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I Congresso da Jeduca, em São Paulo, no fim de junho, atraiu mais de 400 participantes entre profissionais e estudantes de Comunicação Ampliar e qualificar a cobertura da imprensa na área educacional. Estes são os objetivos da Jeduca, associação criada por jornalistas há um ano. “Em um país que necessita tanto falar de Educação, também é necessário ter jornalistas preparados para cuidar do tema”, afirma Antônio Gois, colunista de O Globo e presidente da jovem entidade Gois cita um estudo da USP realizado entre jornalistas que são especializados em Educação: 99% não haviam recebido formação própria para trabalhar na área. Para diminuir este índice, a associação tem promovido seminários virtuais e videoconferências. E, nos últimos dias 28 e 29 de junho, a Jeduca realizou seu primeiro Congresso, em São Paulo. Para investir na qualificação profissional de sua equipe de Comunicação, a Adufrj custeou a participação do repórter no evento. O congresso, que atraiu mais de 400 pessoas entre jornalistas e estudantes de comunicação, ofereceu palestras, cursos e oficinas com representantes de instituições que atuam na Educação. Como prova de prestígio do encontro, basta dizer que a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Maria Inês Fini, deu uma das palestras e concedeu entrevista coletiva aos participantes. Foi no congresso da Jeduca que a diretora do INEP anunciou a criação de um sistema nacional de avaliação da educação infantil para 2019. Mas, para os organizadores, isso é só o começo. “Estamos na infância. Na luta por uma creche de qualidade”, brinca Antônio Gois. Hoje, a Jeduca conta com quase 600 associados, de mais de 80 cidades.  

Assassinato do aluno na ilha do Fundão continua sem esclarecimento. Enquanto isso, moradores ainda enfrentam rotina de insegurança Um ano depois, o assassinato do estudante Diego Vieira Machado na ilha do Fundão continua sem esclarecimento. O paraense, estudante de Arquitetura, foi encontrado morto, com marcas de luta, às margens da Baía de Guanabara, em 2 de julho de 2016. Em nota, a reitoria afirmou pressionar as autoridades policiais por uma solução do caso e para melhorar a segurança da universidade. Mas, para os alunos, especialmente os que moram no alojamento, onde residia Diego, o sentimento de medo continua intenso. Sâmela Donza estuda Gestão Pública e dá um exemplo do pavor local. Um dia, depois de jantar no bandejão central, ficou conversando com um amigo, enquanto seu celular descarregou. Quando voltou um pouco mais tarde, todos os colegas estavam nervosos, achando que tinha sido assaltada ou sequestrada. Para ela, a falta de solução para o crime de Diego é reflexo do “descaso” das autoridades. “Um estudante negro, LGBT, saiu do Norte do país e não foi bem acolhido na UFRJ”, disse. Ricardo de Souza, do mesmo curso, reforça a necessidade de mais segurança para os moradores do alojamento. A assessoria da UFRJ respondeu à reportagem que ofereceu apoio ao Instituto Médico Legal para as análises de necropsia do caso. “Entretanto, a Secretaria de Estado de Segurança do Rio pediu a compra de insumos acima das possibilidades da universidade”. A Polícia Civil não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento desta edição. Gabriela Machado, estudante de Serviço Social, tem um motivo a mais para ficar preocupada: ela é mãe da pequena Dandara, de apenas um ano e quatro meses. “Eu não me sinto segura para brincar com ela numa área verde aqui nos fundos do alojamento. Nem para pegar uma bicicleta com cadeirinha e circular com ela pelo Fundão”, afirmou. Segundo ela, não existe um patrulhamento ostensivo da polícia. Nos finais de semana e nos períodos de recesso acadêmico, a situação fica ainda pior, com o esvaziamento da universidade. Gabriela, que conheceu Diego, fica indignada com a falta de solução para o crime do colega. “Meu papel aqui deveria ser o de estudar, mas a gente precisa lutar por estas pautas”, critica. Bruno Henrique, 22, cursa o 3º período de História. Para ele, a insegurança do alojamento é ampliada pelo “isolamento” do prédio. Ele, que já foi assaltado na passarela que atravessa a Linha Vermelha, diz que o policiamento só se tornou ostensivo na região depois da morte de Diego: “Mas não durou muito”. Carlos Assis, 24, de Relações Internacionais, diz nunca ter sofrido nenhuma violência, mas evita andar à noite pela região próxima ao alojamento. Ele sabe que a universidade não tem dinheiro para fazer grandes investimentos em segurança, mas defende medidas simples para melhorar a vida dos alunos que moram no campus. “Por conta da obra num desvio, agora mais ônibus estão passando em frente ao alojamento. Por que não deixam assim para sempre?”, questiona. Ele também reivindica a instalação de uma base de segurança permanente onde estacionam os ônibus internos (perto da BioRio). Sobre a situação da comunidade acadêmica, a reitoria disse ter feito três encontros com a Secretaria de Segurança: “A Cidade Universitária tem uma das menores manchas criminais do Rio. A Prefeitura da UFRJ vem dando prosseguimento às políticas de segurança internas, focadas no monitoramento e prevenção. Paralelamente, tem reivindicado por meio de reuniões com as autoridades competentes o policiamento ostensivo nas diversas unidades da UFRJ”.  

