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Localizada no Centro de Tecnologia, a sede da Adufrj está fechada desde ontem à tarde por falta de luz em todo o prédio. Ainda não foi divulgado o motivo da queda de energia Localizada no Centro de Tecnologia, a sede da Adufrj está fechada desde ontem (10) à tarde por falta de luz em todo o prédio. Ainda não foi divulgado o motivo da queda de energia. Também não há previsão para o serviço voltar ao normal. Os professores agendados para o atendimento jurídico de hoje estão sendo avisados para marcar novo horário. Ou serão atendidos pelo telefone.

Livros gigantes foram colocados no gramado do Congresso Nacional e depois derrubados, em efeito dominó, para mostrar os prejuízos causados pela redução de mais de R$ 12 bilhões nos orçamentos das universidades e da Ciência Brasília recebeu na tarde de hoje uma atividade ligada à campanha Conhecimento sem Cortes. Livros gigantes, de quatro metros de altura, foram colocados no gramado do Congresso Nacional e depois derrubados, em efeito dominó, para denunciar os prejuízos causados pelos cortes no orçamento da educação, ciência e tecnologia. De 2015 até hoje já foram retirados das áreas mais de R$ 12,4 bilhões. “Esta ação em plena Esplanada dos Ministérios, em frente ao parlamento brasileiro, visa defender a Educação, a Ciência e a Universidade, fundamentais para o desenvolvimento do país", afirmou Tatiana Roque, coordenadora da campanha e presidente da Adufrj. “Vale ressaltar que esta é uma pauta que transcende interesses políticos-partidários. Importantes pesquisas estão sendo comprometidas ou interrompidas. O prejuízo para o país é incalculável", completou o professor Ildeu Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Amanhã, terça-feira, a campanha cumpre agenda no Congresso Nacional. Pela manhã, será realizada audiência pública para discutir os impactos dos cortes para o país. A partir das 15h, durante Ato Público no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, uma petição pública com mais de 82 mil assinaturas contra os cortes no orçamento será formalmente entregue à presidência do Congresso. A campanha Conhecimento sem Cortes é uma iniciativa liderada por associações de docentes de quatro instituições federais de ensino superior: UFRJ, UnB, UFMG e IFRJ; tem por parceiros as principais associações científicas do país como SBPC e ABC, além de associações estudantis como a ANPG. A campanha foi lançada no dia 22 de junho, com a instalação do primeiro Tesourômetro (medidor eletrônico que contabiliza os cortes na educação, ciência e tecnologia) na UFRJ e uma petição pública contra os cortes no orçamento.

A capela ecumênica da Uerj ficou lotada para ouvir o filósofo político italiano Antonio Negri, no último dia 29. O intelectual é um dos símbolos da resistência antiglobalização com estudos sobre o papel político das multidões em movimentos como o Occupy Wall Street, de 2011. A escolha do lugar da conferência não foi fortuita: a atividade foi também um ato político de solidariedade à instituição que tem seu funcionamento ameaçado pelo ajuste fiscal. "Não por acaso o setor intelectual está entre os primeiros a serem atacados”, destacou Negri. “A universidade produz bens comuns, algo que o capitalismo busca a todo custo reduzir. E é exatamente como vemos acontecer hoje aqui (na Uerj)". Negri falou sobre "O Liberalismo contra o comum", destacando que “o 'comum' não se limita a objetos; ele diz respeito ao modelo de produção e de sociedade". Segundo o autor de Império e Multidão, a automação e informatização do trabalho, nas últimas décadas, produziu uma situação paradoxal: o aumento da exploração é acompanhado por um aumento da autonomia de quem produz. “Daí a importância dos aspectos culturais”, sublinhou, enfatizando o esvaziamento dos espaços tradicionais de resistência como sindicatos. “Muito do movimento que conquistou o bem estar social depois da Segunda Guerra, perdeu-se na luta essencialmente coorporativa”. O tema da “consciência” recebeu atenção especial. Nele, foi ressaltado o papel dos setores mais prejudicados pelas desigualdades: negros, mulheres e jovens. “Podemos falar em um recuo de consciência no tipo clássico de operário”, observou em um momento. “Mas fiquei positivamente surpreso, no ano passado em São Paulo, nas ocupações de estudantes secundaristas, que expressavam um nível altíssimo de consciência política”. Solidariedade à Uerj O evento foi uma iniciativa dos movimentos Conhecimento sem Cortes, Uerj Resiste, Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e o Instituto de Artes da Uerj. E contou com o apoio da Adufrj, Asduerj, Departamento Cultural (Decult) e Sub-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da Uerj. “Estamos aqui para prestar toda nossa solidariedade à Uerj, universidade que já foi um lugar de reprodução da elite e hoje é um instrumento da democracia”, frisou a professora Tatiana Roque, presidente da Adufrj, na abertura do debate. O coordenador do Fórum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ, professor Carlos Vainer também saudou o encontro na estadual: “Estamos aqui com vocês e por vocês, que são um símbolo da melhor rebeldia que uma universidade pode ser”.  

