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LIVProfessora Liv Sovik“O marketing é agora um instrumento de controle social”. O “agora”, da frase do filósofo francês Gilles Deleuze fazia menção à década de 50. Mas, para a professora Liv Sovik, da Escola de Comunicação, a constatação permanece atual. No dia 5, a docente discutiu publicidade e política no Tamo Junto – um bate-papo virtual organizado pela AdUFRJ.
Liv, que possui pesquisas no campo dos estudos culturais, apresentou um ângulo publicitário sobre os acontecimentos recentes no Brasil. “A pandemia seria um momento excelente para defender o SUS. Se houvesse um bom marketing ajudando, seria diferente. Infelizmente, o governo Bolsonaro não adotou essa postura”, lamentou a professora. Em vez disso, preferiu usar a comunicação como forma de alienação da realidade, divulgando fake news sobre o vírus e omitindo os dados oficiais de contaminados e mortos.
Liv enxerga a midiasfera — cada esfera específica de mediação, transmissão e transporte de mensagens simbólicas na sociedade — como um sistema em que o sucesso se mede pelo dinheiro, cargo ou visibilidade. E destacou a importância de atuação nestes espaços: “A cultura é um lugar de educação política”, afirma.  

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Apesar do isolamento social, ainda é possível sentir o gostinho da troca de ideias que caracteriza a universidade. Quase toda sexta-feira, a AdUFRJ promove o virtual “TamoJunto”, com um tema diferente.

CINEAJosué de Medeiros, docente do IFCS e diretor da AdUFRJ, foi o convidado da segunda sessão temática do CineAdUFRJ sobre o universo do trabalho. A primeira, em 27 de maio, tratou da sociedade industrial. “Na sessão passada, vimos uma história que já acabou. Mas o trabalho não acabou. Estamos no meio do furacão dessas novas relações que os filmes tentam apresentar”, afirmou.

CEGA UFRJ tem hoje pelo menos 1.476 alunos em condições de se formar, considerando o primeiro período de 2020. Para que os estudantes concluam os cursos, a instituição precisa ofertar 536 disciplinas teóricas. Os dados foram apresentados pela reitoria ao Conselho de Ensino de Graduação (CEG), no dia 10. Foram excluídos do levantamento os cursos que dependem de aulas práticas e estágio. A apresentação fez parte do debate sobre a volta às aulas em meio virtual, durante a pandemia.
A pesquisa foi conduzida pelo professor Bruno de Paula, do Núcleo de Ensino à Distância (NEaD), da Pró-reitoria de Graduação. Após uma reunião virtual com representantes de 126 dos 172 cursos de graduação, os coordenadores e diretores de ensino de graduação dos cursos receberam um e-mail pedindo as seguintes informações: quantos alunos se formariam com a oferta de disciplinas remotas no período 2020.1; quantas e quais disciplinas precisariam ser oferecidas e a partir de quando seria possível oferecer essas disciplinas remotamente.
O resultado do relatório não está completo. Dos 172 cursos, 130 responderam. As faculdades de Educação, Letras, Farmácia e a Escola de Química, por exemplo, não apresentaram os dados. A Escola de Comunicação informou o número de possíveis formandos, mas se posicionou afirmando que prefere oferecer disciplinas remotas para todos os alunos, não apenas para os concluintes. A justificativa também foi usada pela Escola Politécnica para não informar nenhum dado, de acordo com Bruno de Paula.
Depois da apresentação da PR-1, o CEG debateu a liberação ou não das aulas remotas para os formandos. Alguns representantes discentes defenderam a oferta de aulas remotas, mas com algumas condições, como garantir aos estudantes equipamentos eletrônicos e acesso à internet, posição defendida pelo DCE em nota publicada na semana passada.
Como a pauta da reunião não previa uma deliberação sobre o tema, a discussão deve voltar na próxima sessão do colegiado.

pompeiaCom pesar, o Hospital Clementino Fraga Filho se despediu do servidor Carlos Roberto de Moraes, o Seu Pompeia. Aos 75 anos, dos quais 53 dedicados à UFRJ, ele era considerado o “anjo do HU”. “Se você fosse ao hospital e encontrasse com ele no corredor, sempre perguntava se precisava de uma ajuda. Era o anjo do HUCFF. E os anjos também morrem”, publicou o professor Hélio de Mattos em uma rede social.

