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Pesquisa da Fiocruz usa bactéria para evitar transmissão da doença Reduzir a incidência das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti de forma natural, segura e autossustentável. Essa é a proposta de um projeto da Fiocruz que deve ser implantado em outubro, na Cidade Universitária. A pesquisa consiste em introduzir num determinado local uma população de mosquitos com a bactéria “Wolbachia”. Ela evita que os vírus da dengue, da zika e da chikungunya sejam passados aos seres humanos durante a picada. Gabriel Silveira, gerente operacional do projeto e pesquisador da Fiocruz, explica que a bactéria é uma alternativa mais concreta para o controle das doenças. “Há 40 anos, tentamos eliminar o mosquito, mas sua incidência é uma coisa absurda, imensurável. A Wolbachia entrou como uma chance de continuarmos a conviver com o mosquito, só que não sendo mais capaz de transmitir doenças”, diz. O estudo já foi iniciado em Jurujuba, Niterói, e em Tubiacanga, no Rio de Janeiro. Gabriel informa que a UFRJ foi escolhida “pela importância para a sociedade e pela proximidade com Niterói”. “Teríamos uma continuidade espacial do projeto”, afirmou, em apresentação à comunidade acadêmica realizada dia 17, no Centro de Ciências da Saúde. A partir dos surtos de zika, no ano passado, a pesquisa é considerada “estratégica” pela Fiocruz, e passou a contar com apoio do governo federal e de prefeituras. Gabriel pontuou outros diferenciais da iniciativa. “É uma inovação. Pela primeira vez, usa-se o próprio mosquito no combate às doenças. E, ao contrário de outros projetos, não há modificação genética”, explica.