A diretoria e o Conselho Representantes da Adufrj tomam posse na segunda-feira, dia 16, para um mandato de dois anos. A solenidade ocorre em uma assembleia marcada para 18h30 no salão Pedro Calmon, campus da Praia Vermelha. Em seguida, haverá confraternização. Todos os docentes estão convidados [embed]https://www.facebook.com/adufrj.ssind/videos/727385554052602/[/embed]   A diretoria e o Conselho Representantes da Adufrj tomam posse na segunda-feira, dia 16, para um mandato de dois anos. A solenidade ocorre em uma assembleia marcada para 18h30 no salão Pedro Calmon, campus da Praia Vermelha. Em seguida, haverá confraternização. Todos os docentes estão convidados. A professora Maria Lúcia Teixeira Werneck Vianna, do Instituto de Economia, será a nova presidente da entidade. Ao lado dela, assumem a diretoria: a 1ª vice-presidente, Lígia Bahia (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva); o 2º vice, professor Eduardo Raupp (Coppead); a 1ª secretária, Maria Paula Nascimento Araujo (Instituto de História); a 2ª secretária, Tatiana Lobo Sampaio (Instituto de Ciências Biomédicas); o 1º tesoureiro, Fernando Pereira Duda (Coppe); e o 2º tesoureiro, Felipe Siqueira de Souza da Rosa (Instituto de Física). A chapa vencedora, Universidade para a Democracia, recebeu 816 votos, obtendo quase 61% da preferência do eleitorado. As prioridades do novo mandato são a defesa do orçamento da universidade contra os cortes na Educação, Ciência e Tecnologia, e a ampliação da pluralidade e da democracia sindical. A gestão que se encerra teve o comando dos professores Tatiana Roque (presidente), Carlos Frederico Leão Rocha (1º vice-presidente), Fernando Santoro (2º vice-presidente), Gustavo Arantes Camargo (1º secretário), Antonio Solé Cava (2º secretário), Silvana Allodi (1ª tesoureira), Liv Sovik (2ª tesoureira). Todos foram eleitos para o próximo Conselho de Representantes. O Conselho da Adufrj também foi reforçado para o biênio 2017-2019. São 55 representantes titulares e 35 suplentes de 27 unidades, além dos campi de Macaé e Xerém. A categoria elegeu para o “CR” os professores: Miguel Quartin e Murilo Santana Rangel (titulares do Instituto de Física); Mauricio Pamplona Pires e Nelson Ricardo de Freitas Braga (suplentes do Instituto de Física); Tatiana Marins Roque, Bruno Alexandre Soares da Costa e Paulo Goldfeld (titulares do Instituto de Matemática);  Flávio Dickstein (suplentes do Instituto de Matemática); Denise M. Guimarães Freire, Monica Moreira Carvalho Cardoso e Pierre Mothé Esteves (titulares do Instituto de Química) e Alexandre Guedes Torre, Victor de Oliveira Rodrigues e Claudio Cerqueira Lopes (suplentes do Instituto de Química); Sonia Branco Soares, Tatiana Oliveira Ribeiro e Diego Leite de Oliveira (titulares da Faculdade de Letras ); Letícia Carvalho da Silva de Oliveira (Colégio de Aplicação); Fernando Antonio Soares Fragozo e Alessandra Vannucci (titulares da Escola de Comunicação); Consuelo da Luz Lins e Liv Rebecca Sovik (suplentes da Escola de Comunicação); Elaine Martins Moreira e Luana de Souza Siqueira (titulares da Escola de Serviço Social); Sara Granemann (suplentes da Escola de Serviço Social); Núbia de Oliveira Santos, Deise Arenhart e Ana Lucia