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A AdUFRJ preparou dois documentos para fortalecer a segurança das aulas gravadas, diante do ineditismo do ensino remoto para a maioria dos professores.
Um deles é um termo de confidencialidade: os professores poderão pedir que seus alunos assinem. “É um acordo entre cada professor e aluno, onde o professor se compromete a produzir esses vídeos, e o aluno se compromete a não divulgar o material recebido”, disse o professor Josué Medeiros, diretor da AdUFRJ.
O outro é um tutorial sobre como preparar os vídeos no Youtube de modo privado, permitindo acesso apenas a quem receber o link. “Como o Youtube é uma plataforma massificada, sobretudo entre os estudantes, é o melhor espaço para atendermos a essa demanda”, acrescentou Josué. “Se algum desses vídeos vazar e acabar sendo usado contra o professor, esses mecanismos vão poder defendê-lo tanto nas instâncias universitárias quanto fora delas”.
O Diretório Central dos Estudantes tem solicitado aos docentes que todo o conteúdo do Período Letivo Excepcional seja assíncrono, ou seja, disponibilizado para acesso a qualquer momento, mas muitos professores manifestaram receio quanto ao uso desse material gravado fora do contexto das aulas.
“Acabamos de ver o governo Bolsonaro sofrendo uma derrota no STF por conta de um dossiê feito ilegalmente contra professores antifascistas, fora o movimento do Escola sem Partido”, lembrou Josué. “Nessa situação nova e inédita, esse receio dos professores é tão legítimo quanto a demanda dos estudantes”, completou.
O termo de confidencialidade e o tutorial foram divulgados no site e nas redes sociais da AdUFRJ. Também foram distribuídos por e-mail para os sindicalizados que possuem cadastro atualizado junto à secretaria do sindicato.

07aWEB menor1143Quando escolhi estudar na UFRJ, tive que me despedir da minha família e do que conhecia como casa para abraçar esse sonho. Desde então, vivo o constante ir e vir entre Rio de Janeiro, uma cidade onde estudo, e Salvador, onde passo as férias. Em 13 de março, dia em que retornaria para o Rio em função do início de 2020.1, fui informada de que as aulas seriam adiadas por 14 dias, devido ao ainda novo coronavírus. Continuei em minha casa, mas dessa vez sabia que não seriam férias.
Seis meses se passaram do dia em que não voei, quando a pandemia cruzou a minha vida. Apesar de aqui em casa aparentemente nada ter mudado, já posso perceber o “novo normal”. Na primeira semana de período remoto, as novidades não estiveram, para mim, apenas no campo das aulas.
Enquanto assisto às aulas ao vivo, o ambiente familiar conforta o meu aprendizado. Entre as cinco disciplinas que estou cursando, sempre há um tempo para uma conversa ou um cafuné. Estar perto de quem se ama facilita qualquer processo.
Para mim, o PLE é um desafio não só pela novidade que representa, mas pela complexidade em se estabelecer uma conexão real entre as telas. Professores e alunos, juntos, enfrentam os percalços do Siga e do ClassRoom, mas ainda é difícil para a maioria de nós aparecer na telinha. Uma vergonha que, espero eu, passe com o tempo.
Pelo mural do ClassRoom, posso acessar os trabalhos e textos necessários para seguir adiante. Tudo online, nada de papel. É quando lembro de Itamar, o famoso Ita da Xerox, quem costumava ser o guardião de todos os arquivos do semestre, catalogados por pastas na sua pequena sala na Escola de Comunicação.
Em casa, tenho que dividir melhor meu tempo, para que os afazeres domésticos, estudos e estágio entrem em sintonia. O começo foi cansativo.
Agora tenho 18 horas por semana ocupadas em lives. Mas assistir aos rostos conhecidos melhoram o dia. Sentir o vibrar dos professores, ainda acostumando-se, como nós, à novidade. Agora, somos todos calouros do ensino à distância.
É  a primeira vez, em 21 anos, que tenho que conciliar estudos e trabalho. O estágio na AdUFRJ apareceu na minha vida em abril, em plena pandemia, já em home office. É meu primeiro trabalho e nunca poderia imaginar que seria dessa maneira, mas que bom que é. Espero me sentir próxima aos meus colegas quase jornalistas, assim como me sinto com a equipe incrível de jornalistas que pude conhecer nas incontáveis reuniões de pauta nesses quatro meses.
Como se diz aqui na Bahia, “só vence quem luta”. Começo o PLE empolgada e ávida pelo conhecimento, relembrando à minha mente o prazer que sinto em ser estudante.