Suzana Borschiver, da Escola de Química, teve nome vinculado a racismo em denúncia sem fundamento movida por aluna, em 2012 Acusada de racismo por uma ex-aluna em 2012, a professora Suzana Borschiver, da Escola de Química, acaba de receber uma grande notícia: o juiz Mário Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível, considerou que a denúncia se baseou em um “argumento falso”. Ele decidiu, no início de agosto, que a docente deve ser indenizada pelos danos morais sofridos à época. A ré, Andreia Silva de Souto, foi penalizada em R$ 15 mil, além dos custos jurídicos do processo. Cabe recurso. “Há grande indício de que, por conta da ré não ter seus interesses atendidos, nem corresponder o seu empenho ao esperado pela autora, ficou mais fácil para a ré simplesmente tentar inverter os valores, aproveitando-se de eventual condição social ou cor de pele, para impingir acusação infundada contra a demandante”, diz trecho da decisão. “Assim como é repugnante qualquer tipo de discriminação sob qualquer argumento (social, de cor, de credo), é igualmente repugnante, se valendo de um argumento falso, utilizar-se de uma determinada condição para criar constrangimentos”, completa outra parte. No final de 2012, a estudante registrou queixas nas Ouvidorias da UFRJ e Nacional de Igualdade Racial, relatando ter sido vítima de humilhação e injúria racial. O caso repercutiu na mídia. E motivou a ação da docente contra a aluna. “A questão financeira é a que menos me preocupa. Quero uma reparação moral”, afirmou Suzana Borschiver. “Você vê seu nome no jornal e, do dia para noite, a carreira que você construiu com dignidade e cuidado é jogada na lama”, lamentou. Sobre a lesão à imagem da docente, a sentença sustenta que “farta prova documental dá conta que a ré fez notícia/queixa-crime por conta de supostas ofensas, inclusive com cunho racista, sem prejuízo de ter dado larga notoriedade a isso, o que ocasionou notícias na mídia com a exposição do nome da autora”. Suzana falou sobre o dia em que a notícia explodiu na mídia: “Passei a manhã respondendo a jornalistas. Mas, ao longo do dia, foram perdendo o interesse no assunto. Um deles chegou a dizer, à tarde, que já tinham apurado que Andreia estava preocupada apenas de ter de ressarcir a bolsa que recebeu e por isso estava tentando inverter os fatos. Perguntei o que eu faria com meu nome que tinha sido jogado no lixo. E ele só pediu desculpas e desligou”. A pior parte para a docente, contudo foi entrar em sala de aula depois do caso e ver os alunos “com os olhos arregalados”. “Minha vida não parou, mas, a cada lugar que ia, passei a ter que me explicar”, relatou. “Foi muito constrangedor e desgastante”, descreveu. “Sempre que falo sobre isso ainda me emociono”. Escrita pela própria professora, a defesa virou “uma verdadeira tese”. “Por meses, cuidei disso pessoalmente, anexando cada documento, cada e-mail trocado”. O caso A pós-graduanda Andreia Silva de Souto foi indicada por Suzana para realizar parte do doutorado no exterior. Segundo a docente, a Universidade do Porto, local onde trabalhou um ano antes, custeou a bolsa e moradia para a estudante durante um ano, com recursos do projeto Euro-Brazilian Windows. Mas, ainda de acordo com a professora, a inadimplência nas aulas e em outras obrigações acadêmicas e viagens não autorizados pela Europa teriam levado a instituição portuguesa a suspender a bolsa durante um mês. Em depoimento nas redes sociais, a coordenadora do programa de pós à época, professora Lidia Yokoyama, confirma a suspensão da bolsa por um mês, como medida disciplinar, pela Universidade do Porto. Durante o restante do período em Portugal, a aluna teria recebido a bolsa normalmente, em euros. De volta ao Brasil, a estudante solicitou o trancamento de matrícula em vez de realizar o exame de qualificação, conforme o combinado. O pedido, porém, foi negado por insuficiência de rendimento da aluna. Segundo o acordo da mobilidade acadêmica, a aluna teria que terminar o doutorado, caso contrário teria que devolver a bolsa na sua totalidade. A denúncia contra a professora nos veículos de comunicação ocorreu alguns meses depois. Apoio dos colegas e alunos “É claro que a discriminação deve ser sempre combatida. Mas a gente que acompanhou essa situação sabe que não era o caso. A estudante não tinha a menor condição acadêmica”, contou Maria Antonieta Gimenes Couto, também docente da Escola de Química. “Até mesmo quando Andreia chegou a alegar depressão para justificar as faltas, apresentou um atestado ginecológico que nada tinha a ver”. “Comecei a pesquisar com a Suzana na graduação. E segui com ela na pós. Conheço toda a família dela e sempre contei com a ajuda dela no meu desenvolvimento profissional. E, quando ouvi essa história, achei absurda”, declarou Karoline Coelho, uma das orientandas da docente. “Sendo negra, digo que não é correto se valer da luta contra o racismo para justificar um erro que é seu”. Com a notícia da sentença favorável já repercutindo na internet, a professora Suzana diz se sentir “abençoada” com os comentários de alunos, ex-alunos e colegas confirmando que a “justiça foi feita”.