Cunha Fernandes (titulares da Faculdade de Educação); Jorge Ricardo Santos Gonçalves e Jaqueline Girão (suplentes da Faculdade de Educação); Fernando José de Santoro Moreira e Carla Costa Pinto Francalanci (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais); Heloisa Maria Cardoso Barbosa Leite (COPPEAD); Carlos Frederico Leão Rocha e Wilson Vieira (titulares do Instituto de Economia); Marta dos Reis Castilho e Alexis Saludjian (suplentes do Instituto de Economia); Paula de Melo e Luis Aureliano Imbiriba Silva (titulares da Escola de Educação Física e Desportos); Renato Mendonça Barreto da Silva e Alexandre Palma de Oliveira (suplentes da Escola de Educação Física e Desportos); Walcyr de Oliviera Barros e Claudia Regina Gonçalves Couto dos Santos (titulares da Escola de Enfermagem Ana Nery ); Gerson Luiz Marinho e Ana Luiza de Oliveira Carvalho (suplentes da Escola de Enfermagem Ana Nery ); Yraima Moura Lopes Cordeiro e Luís Maurício Trambaioli da Rocha e Lima (titulares da Faculdade de Farmácia) e David Majerowicz e Suzana Guimarães Leitão (suplente da Faculdade de Farmácia); Claudia Márcia Nacif Drummond da Fonseca, Waleska da Silveira e Romildo Vieira Bonfim (titular da Faculdade de Medicina); Julio Guilherme da Silva (suplente da Faculdade de Medicina); Margareth Maria Gomes de Souza e Carmelo Sansone (titular da Faculdade de Odontologia); Mirella Giongo (suplente da Faculdade de Odontologia); Antonio Mateo Solé Cava e Daniel Fernandes da Silva (Instituto de Biologia); Denise Pires de Carvalho (titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho) e Silvana Allodi (suplente do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho); Olavo Bohrer Amaral (titular do Instituto de Bioquímica Médica) e José Roberto Meyer Fernandes (suplente do Instituto de Bioquímica Médica); Morgana Teixeira Lima Castelo Branco (titular do Instituto de Ciências Biomédicas); Sandra Konig (suplente do do Instituto de Ciências Biomédicas); Ronnir Raggio Luiz (titular do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva); Rejane Sobrano Pinheiro (suplente do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva); Renata da Silva Monteiro (Instituto de Nutrição Josué de Castro); Maria Paula Cerqueira Gomes (titular do Instituto de Psiquiatria); Ana Cristina de Figueiredo (titular do Instituto de Psiquiatria); Leda dos Reis Castilho, Frederico Caetano Jandre de Assis Tavares e Fabio Souza Toniolo (titulares da COPPE); José Herkovits Norman e Marcia Dezotti (suplentes da COPPE); Ricardo de Andrade Medronho e Ana Maria Rocco (titulares da Escola de Química); Heloisa Lajas Sanches e Lidia Yokoyama (suplentes da Escola de Química); Lavínia Maria Sanabio Alves Borges, José Luis Lopes da Silveira e Luiz Eduardo Azambuja Sauerbronn (titular da Escola Politécnica); Thiago Gamboa Ritto, Mariane Rembold Petraglia e Nisio Carvalho Lobo Brum (suplentes da Escola Politécnica); Elizabete Fernandes Lucas (titulares do Instituto de Macromoléculas) e Luciana Spinelli Ferreira (suplentes do Instituto de Macromoléculas); Angelica Nakamura e Jackson de Souza Menezes (titular de Macaé); Leila Brito Bergold e Diego Cunha Malagueta (suplente de Macaé) e Andrea Claudia Freitas Ferreira (Xerém).  