Ato no Rio teve passeata da Candelária à Central do Brasil. À tarde, a Adufrj exibiu filme Diretas Já, o grito das ruas, no IFCS. A segunda Greve Geral, convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, na sexta-feira 30, teve menos adesão do que a manifestação de 28 de abril. Mesmo assim, milhares ocuparam grande parte da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. E depois seguiram em passeata até a Central do Brasil, onde a atividade foi encerrada, perto das 20h, até então sem conflito com a polícia. “Gostaria que estivesse mais cheio, mas ainda foi contundente”, avaliou o professor Lauro de Melo, da Engenharia de Alimentos da UFRJ. “Não dá para saber o quanto as manifestações vão influenciar nas reformas que estão sendo propostas, mas não vamos tomar um ‘banho’, como no caso da PEC do corte de gastos. Temos mais chances”, justificou. Muitos professores da UFRJ marcaram presença no ato. Parte da comunidade da UFRJ se concentrou mais cedo no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Largo de São Francisco, enquanto outros se dirigiram direto à Candelária. “O IFCS é um espaço de referência de defesa de direitos e da democracia”, observou Fernando Santoro, da Adufrj. A Seção Sindical exibiu o documentário “Diretas Já, o grito das ruas” durante o Esquenta da UFRJ. O filme é uma produção da TV Senado e marcou os 30 anos do movimento no Brasil. Com a camiseta da campanha pela volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Assis Gonçalves, funcionário do Museu de Astronomia, falou seus motivos para estar na manifestação: “Quando o Ministério foi fundido, houve desmonte da sua estrutura. E, na prática, um rebaixamento dos órgãos de fomento. O fim desse governo é a única chance de isso ser revertido”. É preciso envolver as pessoas Desde a concentração, às 15h, havia um clima de tensão em relação à repressão policial. “Parece que quanto mais ilegítimo, mas violento é o governo”, observou Pablo Benetti, docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Para ele, “está claro que o governo tem prazo de validade”, no entanto, “também há muita blindagem política”. “A própria ideia das diretas é correta, mas depende de muita mobilização popular. Para isso, as manifestações precisam crescer”, destacou. Na avaliação de Tatiana Roque, presidente da Adufrj, as manifestações ganham especial importância com a fragilidade do governo. No entanto, a Greve Geral “ainda não alcançou setores fundamentais, como o transporte”.  Outra crítica da docente foi quanto ao formato dos atos das centrais. Ela fez um paralelo com as passeatas de massa de 2013: “Junho nos mostrou que não existe separação entre os meios e os fins”, disse. “As pessoas não se mobilizam só por causas, é preciso afeto”, completou. Muitas falas no carro de som fizeram referência à “unidade” e à necessidade de expansão da mobilização. Pelo Andes-SN, Claudio Ribeiro, defendeu o crescimento da paralisação para 48 horas: “Só a população nas ruas será capaz de derrubar esse governo”. A liderança do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Marcelo Durão, deu ênfase ao “trabalho de base”.  “Hoje as principais rodovias do país foram paradas contra o golpe e por direitos. E o MST estava lá porque é tempo de retomar o trabalho de base, parar e barrar essas reformas”. O tema da corrupção do governo Temer também apareceu. Dirigentes sindicais, como Sidney Castro (Sindsprev/RJ) criticaram duramente a liberação do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. O ex-assessor de Temer foi flagrado recebendo R$ 500 mil que, de acordo com delação da JBS, era de propina. Carlos Frederico Leão Rocha, vice-presidente da Adufrj, comentou a crise: "Não é aceitável que o ajuste seja feito sobre os trabalhadores. Não é aceitável que esteja acontecendo a manutenção de um projeto dominado pela corrupção. Não é aceitável