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IMG 7639Foto: Elisa Monteiro/Arquivo AdUFRJO Conselho de Representantes se reuniu neste dia 9 para atualizar as ações sobre os adicionais ocupacionais. Cerca de 20% dos docentes com direito à insalubridade em toda a universidade não recebem os adicionais que lhes são devidos. O problema é crônico, se arrasta por anos e se concentra na Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST), que alega falta de pessoal e de equipamentos para medir o grau de insalubridade, periculosidade e radiação a que muitos professores estão submetidos .
No próximo dia 19, os setores jurídicos da AdUFRJ e do Sintufrj vão se reunir com a reitoria da UFRJ para discutir alternativas que possibilitem uma resolução administrativa da questão. “Embora seja uma reunião técnica, tem um aspecto político fundamental”, destacou a presidente da AdUFRJ, Eleonora Ziller. Caso não haja avanço, a diretoria convocará uma assembleia geral, para a semana de 26 a 30 de abril, com o objetivo de aprovar os próximos passos e garantir os direitos dos docentes em ação coletiva.
Em dezembro, a AdUFRJ enviou ofício à pró-reitoria de Pessoal (PR-4) pedindo esclarecimentos sobre o tema e solicitando que a universidade acatasse encaminhamentos para não prejudicar os docentes. O ofício só foi respondido há três semanas. “Eles entenderam que as avaliações precisam ser presenciais, até mesmo em ambientes em que os professores estão atuando com pesquisas sobre a covid-19”, contou o professor Pedro Lagerblad, diretor do sindicato. Os técnicos da CPST estão em trabalho remoto. “Diante deste quadro, vamos judicializar a questão. Não dá para empurrar o problema para o pós-pandemia”, disse Pedro. A advogada Ana Luísa Palmisciano acrescentou que nenhuma das solicitações foi respondida. “Temos elementos que nos permitem ajuizamento de ação coletiva”, informou a advogada.
“Certamente, uma reunião ampliada sobre o tema, com todos os professores, ajudará a pressionar politicamente”, sugeriu o professor Rodrigo Almeida, do Instituto de Química. Em sua unidade, 22% dos professores têm problemas com seus adicionais. “Fora os novos docentes, que nunca receberam”, destacou. Além de toda a morosidade nos processos, professores e técnicos que atuam em trabalho remoto enfrentam os cortes de seus adicionais. A AdUFRJ e o Sintufrj movem ação conjunta para garantir o retorno do auxílio-transporte e dos adicionais ocupacionais.

Calendário
O calendário acadêmico da UFRJ também foi tema de debate. “Estou enfrentando sérios problemas em relação à conclusão de prática de estágio dos meus estudantes, por conta da discrepância entre o calendário da UFRJ e o da educação básica”, reclamou a professora Cláudia Piccinini, da Faculdade de Educação. A professora Luciana Boiteux, do Direito, criticou o descompasso entre os calendários da graduação e da pós. Eleonora sugeriu uma nota conjunta da diretoria e Conselho de Representantes que exponha o problema para a universidade, propondo ao CEG e ao CEPG a formação de uma comissão para avaliar e compatibilizar os calendários.

CAp pressionado
Flávia Gomes, professora do Colégio de Aplicação, pediu ajuda para o CAp. A direção do colégio foi convocada para audiência no Ministério Público para esclarecer as razões de não responderem a um ofício que solicitava o retorno das aulas presenciais. “O CAp nunca recebeu este ofício. Também questionaram o motivo de a escola não estar se organizando para este retorno”. Eleonora colocou à disposição toda a estrutura do sindicato para apoiar o colégio política e juridicamente.

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