Em artigo, os diretores Carlos Frederico Leão Rocha e Tatiana Roque observam que a ciência básica, fundamental para o progresso e inovação tecnológica, depende de recursos do governo em todo o mundo Ganha força o argumento de que o investimento na pesquisa em ciência e tecnologia deveria ser feito por empresas privadas. Professores e cientistas têm mostrado o impacto dos cortes no financiamento público das universidades, das agências de fomento e dos centros de pesquisa no Brasil. Jornalistas, gestores e economistas mais afinados com a defesa do enxugamento da infraestrutura pública respondem que o investimento em ciência e tecnologia deveria ser privado. Para corroborar essa tese, um dos exemplos citados é o de Israel. Ora, Israel é um país pequeno, em uma conjuntura geopolítica bastante específica e com 50% dos recursos para P&D (pesquisa e desenvolvimento) provenientes do exterior. O país atingiu um patamar de alto nível em tecnologias estimuladas pela indústria de armamentos, como aponta o Unesco Science Report de 2015. Contudo, esse mesmo relatório alerta para o fato de que o declínio nos investimentos em ciência básica em Israel, feita sobretudo nas universidades, pode ter consequências negativas para o país já que “as próximas ondas de altas tecnologias devem emanar de disciplinas que incluem biologia molecular, biotecnologia e farmacêuticos, nanotecnologia, ciências dos materiais e química, em íntima sinergia com tecnologias da informação e da comunicação.” Tais disciplinas são realizadas em laboratórios de pesquisa básica de universidades e dependem de políticas nacionais de incentivo, o que a Unesco aponta como sendo um ponto fraco de Israel. Quando falamos de investimentos em P&D, é necessário separar o P (de pesquisa) do D (de desenvolvimento). Um dos maiores desafios do Brasil é justamente como consolidar o caminho de uma etapa a outra. Os investimentos para pesquisa em ciência básica são feitos com verbas públicas, no mundo todo; há vasta literatura sobre o assunto. Já com relação às pesquisas aplicadas ao desenvolvimento de determinados produtos existe, em geral, complementaridade entre gasto governamental e recursos privados; a proporção de cada um varia de um país a outro. No caso brasileiro, o governo, em suas diferentes esferas, investia entre 0,6% e 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em pesquisa e desenvolvimento (até 2014). A maior parte desses recursos era para a ciência básica, com forte participação das universidades. Esse percentual é semelhante ao investimento do governo dos EUA e, inclusive, ao de Israel. A diferença é que, no Brasil, o gasto público representava, em 2014, cerca de 50% do investimento total em P&D, ao passo que, nos EUA e em Israel, esse percentual gira em torno de 20%. No entanto, países com níveis de desenvolvimento próximos ao do Brasil mantêm a mesma relação brasileira entre investimento público e privado. A literatura especializada demonstra também que não existe inovação isolada, mas que bons resultados surgem da interação entre diferentes atores de um sistema. Nas universidades estão os saberes, as habilidades e os recursos humanos para as indústrias do futuro, que serão intensivas em conhecimento científico e tecnológico. A interação entre esse conhecimento e a indústria possibilita a produção de tecnologias de alto nível, que, por sua vez, conduzem à inovação. Isso é o que ocorre em países desenvolvidos, como mostra a experiência do Vale do Silício, nos EUA, tão conclamada pela mídia. É o encontro entre o conhecimento produzido nas universidades e os segmentos privados que abre caminhos para um novo modelo de desenvolvimento. Foi assim com inovações como o touch screen na indústria de celulares e é essa a lógica dos grandes projetos Mission Oriented nos EUA, que promovem a interação entre o Departamento de Defesa e a Indústria Armamentista, entre o National Health Service e a indústria farmacêutica, entre outros exemplos. O esforço brasileiro em ciência básica já obteve resultados impressionantes. Em vinte anos, multiplicou-se por dez o número de nossas publicações em revistas científicas, tendo mais do que triplicado o impacto científico médio dessas publicações, segundo dados da Academia Brasileira de Ciências. Essa trajetória permitiu ao país alcançar a liderança científica em áreas como doenças tropicais, pouco exploradas por outros países, mas centrais para o bem-estar da população. Esses esforços também levaram ao sucesso na produção de aviões ou na exploração de petróleo, setor em que há forte interação entre laboratórios de pesquisa e desenvolvimentos privados e públicos. No estágio atual de nossa área de P&D, pregar o investimento privado é aderir a um discurso mágico e pouco informado, que acredita na geração espontânea de investimentos privados em pesquisa. A experiência internacional contradiz essa tese. Países como Coreia, China e Estados Unidos, entre outros, mostram que o investimento público é condição necessária para o desenvolvimento, inclusive para atrair os investimentos privados. Se o Brasil quiser apostar em um novo modelo de desenvolvimento, mais afinado com as tendências de nosso tempo, não poderá abrir mão de sua estrutura pública de pesquisa. * Publicado originalmente no Nexo Jornal

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