas universidades, diminuir a evasão e a retenção, adequar e melhorar a qualidade da infraestrutura das instituições públicas. "São muitos os nossos desafios, mas estamos aqui com muita vontade de atender às demandas da sociedade", afirmou Denise.

Na abertura dos trabalhos, a deputada federal Ana Pimentel (PT-MG), que conduziu a reunião, agradeceu publicamente ao trabalho realizado pelo Observatório do Conhecimento, rede de associações e sindicatos docentes hoje coordenada pela AdUFRJ. "O Observatório tem feito, ao longo dos últimos quatro anos, um trabalho muito significativo de dados, de articulação e que, inclusive, culmina nesta audiência", afirmou. 

Assista aqui às duas audiências desta quarta-feira: 

 

WhatsApp Image 2023 08 18 at 12.33.21Por Kelvin Melo e Silvana Sá

O Ministério da Saúde confirmou, nesta sexta-feira (18), o primeiro caso brasileiro da recém-descoberta variante EG.5 da covid. A notícia foi divulgada apenas dois dias após a UFRJ lançar uma nota recomendando o uso da máscara em locais fechados ou em espaços de aglomeração – e ser atacada nas redes sociais pelo posicionamento cauteloso. O documento do Núcleo de Enfrentamento e Estudos em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier) da universidade também reforça a importância da vacinação e da higienização frequente das mãos.
“Não há nenhuma determinação de suspensão de aulas presenciais. Queria deixar isso bem claro”, enfatiza o reitor Roberto Medronho, epidemiologista e ex-coordenador do grupo de combate à covid da instituição. “Vacinem-se. Vacinem-se. Vacinem-se. Ao estar em locais fechados, com pouca ventilação, a recomendação de máscara se torna mais presente. Ou em grandes aglomerações. Não há motivo algum para pânico. A vacina salvou vidas, a vacina está nos tirando da pandemia e a vacina é o que está fazendo com que os casos ocorram sem um aumento de óbitos e internações”, reforça.
A recomendação da universidade, que rendeu polêmica na web e críticas de muitos palpiteiros de plantão, tem respaldo no aumento moderado e progressivo de casos positivos diagnosticados no Centro de Triagem Diagnóstica (CTD) do Needier. Entre 17 de maio e 16 de junho, houve quatro casos positivos entre 110 testados (4%); de 17 de junho a 16 de julho, foram cinco positivos em 72 (7%); de 17 de julho a 16 de agosto, 11 positivos em 86 pessoas (13%).
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) detectou 1,5 milhão de novos casos em todo o planeta no último mês. O próprio reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho, foi diagnosticado com covid no sábado (12) e, no domingo (13), o professor emérito José Murilo de Carvalho faleceu em função da doença.WhatsApp Image 2023 08 18 at 12.47.22 1
Os números da OMS e do CTD podem ser só a “ponta do iceberg”. Coordenadora do Needier, a professora Terezinha Castiñeiras afirma que a procura pela testagem no CTD – e de outros centros de referência – diminuiu muito nos últimos meses, o que explica o menor número absoluto de casos testados. “Contudo, a proporção de casos positivos entre os testados deixa perceptível o aumento progressivo da incidência de casos”, diz.
A docente elenca duas razões que contribuem para o quadro de poucas testagens: menor preocupação com a covid (as pessoas acreditam que o problema acabou); e maior utilização de autoteste, de menor acurácia. “Disto resulta que podemos estar subestimando o crescimento de casos”, alerta Terezinha.
A nota da universidade orienta, ainda, a testagem em caso de sintomas respiratórios ou contato próximo com alguém com covid-19. Ela pode ser feita no CTD, das 8h às 15h, na Av. Carlos
Chagas Filho, 791, quadra F, na Cidade Universitária. O Núcleo disponibiliza o WhatsApp (21) 97380-2702 para dúvidas. Não é necessário agendamento.
A recomendação inicial da UFRJ diverge, em parte, da nota lançada pela Sociedade Brasileira de Infectologia, instituição presidida pelo professor Alberto Chebabo, da Faculdade de Medicina. O documento, publicado na quinta-feira (17), também orienta o uso de máscaras em ambientes fechados, mas apenas para os grupos de risco sob a alegação de que o cenário epidemiológico não teve alteração no Brasil. A Sociedade também apela às autoridades para que aumentem a testagem e a vigilância genômica dos casos positivos.

NEM TODO MUNDO GOSTOU
A primeira reação contrária à nota da UFRJ partiu do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Em seu twitter, o político declarou que a “Prefeitura é contrária a essa medida”. E ainda criticou uma possível volta ao ensino remoto. “Esperamos que não inventem ensino a distância”.
O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, também reagiu. “Não há neste momento nenhuma alteração no cenário epidemiológico que justifique o uso indiscriminado de máscara”, comentou. “A recomendação é que todos os maiores de 12 anos realizem a dose de reforço para covid com a vacina bivalente”.
Ex-reitora da UFRJ e atual secretária de Ensino Superior do MEC, a professora Denise Pires de Carvalho saiu em defesa da universidade. “É apenas recomendação em ambientes fechados como salas de aula. Nada de suspensão do ensino presencial”, garantiu.
A confusão levou a UFRJ a emitir nova nota neste 18 de agosto. O documento afasta – neste primeiro momento – a possibilidade de volta ao ensino remoto e sublinha a adoção de medidas protetivas “principalmente para populações vulneráveis às formas mais graves de covid-19”.
Os dois documentos foram autorizados pelo reitor Roberto Medronho. Ele explica que ainda não é possível saber se os casos testados na UFRJ estão relacionados à nova variante. “O resultado do sequenciamento do genoma deverá ser conhecido em breve”, explica o dirigente, que é epidemiologista de formação.

OMS EMITIU ALERTA
As notas da universidade e da Sociedade Brasileira de Infectologia respondem ao comunicado da Organização Mundial de Saúde. No dia 9, a agência emitiu alerta sobre uma nova subvariante da cepa Ômicron. Chamada de EG.5, ela é considerada como variante de interesse e já havia sido identificada em 51 países até aquele momento. De acordo com a OMS, essas mutações aumentam a capacidade de transmissão e de escape das atuais vacinas, mas não representam risco para aumento de óbitos.
Manter a vacinação em dia, testar casos suspeitos, usar máscaras em ambiente fechado – sobretudo os que fazem parte do grupo de risco – todo mundo concorda que ainda é o melhor caminho para combater a pandemia.

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