Liz Mota Almeida
Estudante da ECO e estagiária da AdUFRJ

Quem recebe o benefício de assistência à Saúde Suplementar tem até o dia 31 de agosto para apresentar a comprovação das despesas referentes ao exercício 2019, informa a pró-reitoria de Pessoal. A comprovação deverá ser feita enviando pelo SIGAC, módulo requerimento, a declaração do seu plano de saúde, contendo: data de início do contrato; modalidade (cobertura) do plano de saúde; valores mensais por beneficiário, com o atestado da quitação até 31/12/2019. O procedimento deve seguir um manual divulgado pela página da PR-4 (veja AQUI).
Se o plano foi contratado através do Sintufrj ou da CAURJ, não é necessário fazer a comprovação, que será feita pelas entidades. Para esclarecimentos adicionais, envie um e-mail para: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. No caso dos convênios feitos via AdUFRJ, o comprovante do plano Unimed pode ser obtido no site do Grupo Qualivida Saúde. E o da SulAmérica, no site da Qualicorp, na área do cliente.

WhatsApp Image 2020 08 26 at 18.10.46A tecnologia apresenta novos desafios e novas possibilidades, mas a necessidade de defender a Educação e a Cultura permanece igual. Esse foi o tom do último Parangolé da Cultura na Universidade, evento organizado pelo Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, no dia 25.
“A nossa luta vai ter que continuar, porque ela não começou na pandemia”, disse Miriam Struchiner, do Laboratório de Tecnologias Cognitivas (LTC/NUTES) da UFRJ. A docente apontou que as principais dificuldades da Educação não se resumem ao ensino remoto. “A gente está vivendo muitos retrocessos.    
A nossa luta não está na tecnologia, está além dela. O que nós não podemos nesse momento é esmorecer”, completou.
A utilização dos meios digitais, ainda inédita para a maioria dos docentes, deve ser pensada como um aspecto a mais na produção de conhecimento. “Quando incorporamos as tecnologias ao processo educacional, precisamos entender que não se trata de transpor o presencial para o remoto, mas sim de uma linguagem nova”, frisou Miriam.
A professora entende que alguns colegas julguem a experiência do ensino remoto como uma ameaça ao modelo presencial, mas salientou que a Universidade não pode ficar para trás. “A cultura digital já está inserida no processo educativo, queiramos ou não, pois ela está na sociedade. Mas o processo educativo também precisa contribuir com a cultura digital, e estar inserido nela”, concluiu
Alexandre Pilati, do Instituto de Letras da UnB, também entende que as novas tecnologias devem ser aproveitadas para a produção de alternativas. “A tecnologia possibilita algumas coisas que podemos explorar para ter um alcance maior da Universidade”, disse. “O principal desafio é que a tecnologia ainda guarda uma tendência à unilateralização do processo de transmissão do conhecimento”, lembrou. Segundo ele, é preciso desenvolver mecanismos para vencer essa limitação e democratizar o espaço de ensino.
“A tecnologia em si não vai salvar nem condenar ninguém. Mas a maneira como ela se relaciona com a infraestrutura desse mundo em que a gente vive é o que vai fazer toda diferença”, afirmou Pilati.
A rica elaboração de alguns conteúdos já disponíveis na internet contribuiu para a preparação de aulas remotas de Felipe Rosa, vice-presidente da AdUFRJ e professor do Instituto de Física. O docente também é um entusiasta do aperfeiçoamento do ensino tradicional com a ajuda das inovações tecnológicas. “É incrível como as equações e os conceitos podem ganhar vida com ajuda de animações, trechos de filmes e outros recursos virtuais”.
Maria Cecília Chaves, professora da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, reforçou o argumento. A docente lamentou o ano letivo “quase inteiramente perdido”, mas vê potencial para crescimento. “O importante é que a gente aprenda tudo aquilo de positivo para agregar novas possibilidades no futuro”.