o rompimento do contrato que está acontecendo na presidência". A segunda Greve Geral, convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, na sexta-feira 30, teve menos adesão do que a manifestação de 28 de abril. Mesmo assim, milhares ocuparam grande parte da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. E depois seguiram em passeata até a Central do Brasil, onde a atividade foi encerrada, perto das 20h, até então sem conflito com a polícia. “Gostaria que estivesse mais cheio, mas ainda foi contundente”, avaliou o professor Lauro de Melo, da Engenharia de Alimentos da UFRJ. “Não dá para saber o quanto as manifestações vão influenciar nas reformas que estão sendo propostas, mas não vamos tomar um ‘banho’, como no caso da PEC do corte de gastos. Temos mais chances”, justificou. Muitos professores da UFRJ marcaram presença no ato. Parte da comunidade da UFRJ se concentrou mais cedo no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), no Largo de São Francisco, enquanto outros se dirigiram direto à Candelária. “O IFCS é um espaço de referência de defesa de direitos e da democracia”, observou Fernando Santoro, da Adufrj. A Seção Sindical exibiu o documentário “Diretas Já, o grito das ruas” durante o Esquenta da UFRJ. O filme é uma produção da TV Senado e marcou os 30 anos do movimento no Brasil. Com a camiseta da campanha pela volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Assis Gonçalves, funcionário do Museu de Astronomia, falou seus motivos para estar na manifestação: “Quando o Ministério foi fundido, houve desmonte da sua estrutura. E, na prática, um rebaixamento dos órgãos de fomento. O fim desse governo é a única chance de isso ser revertido”. É preciso envolver as pessoas Desde a concentração, às 15h, havia um clima de tensão em relação à repressão policial. “Parece que quanto mais ilegítimo, mas violento é o governo”, observou Pablo Benetti, docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Para ele, “está claro que o governo tem prazo de validade”, no entanto, “também há muita blindagem política”. “A própria ideia das diretas é correta, mas depende de muita mobilização popular. Para isso, as manifestações precisam crescer”, destacou. Na avaliação de Tatiana Roque, presidente da Adufrj, as manifestações ganham especial importância com a fragilidade do governo. No entanto, a Greve Geral “ainda não alcançou setores fundamentais, como o transporte”.  Outra crítica da docente foi quanto ao formato dos atos das centrais. Ela fez um paralelo com as passeatas de massa de 2013: “Junho nos mostrou que não existe separação entre os meios e os fins”, disse. “As pessoas não se mobilizam só por causas, é preciso afeto”, completou. Muitas falas no carro de som fizeram referência à “unidade” e à necessidade de expansão da mobilização. Pelo Andes-SN, Claudio Ribeiro, defendeu o crescimento da paralisação para 48 horas: “Só a população nas ruas será capaz de derrubar esse governo”. A liderança do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Marcelo Durão, deu ênfase ao “trabalho de base”.  “Hoje as principais rodovias do país foram paradas contra o golpe e por direitos. E o MST estava lá porque é tempo de retomar o trabalho de base, parar e barrar essas reformas”. O tema da corrupção do governo Temer também apareceu. Dirigentes sindicais, como Sidney Castro (Sindsprev/RJ) criticaram duramente a liberação do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. O ex-assessor de Temer foi flagrado recebendo R$ 500 mil que, de acordo com delação da JBS, era de propina. Carlos Frederico Leão Rocha, vice-presidente da Adufrj, comentou a crise: "Não é aceitável que o ajuste seja feito sobre os trabalhadores. Não é aceitável que esteja acontecendo a manutenção de um projeto dominado pela corrupção. Não é aceitável o rompimento do contrato que está acontecendo na presidência".