pg5AULAS SERÃO A DISTÂNCIA até que a UFRJ entenda ser possível a retomada das atividades presenciaisPor apenas um voto de diferença – 11 x 10 – o Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) adiou para o dia 19 de junho a votação do calendário acadêmico para a pós-graduação. A ideia é que ao longo da semana os conselheiros discutam junto aos seus programas e Centros a proposta apresentada pelo GT Calendário, no dia 5. E que apresentem alternativas, caso as datas não atendam às necessidades dos programas. A maior parte dos conselheiros entendeu que o CEPG ainda não estava suficientemente esclarecido para decidir o calendário. A preocupação é que a proposta seja o mais inclusiva possível.
Esta é a segunda vez que o CEPG adia a decisão. Na semana passada havia uma expectativa de que o colegiado aprovasse as datas propostas pelo grupo de trabalho que debateu o tema. Mas ainda havia muitas dúvidas sobre a adequação dos programas de pós às datas previstas de reinício letivo. E, principalmente, de condições de acesso remoto aos estudantes. A discussão foi retomada neste dia 12, porém não se chegou a um consenso sobre excepcionalidades.
“O tempo que estamos destinando a esta reflexão ainda é insuficiente. Uma semana não me parece criar prejuízo”, defendeu a professora Hebe Signorini Gonçalves, representante do CFCH. “Acredito que aprovarmos agora, sem antecipar os eventuais problemas que poderão surgir, pode nos trazer maiores prejuízos”, afirmou.
As aulas precisarão ser a distância, até que a universidade entenda que é o momento de retomar as atividades presenciais. Por enquanto, o plano é contar com o auxílio da administração central para dar acesso à internet para alunos que não tenham condições de acompanhar aulas online. A reitoria deve lançar na próxima semana um edital para aquisição de até dez mil chips para serem distribuídos entre alunos de graduação e pós. A expectativa, segundo o vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha, é de que até o início de agosto esta distribuição seja realizada para permitir o reinício acadêmico do semestre.
Denise Freire, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, pediu o apoio da Associação de Pós-Graduandos para ajudar a mapear os estudantes de mestrado e doutorado que necessitem da ferramenta para acesso às aulas remotas. “Esta parceria é fundamental para que a gente atenda quem realmente necessita e que a gente chegue a todos”, afirmou, durante a reunião do colegiado.
Por enquanto, as datas seguem o cronograma proposto pelo GT, adiantado na edição passada do Jornal da AdUFRJ.
Para programas semestrais, o primeiro período de 2020 se estenderá de 3 de agosto a 14 de novembro; o segundo período, de 30 de novembro a 27 de março de 2021. Programas trimestrais, que têm, em geral, cargas horárias maiores, precisarão iniciar mais cedo o primeiro período de 2020: em 6 de julho, com término previsto para 3 de outubro. O segundo período aconteceria de 13 de outubro a 16 de janeiro de 2021.
A proposta sugere que o terceiro período aconteça em concomitância com os cursos de verão promovidos por esses programas: de 1º de fevereiro a 24 de abril de 2021.
Já os bimestrais, que possuem, portanto, quatro períodos dentro do ano letivo, teriam a seguinte divisão: 2020.1 inciaria em 3 de agosto, com término em 19 de setembro; 2020.2 seria realizado entre 28 de setembro e 19 de novembro; 2020.3, entre 30 de novembro e 30 janeiro; o último bimestre ficou previsto para 08 de fevereiro a 1º de abril de 2021. Pelo planejamento apresentado, o calendário da pós-graduação deve ser normalizado a partir de março 2022.
Apesar da decisão, muitos conselheiros consideraram que o adiamento em mais uma semana causa mais prejuízos à pós-graduação. O professor Bruno Diaz, representante do CCS, defendeu que as datas já haviam atingido um nível de consenso importante no colegiado e que ficasse para depois somente a discussão – e eventual aprovação – de resoluções auxiliares que tratassem de casos excepcionais. “Este conselho sempre esteve aberto a discussões. Não vejo que aprovar o calendário hoje inviabilizará a continuidade dos debates”.

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