Painel eletrônico que mede o corte de gastos em educação, ciência e tecnologia foi instalado, dia 9, à vista dos parlamentares. Mídia local deu ampla divulgação à inauguração do equipamento A inauguração do Tesourômetro de Brasília, no dia 9, gerou grande repercussão na imprensa local. O medidor dos cortes nos orçamentos da educação, ciência e tecnologia federais foi instalado no Plano Piloto, no caminho dos parlamentares entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e o Congresso Nacional. A cada minuto, são R$ 8 mil a menos nas áreas. Desde 2015, R$ 11,7 bilhões deixaram de ser investidos. Carlos Frederico Rocha, vice-presidente da Adufrj, afirmou que a instalação do Tesourômetro no Distrito Federal é mais uma forma de sensibilizar os parlamentares quanto à necessidade urgente de mais investimentos para educação, ciência e tecnologia. “A Lei Orçamentária Anual está para ser votada e o Tesourômetro ajuda, também, a pressionar deputados e senadores para ampliar os recursos”, disse. O medidor faz parte da Campanha Conhecimento sem Cortes, organizada pela Adufrj, em parceria com sindicatos de universidades e com instituições nacionais de pesquisa e ensino, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Academia Brasileira de Ciências e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos. No site www.conhecimentosemcortes.org.br, você pode acompanhar em tempo real as tesouradas no orçamento e assinar a petição que será entregue no Congresso Nacional entre setembro e outubro. Até o momento, mais de 74 mil pessoas subscreveram o documento. Veja a repercussão na imprensa: G1 Brasília https://goo.gl/gdkEww R7 Notícias http://noticias.r7.com/distrito-federal/jornal-de-brasilia/setor-publico-e-privado-07082017 Sintfub https://goo.gl/nkYkrq Jornal de Brasília https://goo.gl/8B13fN Correio Braziliense/ Eu Estudante https://goo.gl/ABTLYn Rede Brasil Atual https://goo.gl/MEj7Wu Blog do Servidor https://goo.gl/DvenfE Eu-Estudante https://goo.gl/NgA6Gh Tele.Síntese https://goo.gl/yBTFrh Brasil de Fato https://goo.gl/Nd2Nkn

As pesquisas que revelaram ao mundo o Cais do Valongo, na zona portuária do Rio, foram realizadas por um grupo de arqueólogos da universidade. “Uma pesquisa da UFRJ, com a chancela da instituição”, enfatiza a professora Tânia de Andrade Lima, do Museu Nacional, que liderou a equipe nas escavações. Como se sabe, essa porta de entrada de africanos para a escravidão no Brasil foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em julho. O Cais do Valongo é o tema do vídeo da série UFRJ é 100, no ar nas redes sociais. O programa produzido pela Adufrj mostra a excelência da universidade em diversas áreas do conhecimento. A professora Gláucia Seni, arqueóloga da equipe de Tânia Andrade, diz que a descoberta do Cais do Valongo teve significado especial para os estudos da arqueologia da diáspora africana. “Foram mais de duas mil contas de colares encontrados”, destaca. Mãe Celina, presidente do Centro Cultural Pequena África, convocada pela equipe da UFRJ para auxiliar na identificação das peças encontradas, se emociona. “Vivo um grande encontro como mulher negra e ativista cultural na região”.

Fotos: Divulgação
O campo da Educação Física na Praia Vermelha recebe amanhã (12), a partir das 17h, o espetáculo “Diversos são Quixote”. É a mais nova obra do projeto de extensão Dança para todos, que congrega alunos, pacientes de saúde mental e pessoas com deficiências. A trupe de 20 participantes usa a obra clássica de Miguel de Cervantes como fio condutor para discutir questões da atualidade que mexem com o grupo. “É uma releitura”, explica a diretora da peça e professora da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ, Marta Bonimond.  “Usamos notícias de jornal, entre outros materiais sobre a realidade atual”. O tema da inclusão a partir da universidade tem destaque. “O ápice do espetáculo é a passagem do duelo com os moinhos de vento, representados pelos bailarinos. Dom Quixote grita: ‘Temos que derrubar os muros que separam a universidade da sociedade’”, conta Marta. “Representa tudo em que acreditamos, que a UFRJ não deve ser excludente”. A docente avalia que o sucesso do grupo está exatamente na superação das barreiras. “As pessoas dizem que nosso trabalho é inclusivo. Mas a verdade é que apenas não excluímos ninguém”, brinca Marta. Ela defende que “a dança é para todos, inclusive para quem não pode ver ou tem problemas psíquicos”. E completa: “Nessa sociedade excludente, todos que não estão adaptados acabam se sentindo desajustados. Deve ser por isso que as pessoas se sentem acolhidas no grupo”. Entrada franca A peça “Diversos são Quixote”, liberada para toda as idades, já foi encenada na Cinelândia e na Vila Residencial. Na Praia Vermelha, os organizadores vão recolher doações para estudantes do alojamento, em dificuldades após o recente incêndio. A entrada é franca.  

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