Beatriz Resende, da Faculdade de Letras, é uma das convidadas da 15ª edição da Feira Literária de Paraty. O evento será entre 26 e 30 de julho Beatriz Resende, da Faculdade de Letras da UFRJ, é uma das convidadas da 15ª edição da Feira Literária de Paraty. Não por acaso. Há quase 40 anos, a professora estuda Lima Barreto (1881-1922), nome homenageado na Flip 2017. Poeta negro e suburbano, o célebre autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma quebrou barreiras na literatura com uma obra de forte cunho social. “Por um lado, vem atrasada (a deferência), mas por outro vem num momento muito bom. É necessária, não só pela homenagem a ele, mas pela questão das minorias, especialmente negra”, diz Beatriz. [caption id="attachment_7843" align="alignright" width="300"] Para a professora Beatriz Resende, homenagem a Lima Barreto vem num momento oportuno - Foto: Isabella de Oliveira[/caption] A professora participará de duas mesas da Flip, que será realizada entre 26 e 30 de julho. Na primeira, intitulada “Arqueologia de um autor”, Beatriz estará com os também docentes Edimilson de Almeida Pereira (da Universidade Federal de Juiz de Fora) e Felipe Botelho Corrêa (King’s College, de Londres): “Vamos discutir o porquê de Lima Barreto ter demorado a fazer parte do cânone da literatura brasileira” — o escritor se desentendeu com figuras célebres da época e fazia críticas ao movimento modernista, despontando na época. Na segunda, chamada “Subúrbio”, com a participação do historiador Luiz Antonio Simas, a professora pretende falar do olhar de Lima Barreto sobre o Rio de Janeiro. Beatriz adianta que lançará na Flip algumas novas publicações sobre o autor, como o e-book “Sobre Lima Barreto”, além do livro “Impressões de leitura e outros textos críticos”. Mais diversidade Depois de criticada em 2016 pela falta de diversidade entre os palestrantes, a organização da Flip garante na agenda uma participação de 30% de autoras e autores negros. Para Beatriz Resende, a feira cumpre um papel fundamental: “A Flip é um evento decisivo no mundo editorial. Tem muita visibilidade e pauta jornais. Este ano, com questões como o racismo”, explica.

Os professores da UFRJ resolveram aderir à greve geral e vão parar na sexta-feira, 30 de junho. grevegeral-30jun site Os professores da UFRJ resolveram aderir à greve geral e vão parar na sexta-feira, 30 de junho. O esquenta da universidade, como de costume, acontecerá no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, a partir das 15h, com exibição do documentário Diretas já, o grito das ruas, produzido pela TV Senado. Do Largo de São Francisco, docentes, estudantes e técnicos seguirão em direção à Candelária. Os protestos previstos para todo o país são contrários às reformas Trabalhista e da Previdência e pedem a saída do presidente Michel Temer, denunciado por corrupção pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Eblin Farage, presidente do Andes, considera que a pressão exercida pelos movimentos sociais é fundamental para o enfraquecimento do governo. “As atividades realizadas desde o fim do ano passado vêm surtindo resultado, inclusive deslocando alguns deputados da base do governo a votarem contra as reformas”, afirmou. Pela CUT Nacional, seu presidente Vagner Freitas defende a greve. “Fazer pressão no Senado, na Câmara, ajuda, mas o que derruba mesmo são as ruas. Neste sentido, a greve é importantíssima”. Ele afirmou que a Central continuará em plena mobilização junto com as frentes Brasil Popular e Povo sem medo, mesmo durante o recesso do Congresso Nacional. A instabilidade política do país ajuda a postergar as reformas.

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