ARTE É REFLEXÃO
A professora Martha Werneck, da Escola de Belas Artes da UFRJ, pontuou a relevância da cultura durante a pandemia. “Quando trabalhamos com novas tecnologias e percebemos a imagem como conhecimento, começamos a sacar como podemos usar isso melhor”, disse a docente. Martha defende a arte como um ambiente educativo essencial. “As pessoas precisam de mais arte nesse momento, porque a arte é um escape. Mas não um escape do mundo, ela é uma reflexão de como o mundo está”.
De fora da UFRJ, veio uma solicitação para a universidade dialogar com todas as camadas populares, a exemplo da Cultura. “A principal discussão social que nós precisamos fazer é: de que maneira a gente consegue pluralizar o nosso conhecimento para abrir mais mentes?”, indagou Deivid Domênico, compositor e cantor de samba do Rio de Janeiro. “Ou a gente começa a discutir a democracia por baixo, e começa a ouvir quem mais precisa, ou a coisa vai ficar complicada”, afirmou.

06aWEB menor1142Foto: Divulgação UFRJA UFRJ distribui os chips de acesso à internet desde segunda-feira, 17, para os alunos que foram selecionados pelo edital da universidade. A Pró-Reitoria de Políticas Estudantis encarregou as unidades da entrega dos dispositivos para evitar a concentração de todos os beneficiados no mesmo local. Junto com os cartões, a PR-7 ofereceu também equipamentos de proteção individual para uso dos técnicos e professores que fazem a entrega. A intenção é que todos os alunos recebam seus chips até o começo do Período Letivo Excepcional.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) questionou a logística adotada pela reitoria para a entrega do material. A principal crítica é à necessidade de deslocamento até a universidade para pegar o chip. “Muitos estudantes, especialmente moradores de municípios do Grande Rio, estão com dificuldade de se deslocar até a capital”, disse Antônia Velloso, representante do DCE. “Além disso, estamos sem o passe livre universitário, então tem o custo das passagens”. Segundo Antônia, a representação estudantil sugeriu à PR-7 que os cartões fossem enviados pelos Correios, ou entregues pela universidade na casa dos estudantes.
O pró-reitor de Políticas Estudantis, Roberto Vieira, disse que a PR-7 recebeu as sugestões, mas que elas são inviáveis. “Enviar pelos Correios atrasaria a operação, porque é um processo para cada estudante”, explicou o pró-reitor. “Quando o aluno recebe o chip, ele entrega uma declaração, essa entrega ficaria muito lenta assim”. Roberto também explicou a inviabilidade da entrega em domicílio. “Não temos carros e motoristas suficientes para fazer 3 mil entregas”. A PR-7 está com um canal de atendimento exclusivo para os alunos beneficiados pelo edital.
Ainda segundo o pró-reitor, as unidades não estão relatando nenhum tipo de problema na distribuição. A Faculdade Nacional de Direito optou por entregar os chips para os 127 alunos cadastrados ao longo de toda a semana. “Dividimos a entrega para preservar a segurança de todos”, contou o diretor da Faculdade, professor Carlos Bolonha. “Oferecemos atendimento especial para alunos com deficiência, com um dia de entrega dedicado a eles”, relatou. O processo está sendo feito respeitando os protocolos de segurança, com distanciamento e o uso de EPIs.
A PR-7 vai entrar em contato com os alunos que não fizerem a retirada do seu chip. “Vamos procurá-los para saber que tipo de problema eles tiveram. Já tivemos casos de alunos que desistiram, então esse acompanhamento é importante”, contou Roberto Vieira. Mas antecipando-se à pró-reitoria, as unidades do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza estão procurando os alunos que não aparecerem para pegar seus equipamentos. “A iniciativa foi da decania e das unidades”, contou a decana do CCMN, professora Cássia Turci. Segundo a decana, o Instituto de Química, cuja entrega foi terça-feira, conseguiu localizar alguns estudantes que não apareceram e agendar uma nova entrega para eles na quinta-feira.
No CCMN, a entrega também está acontecendo sem problemas e com muitos cuidados. “Distribuímos o trabalho entre unidades para desaglomerar, e assim proteger servidores, professores e alunos envolvidos”, disse Cássia. “Fizemos fora das salas, nos corredores, onde há mais espaço e circulação de ar”.

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