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debate AdurManifestações de rua cada vez maiores em defesa da aceleração da vacinação, do auxílio emergencial, da educação e pelo "Fora, Bolsonaro". Esta é a expectativa do cientista político e diretor da AdUFRJ, professor Josué Medeiros. “O medo de uma explosão de casos de covid-19, depois dos atos do dia 29 de maio, não se concretizou. Já podemos afirmar isso”, destacou o docente, durante o debate virtual "Desmonte das Políticas Públicas e as Lutas de Resistência". O evento foi transmitido, na terça-feira (15), em parceria com a Associação dos Docentes da UFRRJ (Adur). A mediação ficou sob responsabilidade da professora Rubia Wegner (UFRRJ).

O dirigente da AdUFRJ deu ênfase à dimensão social na oposição ao governo Bolsonaro: “O neoliberalismo ataca as políticas sociais para além do econômico”, disse Josué. “Mas também desfazendo os laços que nos tornam fortes e inviabilizando a democracia”. Na avaliação do docente, o respeito às recomendações de segurança contribuíram para aumentar a legitimidade dos atos de rua.  “Em todo o Brasil, não tem uma foto sem máscara, isso foi muito importante para reafirmar o sentido da mobilização”, acrescentou.

Para o professor de História da Unemat, Domingos Sávio, o foco na agenda econômica amplia o diálogo com a população. “É o que temos de mais importante: a saúde e a vida”, ele resumiu. Além da vacinação e do auxílio emergencial, Domingos listou a recuperação do salário mínimo, do programa Bolsa Família, da soberania do Pré-sal e a reversão das contrarreformas Trabalhistas, Previdenciária e do Teto de Gastos. Em relação à agenda democrática, Domingos afirmou que uma eventual reeleição de Bolsonaro "não é só segundo um mandato, mas o risco de um governo autoritário”.

Já Lamounier Erthal, da UFRRJ, apontou para o esvaziamento da ética a partir “do descolamento da economia em relação à vida e a sociedade”, mais acentuado durante a pandemia. Como exemplo, citou o aquecimento do setor financeiro frente às estatísticas crescentes de desemprego e mortes por covid-19 no país. “Você tem um aumento da taxa de câmbio, a nossa alimentação hoje está muito baseada no preço de commodities, e um processo inflacionário há muito não visto. E as pessoas aceitam essas questões de uma maneira totalmente pacata”.

Em relação às universidades e agências de fomento, Lamounier chamou atenção para o fato de que os cortes orçamentários e a extinção de projetos de extensão dificultam a comunicação entre a academia e um público maior da sociedade.   

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